giovedì 1 agosto 2019

EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 24





Estudo Bíblico para CEBs

Paolo Cugini

1-12. O Evangelho de Lucas acompanha com grande maravilha a presença das mulheres em todas as etapas da vida de Jesus. E assim, também aos pés da cruz e ao tumulo são as mulheres as grandes protagonistas. Um protagonismo discreto, silencioso, mas muito profundo e significativo que vale sempre a pena levar em conta.

13-35. A viagem destes dois discípulos é i símbolo da viagem de todos nós que buscamos compreender o mistério de Deus manifestado na vida de Jesus. Os dois discípulos são tristes porque Jesus morreu. O dialogo dos dois discípulos com Jesus ao logo do caminho manifesta o sentido do itinerário de fé. “Começando de Moisés e de todos os profetas explicou para eles em todas as escrituras tudo aquilo que se referia a eles” (Lc 24, 27). É exatamente isso que a Igreja deve fazer e é este o sentido de uma comunidade, de uma paróquia: explicar através da escritura o sentido da presença de Jesus na historia.

Então se abriram os olhos e o reconheceram”. Somente que tiver uma profunda aproximação com o Senhor pode reconhecê-lo nos gestos típicos, na sua maneira de ser. Se os dois discípulos o reconheceram ao partir do pão é porque estavam presentes na ceia derradeira e isso quer dizer que eram próximos a Ele. A Escritura se abre ao sentido autentico quando dedicamos tempo a Jesus, quando nos decidimos para Ele, quando seguimos os seus passos. A Eucaristia abre a nossa mente ao sentido profundo de Deus somente se somos pessoas de fé, que estão aderindo ao Evangelho. Não basta então, participar de uma missa para entender o mistério de Cristo: é preciso segui-lo.

E eles narravam aquilo que tinha acontecido no caminho”. A verdade do nosso seguimento a Jesus, a verdade da nossa fé se mede na disponibilidade e no entusiasmo do anuncio, no desejo de partilhar aquilo que descobrimos caminhando com o Senhor. É isso que acontece aos dois discípulos que, depois de ter reconhecido Jesus, voltaram as pressas para anunciar aos amigos discípulos aquilo que aconteceu com eles. Quantas pessoas tem nas comunidade que ainda não conheceram o Senhor e aguardam alguém que o anuncie!

36-53. “Então abri a mente dele para compreender as Escrituras”. É Cristo que abre o sentido profundo das Escrituras. É impossível entender o Antigo Testamento se não tiver o conhecimento do Evangelho, da proposta de Jesus.

Jesus no final do Evangelho não envia qualquer pessoa para anunciar a Sua Palavra, mas somente discípulos e discípulas, ou seja, somente pessoas que se decidiram para Ele.



EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 23






Estudo Bíblico para CEBs

Paolo Cugini


1-12. Chegou a hora de Jesus e por isso muitas acusações são trazidas no processo. Jesus é acusado de incitar o povo a não pagar os impostos e de articular o povo contra o império. Na realidade todas as acusações contra Jesus não são nada mais que justificativas para prender Jesus, que nada fez que anunciar a Palavra de Deus. Jesus durante a sua atividade publica era bem consciente que teria chegado o dia em que, todos aqueles que não gostavam dele ter-se-iam articulado para prendê-lo. Este dia chegou.

13-25. É o contraste entre Pilatos, que representava o poder politico de Roma, e os judeus. Pilatos, que não conhecia Jesus e também era leigo nas coisas da religião hebraica não encontrou motivos para prender Jesus e, por isso, queria soltá-lo. Do outro lado os chefes da religião hebraica queriam que Pilatos prendesse e mandasse matar Jesus. Mais uma vez neste relato fica claro que Jesus era inocente e a causa da sua morte foi as consequência das suas palavras e dos seus gestos.

26-32. A falta de piedade do povo que condenou Jesus é impressionante. Jesus alerta as mulheres que estavam perto de tudo aquilo que estava acontecendo. A malvadez do homem chega ao ponto de não olhar nem na cara de Deus.

33-34. As palavras que Jesus pronunciou sobre a cruz são a demonstração da sua divindade. Jesus não era apenas um grande homem, mas também Deus mesmo. Isso se percebe pelas palavras de perdão que Ele pronunciou para os próprios algozes. Quando uma pessoa está perto de morrer, sobretudo se está sofrendo por sangramentos, come era o caso de Jesus, não tem como pensar aos outros. Jesus, pelo contrário, pede ao Pai de perdoar aqueles que o estavam matando: só Deus mesmo!

35-46. Jesus não apenas foi morto, mas também humilhado. Ele foi insultado, espancado, despido e crucificado. Os seus inimigos se vingaram mesmo: quiseram tirar uma satisfação por tudo aquilo que Jesus tinha dito sobre eles. Jesus vive toda esta humilhação como o cumprimento da sua missão. Jesus sabia muito bem que se tivesse mexido na ferida dos fariseus e dos corruptos daquele tempo teria sem duvida nenhuma enfrentado a morte. Mesmo assim, confiando somente no amor do Pai, Jesus não recuou e continuou a pregar o Evangelho, a indicar o caminho da Justiça e da Verdade. A morte de Jesus demonstra que todos e todas aqueles que seguem o caminho do Senhor, são perseguidos e condenados pelo mundo, mas acolhidos nos braços do Pai. Cabe a nós escolher o que queremos ser e quem queremos seguir.

47-56. A morte humilhante do Justo perseguido provoca a consciência das pessoas: “Verdadeiramente este homem era justo”. Tem todo um mundo que se converte somente vendo o sofrimento do Justo.

Interessante observar o papel das mulheres neste quadro do sofrimento e da morte humilhante de Jesus. Enquanto os discípulos homens se mandaram todos por medo, as mulheres, pelo contrario, ficaram até o fim e foram elas que o acompanharam em todos os momentos da sua paixão e morte. Não será, portanto, um caso, se Jesus entregará para elas o grande anuncio da sua Ressurreição.