ESTUDO BÍBLICO para CEBs
Paolo Cugini
[1-2] Sendo que o Apostolo deve ser servo da
alegria, Paulo preferiu não ir até Corinto pra não provocar mais tensões. Para
ter aqui uma ilusão a uma viagem que Paulo fez a Corinto, cujo não temos muitas
informações (cfr 2 Cor 12, 14 e 13,1).
Paulo não quer o sofrimento, mas a alegria,
sobretudo nas comunidades.
3-4: Paulo quer ser um colaborador da alegria da
comunidade. Onde tem o Reino de Deus, aonde tem o Espírito Santo, reina a
alegria, que é obra de Deus (Rom 14, 17; Fil 3,1; 4, 45).
Também quando deve punir a comunidade, o Apóstolo é
guiado pelo amor, do amor fraterno daquele que serve a comunidade como
colaborador (1 Cor 3, 9), um amor que não pode ser destruído do temor, da
dificuldade e das precauções (1 Cor 13, 4 ss).
5-11: o motivo do desentendimento entre Paulo e a
comunidade é tirada
- Com poucos detalhes Paulo fala de um fato que
tinha atropelado o seu relacionamento com a comunidade. Uma pessoa da
comunidade tinha feito uma grave injustiça (7,12), que tinha ofendido Paulo,
prejudicando a comunidade toda.
Se, de fato, um membro da comunidade sofre, toda
comunidade fica decepcionada, pelo contrário, a comunidade não tinha feito
nada. Por essa razão ele enviou uma carta, a carta das lágrimas.
Agora, porém, a maioria da comunidade puniu o
culpado (cfr 1 Cor 5, 11). Só que agora a punição não deve chegar a machucar
demais o culpado.
Aqui temos um exemplo da condução das comunidades
apostólicas:
Perante um problema que afetou a comunidade, todos
são convidados a se expressar e a maioria decide. Paulo não mandava nas
comunidades abusando da própria autoridade.
- A punição alcançou o objetivo: produzir o
arrependimento e a conversão do culpado. Agora é o tempo da reconciliação, pra
evitar que o culpado caía na tristeza. É preciso que prevaleça o amor, a
caridade.
[ fazer uma explanação sobre estas duas palavras].
Volta aqui também – tema da consolação: Cristo é o
consolador, o Espírito também: a comunidade é o espaço aonde a humanidade faz a
experiência da consolação de Deus. A disciplina atuada na comunidade deve ser o
reflexo da ação de Deus para com os pecadores.
- Também a carta que Paulo escreveu nas lágrimas
tinha como objetivo fortalecer a caridade e também medir a obediência da
comunidade ao apostolo. (upekooi – falar da idéia paulina de obediência).
10 “em atenção a Cristo”: tudo acontece em atenção
a Cristo. È Cristo que inspira os passos, as decisões de Paulo e da comunidade.
O Senhor exige justiça e ordem (cfr Mt 18,18) –
Cristo, que ilumina e guia a Igreja, pede o perdão entre os homens (cfr 1 Jo 2,
1; COL 3, 13).
Satanás: se na Igreja sumisse a caridade e a
atenção a Cristo, seria satanás a tomar conta. De fato satanás atiça discórdias
e rivalidade, minando a comunhão da comunidade. (cfr 1 Pt 5, 8). Somente no
final dos tempos satanás será derrubado (cfr 2 Ts 2, 8).
Satanás perturbou toda a obra evangelizadora de
Paulo. (cfr 1 Ts 2, 18; Lc 22, 31;
1 Cor 7, 5; 2 Cor 11, 3).
12-13: Continua o tema da viagem e de repente se
interrompe. O fio continua em 7, 5-16, retomando em ordem inversa aos temas de
Tito e da carta severa.
- Para poupar pra si e pra os Coríntios contrastes
negativos, Paulo não quis dirigir-se de pessoa para Corinto (1, 23). Por isso
escreveu, talvez de Éfeso (At 19, 1), a carta das lágrimas (2, 3ss). Tito,
colaborador de Paulo, deveria levar em Corinto esta carta, pra depois retornar
e informar o Apostolo em Troada. Enquanto o esperava Paulo começou a pregar o
Evangelho com sucesso.
“Pois o Senhor me abria as portas” tudo acontece no
Senhor. Paulo sabe muito bem que a evangelização não é fruto da capacidade dos
missionários, mas obra do Espírito Santo.
13. Só que em Troada Paulo não encontrou Tito e
ficou agoniado e se mandou para encontrar-se com Tito na Macedônia em uma das
comunidades talvez Filipe. Apesar de ter renunciado a viagem para Corinto, a
sua preocupação com esta comunidade era muito grande.
Estes dois versículos são um exemplo daquilo que
passava no coração de Paulo, a tensão causada das preocupações para as
comunidades.
O oficio
Apostólico 2, 14 – 6, 10
A publicidade do Oficio Apostólico 2, 14 – 3, 3
- Nas lembranças daquilo que Paulo passou de
sofrimentos para com a comunidade de Corinto, brota do seu coração uma ação de
graça:
“Dou graças a Deus”
14. O vencedor de uma batalha importante desfilava
em “triunfo”, acompanhado de um séquito de prisioneiros e entre nuvens de
incenso e a aromas (cfr Sal 68, 19).
Paulo se alegra de desfilar no triunfo de Cristo
como prisioneiro, difundindo lhe o aroma, que é o conhecimento dele.
“o aroma de seu conhecimento”: (cfr Ecel 39,13).
Pelo conhecimento de Deus em Cristo sai um perfume vivificante que dá vida
antes de mais nada ao mesmo apostolo e, depois, por meio dele a todas as
pessoas que encontro no caminho.
15-16: A imagem se transfere ao campo cultural dos
sacrifícios, que iam acompanhados de incensos e defumadoras e “aroma que
aplaca” (Ex 30, 34; Lv 2, 1-2. 15-16; 16,12;
Nm 15 e 28). O aroma da pregação
evangélica é ambíguo, conforme é recebido: mortífero para uns, vivificante para
outros.
Perante o Evangelho que Paulo está anunciando, os
homens se dividem: alguns decidem pela vida outros pela morte. Por aqueles que
– escuta e o acolhem o evangelho torna-se fonte de vida; por aqueles que o rejeitam torna-se
instrumento de condenação e da morte. (cfr Rom 9, 18). Perante a pregação da
Palavra de Deus o mundo é obrigado a acolher. O Apostolo participa do
conhecimento de Deus e o irradia no universo com a pregação do evangelho.
16b-17: Soa como enunciado de um princípio. Ninguém
é por si apto para o empreendimento – o apostolo é mediador da “palavra de
Deus” que é o Evangelho, é responsável perante Deus e age vinculado ao
ministério de Cristo. Não pode ser um comerciante que, negociando com a mensagem,
a torna inofensiva, como faziam os falsos profetas (cfr 1 Pd 4, 11).
- Nas estradas e nas praças daquele tempo
encontravam-se pregadores que vendiam a própria sabedoria em troca de dinheiro.
Paulo podia ser confundido com um destes. A estes pregadores mercenários. Paulo
joga na cara duas coisas: 1. Vendem a Palavra em troca de dinheiro – exploram
cfr 18 P 5, 2. Para isso Paulo decidiu de trabalhar para ganhar o próprio
dinheiro. (1 Tess 2, 5) – 2 Eles falsificam o Evangelho; pelo contrário Paulo anuncia
o Evangelho.
a) Com
sinceridade
b) Da
parte de Deus
c)
Diante de Deus
d)
Como membros de Cristo
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