Estudo
bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11.
Continua a demonstração da tese de Paulo segundo a qual somos salvos pela fé e
não pelas obras e isso quer dizer que ninguém pode argumentar direitos com
Deus, pois todos têm pecado (capitulo 1), seja os pagãos que não reconheceram o
criador presente na criação, seja os judeus que apesar de ter recebido a Lei de
Moisés não a utilizaram para se converterem, mas sim para julgar os outros
(capitulo 2). Paulo, nesta primeira parte do capitulo, lembra para os ouvintes
a dinâmica do julgamento: a vida eterna por aqueles vivem no bem e a ira e a
indignação para os egoístas. Este julgamento caberá primeiro ao judeu e depois
ao grego (ou seja os pagãos): porque? A resposta é muito simples, pois no plano
da salvação as promessas foram dirigidas em primeiro lugar ao povo de Israel e
é por isso que será julgado por primeiro.
12-16.
Segundo Paulo não é o escutar a Lei que salva, mas sim praticá-la. Quando Paulo
fala de Lei se refere aos primeiros cinco livros da Bíblia chamados Torá, Lei,
pois é nestes livros que se encontram os dez mandamentos. Então segundo Paulo Não
é uma pertença externa que salva as pessoas, mas uma vivencia. De fato, tem
pessoas que não conhecem a Lei de Deus, mas vivem como se a conhecessem e isso
prova que Deus escreveu a própria Lei nos corações das pessoas, conforme as
palavras dos grandes profetas do A.T. (cf. Jer 31,31-34; Ez 36,26).
17-29.
Palavras duríssimas de Paulo contras os judeus que utilizam a Lei de Deus para
se engrandecerem ensinando a Lei aos outros, mas não a ensinam a si mesmos. É
por causa disso que as pessoas se afastam de Deus (v. 24). Que grande
responsabilidade que nós cristão temos perante o mundo! Nós que estudamos a
Bíblia, que participamos de estudos bíblicos: Paulo nos alerta que isso adianta
somente se saberemos colocar em pratica aquilo que escutamos. Se isso não
acontecer as pessoas poderão se afastar de Deus por causa do nosso
comportamento.
“A verdadeira
circuncisão é aquela do coração” (v. 28). A circuncisão era o rito de
pertença do povo hebraico e consistia num corte no pênis oito dias depois do
nascimento. Percebe-se a cultura machista do povo hebraico, pois o rito exclui
automaticamente as mulheres. Então segundo Paulo não basta ser circuncidados
para serem salvo, pois é preciso viver a Aliança com deus que a circuncisão
promete. Tudo isso vale também para nós se transferirmos este discurso sobre a
circuncisão para o batismo, que é o nosso rito de pertença. A que adianta
sermos batizados se não vivemos conforme o Espírito que recebemos. O mesmo
Jesus nos alertava que, para nos salvarmos, além do Batismo precisamos
acreditar nele ensinar aos outros e a nós mesmos o Evangelho.
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