Paulo Cugini
A
solenidade da manifestação do Senhor à humanidade é rica de significados e
indicações para o nosso caminho de fé. A narrativa dos três reis vai muito
além de um fato histórico, mas oferece indicações que exigem
interpretação. A comunidade cristã que lê o Evangelho sabe que tem diante
de si não um código com regras fixas e rígidas, mas o livro da vida, que fala a
cada homem e a cada mulher de todos os tempos e, por conseguinte, exige um
esforço para tornar esta Palavra atual para nós, com a ajuda do Espírito
Santo. O que, então, este texto quer
nos dizer hoje?
“Alguns
magos vieram do Leste para Jerusalém”. Toda busca autêntica da verdade
conduz a Deus, isto é, às respostas aos grandes enigmas da vida. Qualquer
pessoa pode chegar ao Senhor da vida, de qualquer povo, cultura,
religião; o importante é pegar a estrada, iniciar uma jornada de pesquisa. Isto
significa que a tarefa de uma comunidade cristã é ajudar as pessoas a começar,
estimular a investigação espiritual, a procura do sentido da vida. Por
outro lado, outra tarefa da comunidade cristã é tornar-se uma comunidade
aberta, um lugar aberto a todos e todas, disponível para encontrar aqueles que
procuram o Senhor da vida, independentemente da sua origem, da sua cultura, da
sua religião, da sua sexualidade.
“Vimos
uma estrela nascendo”. É muito difícil compreender o significado da
vida sozinho. Precisamos de algo, alguém, uma estrela, para nos ajudar
nesta jornada de pesquisa. Este é um fato importante da dinâmica da
fé. Encontramos isso continuamente relatado em narrativas
vocacionais. Moisés orienta Josué a assumir o comando do povo. Eli
orienta Samuel na descoberta de sua própria identidade profética. E então
Elias com Eliseu e muitos outros. Até chegarmos a Jesus com seus
discípulos e discipulas e, antes dele, João Batista fez o mesmo no
deserto. Às vezes até uma comunidade pode agir como uma estrela, mas mais
frequentemente é uma pessoa, um guia espiritual, que ajuda aquele que procura a
verdade a encontrá-la. A estrela aparece e desaparece, para indicar que a
tarefa da estrela é conduzir ao encontro com o Salvador e não substituí-lo.
“Ao
entrarem em casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se,
adoraram-no. Depois ofereceram os seus tesouros e… regressaram ao seu país”. Neste
ponto poderíamos perguntar-nos: existe um critério para compreender se seguimos
o caminho da vida de forma autêntica, se a estrela encontrada no caminho nos
conduziu ao lugar certo? Se o caminho existencial e espiritual nos leva a
partilhar o que temos e a não acumular algo, significa que estamos no caminho
traçado por Jesus que: “de rico tornou-se pobre” (2 Cor 8.9) e que: “Ele
não considerou a igualdade com Deus algo precioso, mas esvaziou-se a si mesmo,
assumindo a forma de servo” (Fl 2,6-7). A doação de si através de uma
vida de amor e de partilha é o sinal indistinguível do caminho traçado por
Jesus na história. O texto diz ainda que, depois de se prostrarem para
adorar e oferecer as suas urnas, os magos continuaram a viagem. A tentação
humana levar-nos-ia a afirmar que os Magos continuaram o seu caminho
empobrecidos, na realidade continuaram enriquecidos. Na verdade, quem vive
a partilha com os irmãos, quem vive este novo estilo de vida trazido por Jesus,
enriquece-se ao dar, porque: “é dando que recebemos”, como dizia São
Francisco de Assis, que significa, em outras palavras, que enriquecemos dando.
“Eles
foram então avisados em sonho para não voltar para Herodes.” Além da estrela que
ilumina o caminho e produz um sorriso de satisfação, na jornada em busca do
sentido da vida encontramos também Herodes, que encarna o mal, aquele que quer
muito nos confundir, quer destruir o que nos é mais caro. É preciso dizer
desde já que na vida encontramos mais de uma estrela e até mais de um Herodes,
um inimigo. Os Herodes da vida muitas vezes se apresenta de forma
disfarçada e, por isso, lutamos para reconhecê-lo e, quando o reconhecemos,
muitas vezes já é tarde, o desastre na nossa vida já começou. O versículo
que acabamos de ler nos ensina que Herodes nunca deve ser confrontado, porque o
mal estimula a parte negativa de nós mesmos. No Evangelho, Jesus
apresenta-nos muitas vezes situações como estas, nas quais nos convida a ficar
quietos, a fugir do mal, a não o enfrentar para não sermos esmagados pelas suas
garras.
Há um
caminho que cada homem e cada mulher são chamados a percorrer durante a sua
vida, um caminho de busca do bem, do amor, da justiça, que são os aspectos que
dão sabor a uma existência. Não podemos permitir-nos fazer esta viagem
sozinhos, mas devemos ter a humildade de nos deixarmos ajudar. Quando
vivenciarmos situações em que percebemos que estamos dando a nossa existência,
compartilhando-a com os outros e esta partilha produz sentimentos de alegria,
poderemos parar porque significará que teremos encontrado o que procurávamos:
nosso tesouro.
Partilhar é dentro do qualquer situação é essencial,pois A Estrela,partilhou sua vida dando o melhor de se para garantir sustentação verdadeiro sentindo na sociedade dos humanos, diante dos fatos forom consumado ideia na qual há um necessidade inexplicável da partilha em qualquer aspecto sem empatia seria impossível ser esse Luz ao mundo
RispondiEliminaPartilhar é dentro do qualquer situação é essencial,pois A Estrela,partilhou sua vida dando o melhor de se para garantir sustentação verdadeiro sentindo na sociedade dos humanos, diante dos fatos forom consumado ideia na qual há um necessidade inexplicável da partilha em qualquer aspecto sem empatia seria impossível ser esse Luz ao mundo
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