venerdì 5 gennaio 2024

EPIFANIA: UM CAMINHO PARA TODOS E TODAS

 






  

Paulo Cugini

 

A solenidade da manifestação do Senhor à humanidade é rica de significados e indicações para o nosso caminho de fé. A narrativa dos três reis vai muito além de um fato histórico, mas oferece indicações que exigem interpretação. A comunidade cristã que lê o Evangelho sabe que tem diante de si não um código com regras fixas e rígidas, mas o livro da vida, que fala a cada homem e a cada mulher de todos os tempos e, por conseguinte, exige um esforço para tornar esta Palavra atual para nós, com a ajuda do Espírito Santo. O que, então, este texto quer nos dizer hoje?

“Alguns magos vieram do Leste para Jerusalém”. Toda busca autêntica da verdade conduz a Deus, isto é, às respostas aos grandes enigmas da vida. Qualquer pessoa pode chegar ao Senhor da vida, de qualquer povo, cultura, religião; o importante é pegar a estrada, iniciar uma jornada de pesquisa. Isto significa que a tarefa de uma comunidade cristã é ajudar as pessoas a começar, estimular a investigação espiritual, a procura do sentido da vida. Por outro lado, outra tarefa da comunidade cristã é tornar-se uma comunidade aberta, um lugar aberto a todos e todas, disponível para encontrar aqueles que procuram o Senhor da vida, independentemente da sua origem, da sua cultura, da sua religião, da sua sexualidade.

Vimos uma estrela nascendo”. É muito difícil compreender o significado da vida sozinho. Precisamos de algo, alguém, uma estrela, para nos ajudar nesta jornada de pesquisa. Este é um fato importante da dinâmica da fé. Encontramos isso continuamente relatado em narrativas vocacionais. Moisés orienta Josué a assumir o comando do povo. Eli orienta Samuel na descoberta de sua própria identidade profética. E então Elias com Eliseu e muitos outros. Até chegarmos a Jesus com seus discípulos e discipulas e, antes dele, João Batista fez o mesmo no deserto. Às vezes até uma comunidade pode agir como uma estrela, mas mais frequentemente é uma pessoa, um guia espiritual, que ajuda aquele que procura a verdade a encontrá-la. A estrela aparece e desaparece, para indicar que a tarefa da estrela é conduzir ao encontro com o Salvador e não substituí-lo.

“Ao entrarem em casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, adoraram-no. Depois ofereceram os seus tesouros e… regressaram ao seu país”. Neste ponto poderíamos perguntar-nos: existe um critério para compreender se seguimos o caminho da vida de forma autêntica, se a estrela encontrada no caminho nos conduziu ao lugar certo? Se o caminho existencial e espiritual nos leva a partilhar o que temos e a não acumular algo, significa que estamos no caminho traçado por Jesus que: “de rico tornou-se pobre” (2 Cor 8.9) e que: “Ele não considerou a igualdade com Deus algo precioso, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo” (Fl 2,6-7). A doação de si através de uma vida de amor e de partilha é o sinal indistinguível do caminho traçado por Jesus na história. O texto diz ainda que, depois de se prostrarem para adorar e oferecer as suas urnas, os magos continuaram a viagem. A tentação humana levar-nos-ia a afirmar que os Magos continuaram o seu caminho empobrecidos, na realidade continuaram enriquecidos. Na verdade, quem vive a partilha com os irmãos, quem vive este novo estilo de vida trazido por Jesus, enriquece-se ao dar, porque: “é dando que recebemos”, como dizia São Francisco de Assis, que significa, em outras palavras, que enriquecemos dando.

“Eles foram então avisados em sonho para não voltar para Herodes.” Além da estrela que ilumina o caminho e produz um sorriso de satisfação, na jornada em busca do sentido da vida encontramos também Herodes, que encarna o mal, aquele que quer muito nos confundir, quer destruir o que nos é mais caro. É preciso dizer desde já que na vida encontramos mais de uma estrela e até mais de um Herodes, um inimigo. Os Herodes da vida muitas vezes se apresenta de forma disfarçada e, por isso, lutamos para reconhecê-lo e, quando o reconhecemos, muitas vezes já é tarde, o desastre na nossa vida já começou. O versículo que acabamos de ler nos ensina que Herodes nunca deve ser confrontado, porque o mal estimula a parte negativa de nós mesmos. No Evangelho, Jesus apresenta-nos muitas vezes situações como estas, nas quais nos convida a ficar quietos, a fugir do mal, a não o enfrentar para não sermos esmagados pelas suas garras.

Há um caminho que cada homem e cada mulher são chamados a percorrer durante a sua vida, um caminho de busca do bem, do amor, da justiça, que são os aspectos que dão sabor a uma existência. Não podemos permitir-nos fazer esta viagem sozinhos, mas devemos ter a humildade de nos deixarmos ajudar. Quando vivenciarmos situações em que percebemos que estamos dando a nossa existência, compartilhando-a com os outros e esta partilha produz sentimentos de alegria, poderemos parar porque significará que teremos encontrado o que procurávamos: nosso tesouro.

2 commenti:

  1. Partilhar é dentro do qualquer situação é essencial,pois A Estrela,partilhou sua vida dando o melhor de se para garantir sustentação verdadeiro sentindo na sociedade dos humanos, diante dos fatos forom consumado ideia na qual há um necessidade inexplicável da partilha em qualquer aspecto sem empatia seria impossível ser esse Luz ao mundo

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  2. Partilhar é dentro do qualquer situação é essencial,pois A Estrela,partilhou sua vida dando o melhor de se para garantir sustentação verdadeiro sentindo na sociedade dos humanos, diante dos fatos forom consumado ideia na qual há um necessidade inexplicável da partilha em qualquer aspecto sem empatia seria impossível ser esse Luz ao mundo

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