ESTUDO BÍBLICO para CEBs
Pe Paolo Cugini
1-2 liga-se com o que precede. O
perdão, que renove o pecado, completa-se com a graça, que é uma nova situação
favorável. Chegou o dia do grande jubileu do perdão de dívidas (Lv 25; Dt 15,
1-11; Is 61,1). É preciso aproveitá-lo beneficiando-se dele. O texto bíblico
(Is 49,8) é tirado do segundo cântico do servo: contém uma mensagem de
reconciliação e um anúncio de repatriação: isso se cumpre plenamente na obra de
Cristo. O segundo êxodo aponta para o terceiro e definitivo.
Não receber em vão a graça de Deus:
pode acontecer de acolher a graça de Deus só exteriormente e ela não vai brotar
nenhum fruto. Estas palavras duras visam alertar contra as falsas
seguranças.
Em vão- grego- eis kenon- ? – É
preciso avaliar a própria caminhada para que se percebermos que na nossa vida
não está saindo nenhum fruto é preciso restabelecer uma nova caminhada de
conversão para com Cristo.
Vede, este é o tempo favorável-
Kairós: Paulo, nas palavras do profeta Isaías percebe que Deus está dando
através de Cristo , uma possibilidade aos homens para se converter, uma
possibilidade que não voltará (cf Hb 4) [Fazer uma pesquisa sobre a palavra
Kairós]
Pobreza e riqueza do ministério
[6,3-10]
3-4: Paulo sabe que tendo aquilo
que de negativo é falado sobre o Apóstolo vai ter uma repercussão sobre o seu
ministério. Paulo então, se esforça de evitar qualquer escândalo.
Paulo recusa-se de recomendar a si
mesmo com palavras (3,1; 5,12; 10,12).
Ele quer mostrar aqui a própria
conduta.
Os apóstolos são ministros de Deus
– diakonia- Jesus nas parábolas apresenta várias vezes como servo fiel de Deus
(Mt 20,1-16; Mt 24,45-51).
O serviço é o comportamento do
discípulo (Mc 10,43)- Além disso Paulo é ministro de Deus como apóstolo (cf.
Col 1,23; 2Cor 1,1). Como Apóstolo, ele é de tal forma ao serviço do Senhor que
não consegue mais dispor de si mesmo. Servo- aponta também ao despojamento de
si mesmo que faz parte do ministério apostólico, que o coloca a total serviço de
Deus. As fadigas e os sofrimentos, são uma conseqüência.
Paciência: ficar debaixo- indica a
resistência e a perseverança, na espera confiante da intervenção de Deus e da
salvação final.
Tribulações (angústias): fazem
parte da vida cristã no mundo (Lc 8,15; 21,19); são participações à paixão de
Cristo, que sofre nos seus membros (4,10ss). Estas tribulações e angústias são
a marca do tempo presente como tempo escatológico (cf. Mt 24,21; Ap 1,9; Rm 8,
14).
v.5: lista de sofrimentos que se
encontram no ministério apostólico.
Açoites: nas praças, nas sinagogas.
Prisões: várias vezes Paulo ficou
preso At16, 23; 23,35; 28,16; Ef 3,1;
Fil 1,7; Col 4,18)
Motivos: At 13,50; 14,18; 16,19;
19, 28
Fadigas: são aquelas de trabalho
apostólico em todas as comunidades que se tornam difícil para com aquelas
caminhadas rebeldes.
Vigílias: Paulo passou mais de uma
noite sem dormir na prisão (At 16, 25); as vezes exercia o ministério da noite
(At 20, 31). Talvez de dia trabalhava como artesão pra ganhar o pão e então
podia fazer o trabalho apostólico só de noite (1 Cor 4, 11; 1 Ts 2, 8).
Jejum: privações de alimentos na
prisão, no trabalho e por conseqüência da pobreza.
6-7 Agora Paulo fala das virtudes e
dos dons espirituais que alcançam no ministério.
Pureza: integridade – santidade de
vida em sentido geral.
Conhecimento: gnosei – só aquele
que tem o Espírito pode ter conhecimento (cf 1 Cor 14, 6); é a tarefa do
Apostolo difundir o conhecimento (2, 14).
Benevolência e bondade: é o
instrumento do ministério para ganhar os homens a Cristo.
Caridade sem fingir: só esta
caridade autêntica fica para sempre.
Palavra de verdade: pode apontar
aquela palavra firme e sincera que Paulo sempre usou; mas também pode apontar
ao Evangelho que é verdade e comunica a verdade (cf Ef 1, 13; Col 1, 5; 2 Tm 2,
16).
Força de Deus: Deinomis Then
8-10 – A linguagem de Paulo alcança
uma grande eficácia pelo fato que as expressões são ligadas de duas em duas,
colocadas a antítese e, no mesmo tempo unidas. Os homens julgaram os apóstolos
de uma forma ou de outra forma. Mas este julgamento não consegue prender Paulo,
na sua caminhada.
Paulo nos ensina a aprender a
caminhar nas contradições da vida e passar em frente com os olhos sempre fitos
no Senhor Jesus.
- Perante o mundo os apóstolos são
considerados impostores. Mas no julgamento da própria consciência os apóstolos
são autênticos: os apóstolos de fato são os servos da verdade.
Conhecidos: eles não são conhecidos
como os grandes do mundo, mas na verdade eles são bem conhecidos pelas pessoas
da Igreja que buscam a verdade.
Castigo – cfr Sal 118, 7; 1 Cor 11,
32).
- Dificuldades e tribulações geram
aflições. Mas apesar de serem tribulados, os apóstolos estão sempre cheios de
alegria pela esperança da salvação futura.
• Os
apóstolos são pobres de bens exteriores, mas tem uma grande riqueza interior. A
riqueza deles é também a promessa da vida eterna (Mt 16, 25) (Lc 6, 23) (Ap 2,
9). Atingindo da própria riqueza os apóstolos esbanjam consolação para com
todos.
Schocheb vv. 8-10 – paradoxos. São
7 e aparecem derivados do mistério Pascal com algo do Espírito das
bem-aventuranças. O que os homens julgam desprezível é o valor autêntico. (cf
Sl 118, 18).
- Morrendo, ou seja, em perigo
constante de morte, por causas humanas ou materiais. Mas vivos de uma vida superior
(Lc 6, 20-21).
11-13: Das considerações gerais
sobre o apostolado passa à relação concreta com os Corintios. Pessoa o tema do
consolo (1, 3-7) e da alegria partilhada (2, 1-4).
A “largueza” não é aqui
intelectual, como a de Salomão (1 Rs 5, 9), mas cordial, de afeto e
compreensão, a qual os Coríntios devem corresponder, “dilatando” sua mesquinhez
estreiteza (cf Is 49, 19-20; 54, 2-3) o texto interrompe bruscamente e continua
com perfeita coerência em 7, 2-4.
12 – os Coríntios tem um grande
espaço no coração de Paulo, mas eles concedem para Paulo só um lugarzinho.
Aquilo que aperta o coração dos Coríntios é a desconfiança e o prestar ouvido
as fofocas.
13 – Através da pregação o apostolo
é pai da comunidade.
6, 14 – 7,1: É uma exortação breve
e veemente para distanciar-se do mundo pagão.
5 preposições interrogativas (?),
sublinham que é impossível fazer causa comum com os infiéis.
Justiça e injustiça: na origem esta
é a antítese entre judaísmo e paganismo.
O Judeu busca a justiça perante
Deus, na observância da lei. O pagão, e o homem sem lei: para o cristão a
justiça é um dom gratuito de Deus, que ele deve realizar na vida.
Treva e luz: luz: é o reino de Deus
(Lc 16, 8) o reino de Cristo (Ef 5, 14); as trevas são o reino de satanás (Lc
22, 53). (cfr – Jo 1, 5; 3, 19; 12,35) – sentido moral – Ef 5, 8; Rom 13, 12; 1
Jo 2, 9.
Cristo e Belchior: Ninguém pode
servir ao mesmo tempo a Deus e ao Satanás (Mt 6, 24).
Templo de Deus e ídolos: no A.To
maior pavor era colocar os ídolos no Templo (2 Reis 21, 7; 23; Dn 9, 27). Os
deuses pagãos são mortos – (1 Ts 1, 9).
16b -19: As citações provêm da lei
e dos profetas. A primeira é tirada das bênçãos do Levítico (Lv 26, 12). A
segunda de Is (52, 11), convidando os desterrados sair da Babilônia num novo
êxodo. A terceira vem da promessa dinástica de Deus (2 Sam 7, 14), que agora se
estende a todos os cristãos; a especificação “filhos e filhas” van de Is 43, 6.
- Paulo confirma e respalda as
afirmações para ele mesmo feitas através de algumas citações do A. T.
17 Como
povo santo de Deus, os cristãos não podem contaminar-se com os pagãos (Is 52,
11). Purificando no meio dos pagãos, deixem sair do mundo, separar-se dos
vícios pagãos.
18 Deus
é o Pai bondoso e todos são filhos e filhas de Deus. Isso mesmo é o Evangelho
de Jesus: Deus é o Pai dos seus filhos. (Rom 8, 15; gal. 4, 63).
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