Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-8.
É uma catequese sobre a oração entendida como pedido. A fé neste trecho se
manifesta como insistência na oração: porque? Porque insistindo manifestamos
que acreditamos na Pessoa pela qual dirigimos o pedido. Por isso na Igreja a
partir já dos primeiros séculos, se difundiu uma forma de oração que consistia
na repetição continua de um versículo do evangelho (um mantra). A falta de fé
si identifica com a falta de oração.
9-14.
Não é qualquer oração que Deus escuta, mas sim a oração da pessoa que se dirige
a Ele com humildade. A pessoa orgulhosa, que se acha na verdade é incapaz de se
enxergar, de perceber as próprias faltas e, por isso, é incapaz de produzir uma
oração autentica. Pelo contrario a pessoa humilde, reconhece os próprios
pecados e se coloca perante Deus na justa atitude. Por isso devemos aprender e
repetir sempre a oração dos humildes de coração: Meus Deus, tem piedade de mim,
que sou pecador!
15-17.
Receber o Reino de Deus como criança significa acolhe-lo com simplicidade e
disposição, assim como a criança se joga no colo da mãe, sem nenhum tipo de
resistência.
18-30.
O caminho do discipulado é um processo que tem etapas. A primeira é sentir o
desejo de viver com Deus, é sonhar a vida eterna. È isso que tinha na alma a
pessoa importante que procurou Jesus. Depois disso é necessário obedecer aos
mandamentos de Deus pois, que ama a Jesus faz aquilo que ele diz (Jo 14,15). Só
que isso não basta: para ser discípulo do Senhor é necessário se despojar de
tudo, viver sem apego a nada, pois este é o sintoma da grande liberdade que
proporciona o seguimento ao Senhor.
28-30:
quem tiver deixado: deixar é o verbo da vocação. É isso que escutam os noivos
no dia do casamento (deixar pai e mãe) e é isso que vivem os religiosos no dia
em que realizam os votos. Ninguém deixa algo para abraçar o nada: se deixamos
atrás de nós aquilo que parecia ser importante é porque encontramos algo de
mais importante ainda, a vida eterna.
31-34.
Jesus abre o próprio coração para os discípulos desvendando aquilo que irá
acontecer com Ele, ou seja, a sua paixão e morte como consequência do anuncio
do Reino e do seu testemunho, mas os discípulos não compreendem. A compreensão
da proposta de Jesus não é um problema de inteligência, mas sim de vivencia.
Começa a entender a proposta de Jesus que se coloca atrás dele e se esforça de
viver a sua Palavra no dia a dia.
35-43.
A fé se manifesta na insistência em gritar a Jesus (Lc 18, 1-8). O cego grita a
Jesus o próprio desejo de enxergar. O ver do cego é o ver da fé. Se
acreditarmos no Senhor Ele nos ajudará a ver a realidade de uma forma
diferente. A fé em Jesus tira dos nossos olhos as trevas que o mundo coloca. O
mundo quer que nós vejamos aquilo que ele quer, que assinamos em baixo a sua
cartilha. Só Jesus nos liberta desta cegueira! Problema: será que nós queremos
ver? Será que queremos ser curados da
cegueira do mundo para enxergarmos a realidade assim como o Evangelho nos
ensina?
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