sabato 3 giugno 2023

A ESTRUTURA DA VIDA CRISTÃ

 



 pe Paolo Cugini

O Deus fala no silêncio do deserto

 

1-     Deus fala ao homem (Heb 1, 19)

2-     É preciso escutar, prestar atenção (Dt 6,4)

3-     Para escutar é preciso fazer silêncio (Lam 3, 26)

4-     Deus fala no deserto (Ex 3,1; anos no deserto; Os 2, 169; Lc 3; Lc 4)

5-     O jeito de Jesus: (procurar lugar afastado, desertos, noite: Mc 1, 35; Lc 6, 12).

6-     Retiro espiritual para imitar a Jesus.

 

[1] “Em princípio Deus criou o céu e a terra”

Gen 1, 1-2,: é a primeira página da Bíblia.

O livro de Gênesis revela que a existência do mundo nasce de uma vontade livre do Criador. Deus quis fazer viver algo – fazer viver é a fórmula elementar do amor.

Amor quer dizer fazer viver. Eu amo alguém quando enriqueço a vida dele a protejo, defendo, quando doa-lhe vida.

Deus disse: seja a luz ...:a existência da luz é um ato de obediência cfr Baruc 3, 34-35

·        O livro do Gênesis quer conduzir-nos rumo este mundo prático de ver as coisas. Reconhecer de dentro da existência uma estrutura responsável.

·        Existir segundo a Bíblia, não significa possuir a existência, mas sim responder a um chamado de amor que te quer, que quer a tua existência e você existe respondendo.

·        É significativo que o livro do Gênesis invista no valor da palavra com que Deus chamam as coisas para a existência. Se têm algo de pessoal na experiência humana é a palavra mesmo: a palavra é minha, sou eu que me expresso.

·        Deus criou o mundo com a Palavra, pois ele não é uma força, uma lei da natureza, mas uma pessoa livre. É por isso que cada vez que Deus cria algo, acrescenta a Bíblia: e viu que era coisa boa.

·        Quer dizer isto? Se é verdade que o mundo tem coisas boas e ruins. É verdade porém, que antes e mais nada, como primeira atitude devo aprender a dizer sim, é coisa boa. E este sim o dizemos com atitude de agradecimento, dizendo isto experimento um sentimento interior de admiração, ou de respeito.

Cfr Salmo 104 (105): encerra desta forma: “dou glória ao Senhor para sempre; que é o nome de: e deus viu que era coisa boa”.

Existir é a mesma coisa que cantar ao Senhor: não tem sentido ser chamados a vida e não responder com uma ação de graça. Se existir é ser chamado a viver, viver quer dizer responder, cantar, louvar, bendizer.

-  O louvor deve acompanhar toda a minha existência.

- Deus criou todas as coisas, porém quando doa ao homem o livro de Gênesis coloca uma decisão de Deus. O homem pode não responder eis me aqui.

- O homem na sua experiência masculina/ feminina é imagem de Deus.

Aquela que Deus possui em cima do mundo a entrega ao homem. O homem no mundo representa, numa certa forma, a imagem de Deus.

 

“Dominar os peixes do mar” – é claro que o homem não tem o direito de abusar do mundo. Na realidade tem a tarefa de injetar no mundo a presença de Deus, é a soberania de Deus, então uma soberanidade de amor, da beleza, do esplendor. O homem pode usar o mundo não por capricho, mas conforme o projeto de Deus.

·        Imagem e semelhança de Deus não quer dizer que o homem parece com Deus assim como ele é, mas ser a imagem de Deus significa que Deus nos doou a possibilidade e a vocação de semelhar-lhe, mas sendo livres podendo dizer sim ou não, podemos contribuir a nossa vida com Deus ou contra Deus.

·        Existe um homem que foi de verdade imagem e semelhança de Deus: Jesus. Para nós o problema é olhar para Ele e fazer com que o nosso caminho toma o seu.

 

- Fazemos o homem a nossa imagem e semelhança: é um presente, mas da mesma maneira é uma tarefa.

 

Então pela manhã abro a janela e vejo o mundo e devo aprender a dizer sim ao mundo, agradecer, pois este mundo vem de Deus. É verdade que neste mundo tem também coisas ruins, mas a atitude radical deve ser de abertura.

 

É claro que esta atitude não posso dirigi-la somente ao mundo, as criaturas: devo fazer isto também comigo mesmo. É importante chegar a esta visão de fé, a dizer sim a nossa vida sem condições, e me aceitar do jeito que sou.

 

- A minha vida Deus disse sim e me chamou por nome: existe o sim de Deus sobre a minha existência: Deus me aprovou!

- Este sim de Deus me sintoniza com a vontade de Deus e me ajuda a transformar em positivo a minha vida – cada pessoa é chamada a crescer. Se devo mudar em positivo a minha vida, devo começar daquilo que a minha vida é.

- Nestes dias de Retiro é bom fazer a lista das coisas que devo aprender e aceitar.

 

Salmo 8: no oriente da Bíblia só Deus possui a glória. Tu Senhor, coroaste de glória o homem. Não é um caso que o N.T aplicou a Jesus esta expressão.

 

É importante aprender e dizer sim e acertar os não. O problema é começar destes não para criar uma atitude mais positiva perante o mundo.

Conselhos para o retiro...

 

[2] Eterna é a sua Misericórdia

 

Salmo 136 (135) é dividido em 2 partes com um refrão que acompanha o Salmo todo.

1-9: fala da obra da criação.

10-22: depois é narrada a obra de Deus quando libertam Israel do Egito.

23-26: conclusão onde o passado entra no presente.

 

O que quer dizer o refrão? “Eterna é a sua misericórdia

MisericórdiaHesed – amor fiel.

Indica a fidelidade deste amor que uma vez dado é guardado com perseverança.

Eterna: não significa fora do tempo, se voltamos no passado, e um ano atrás encontraremos sem dúvidas coisas diferentes, pois o mundo muda. Mas encontraremos sempre a misericórdia de Deus.

Mudam as estruturas de tempo, as obras, os eventos, mas a misericórdia de Deus fica.

- Então estamos indo rumo a um futuro que é incerto e nos deixa inquietos, mas sobre a misericórdia de Deus podemos contar.

Eterno-abrange todo o tempo na sua totalidade.

Quando a Bíblia narra a experiência de Israel, narra um fragmento desta misericórdia, , um fragmento que é significativo por toda a história humana. Naquela aparentemente pequena história [ e libertação do Egito] Deus manifestou a sua misericórdia.

 

É o que esta misericórdia?

Ex 2, 23-25: é um povo esmagado que não consegue fazer outra coisa que gritar a Deus. E Deus fez o que? Escuta, lembra, vê, conhece.

A misericórdia de Deus é esta: Ele não fica indiferente quando as pessoas passam necessidades, mas se deixa envolver da miséria humana, de brado de desespero.

- Vamos colocar estes verbos em referimento a nós, que Deus escute quando gritamos; que Deus se lembre de nós; que Deus se compromete para conosco; que Deus veja aquilo que estamos passando; que Deus conheça a nossa vida.

- Nesta história Deus não fica envolvido só afetivamente, mas efetivamente – prepara um libertador – Moisés para libertar o seu povo.

Só que Moisés colocou uma objeção: “como se chama (Deus)?” (Ex 3, 13-15). O problema é o nome de Deus. Deus tem um nome? Se não tiver um nome não existe, pois o nome expressa a identidade de alguém.

Do outro lado se conhecermos o nome de alguém o definhamos, podendo compreendê-lo. Por isto Deus é inominável.

- Existe então uma tensão, Deus não pode ser sem nome, pois seria sem identidade, mas nem pode ter um nome, pois seria manipulado.

Deus respondeu a Moisés! “eu sou aquilo que sou”

 

Eu sou é o nome de Deus? De certa forma sim, pois expressa a experiência de Deus. Deus garante isto: Eu sou: naquela experiência de opressão você não fica sozinho. Pois eu estarei aí – que Deus é presente o povo o verá em várias circunstancias (cita-las) .

Desta forma afirma-se que não somente Deus existe, mas existe como salvador, como um Deus que vive perto, que toma de conta de Israel, um Deus de amor e misericórdia. Cfr Os 1, 9

 

Os 2, 16-25: Israel é ligado a Deus com um relacionamento de aliança e a imagem mais linda para expressar isso é o matrimônio. Deus se casou com Israel, amo-a, e Israel viveu este amor no tempo do Êxodo, no deserto. Só que Israel abandonou o Senhor para seguir outras divindades – a essa altura Deus pune Israel, leva-o no deserto e diz: “... não me chamarás mais nem patrão, mas marido meu”.

 

- Israel se dá conta que Deus não é um patrão, mas um marido, relacionamento com Deus, não é de submissão nobreza, mas de amor fiel. Deus quer uma esposa, ou uma serva. É preciso que Israel reconhece a verdadeira identidade de Deus. Deus é um marido que exige obediência, mas a obediência de amor e de fidelidade.

 

Os 2 20-ss: Não somente é pacificado Israel, mas o mundo inteiro, pois o pecado de Israel, do homem, foi uma desolação do mundo inteiro e então reflorescera o paraíso, - lugar da plenitude da vida, da alegria.

“Então eu me casarei”.

 

(Os 2, 22): Quando o hebreu se case, paga ao pai da esposa um preço – para obter Israel Deus paga um preço, leva a própria esposa, como presente das bodas: o direito, a justiça, o amor, a fidelidade.

 

Por que isto?

Oséias percebeu que o homem deixado sozinho, não consegue responder ao lado de Deus. O homem consegue perceber o amor de Deus, mas vive em realidade de fraqueza interior, que não da pra protelar de muita fidelidade. (cf Os 13, 3).

 

O problema é que o coração de Israel é doente de infidelidade e não consegue aguardar a hesed, o amor fiel pra sempre.

A misericórdia de Deus é eterna, a misericórdia do homem é efêmera então Deus leva esta misericórdia como presente de bodas –  dentro da vida do homem na fidelidade que o homem deseja sem conseguir a viver, então doa-lhe a justiça (o respeito da realidade, do valor das coisas e das pessoas); o direito ( a observância da lei de Deus),  a benevolência (a capacidade de comover-se, ter um coração, entranhas que sabem comover-se perante ao outro). O amor (o amor fiel).

Fidelidade – é a confiança

Israel recebe de Deus como dádiva esta fidelidade. Então daquilo que Israel vive podemos ter confiança. Só a esta altura Israel conhecera o Senhor.

Conhecer – é um conhecer por experiência e não por estudo – conhecer por ter feito a prova de algo.

 

Os 2, 23 – Tem uma expressividade corrente no verbo “responder” e é importante. Defeito uma das experiências, mas dolorosas é aquela vai obter resposta. Eu falo e o outro vai e entende ou eu falo e o outro vem prestar atenção – Esta falta de comunicação neste dia será frisado e formara uma corrente de correspondência.

 

Os 2, 25 – A rachadura é consertada.

Nestes textos bíblicos tem a experiência de uma comunhão de amor entre Deus e o homem, Deus que foi em busca do homem para construir com ele uma ligação de fidelidade. Aqui existe a manifestação de Deus que do homem e, do outro lado, do homem que experimenta o ser conhecido por nome e amado por nome.

Isso chama-se eleição.

Cada um de nós é tudo para Deus.

Eu tenho um valor perante a Deus que não pode ser comprado com nenhuma coisa do mundo.

- É preciso então colher o significado da nossa vida perante Deus como relacionamento de amor, de comunhão.

 

Is 43, 1-7

“Aquele que te criou” criar, quer dizer, fazer do nada, fazer algo de maravilhoso que só Deus é capaz de fazer.

“Aquele que te formou” cf o oleiro com o barro. O barro é algo que não tem valor, mas a arte de Deus é grande.

“Não temos, pois, eu te redimir...” redimir é uma expressão tipicamente bíblica. Deus pagou um preço pra resgatar Israel e também Deus considera do mesmo sangue de Israel, perante próxima; Deus pagou o preço para o resgate de Israel, pois sentiu-se envolvido na sua liberdade. Deus é parente com o homem por eleição.

 

“Eu te chamei por teu nome” eu te dei a tua identidade. No relacionamento de amor, nós descobrimos a nossa identidade. O fato que tu me queres bem dá um sentido, uma identidade a minha vida.

 

     


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