mercoledì 8 luglio 2015

DEUS E' LUZ




(1 Joao 1, 5-7)

No prólogo da primeira carta á João são contidos os princípios fundamentais da vida e da experiência cristã:
1.     O principio cristologico: cada conhecimento e comunhão com Deus passam através de Cristo. Disso deriva a importância do Evangelho, da Eucaristia e dos sacramentos.
2.     O principio eclesial: não existe comunhão com Cristo se não estiver fundada no testemunho dos Apóstolos. Cada relacionamento com Cristo é um relacionamento que si vive na Igreja.
3.     O principio comunitário: todo relacionamento com Deus deve se tornar relacionamento com os irmãos.

1, 5-7: Deus é Luz[1]. João, com essa definição não quer dizer aquilo que Deus é em si e por si, mas aquilo que Deus é por nós: Deus iluminou a nossa vida. Desde que Jesus veio ao mundo, nos começamos a enxergar. Cada um de nós poderia dizer isso, ou seja, desde que conheceu o Senhor, escutado as suas palavras, a vida se tornou luminosa, clara, orientada.

O tema da luz é presente em tudo o A.T.
Sal 119, 105: Lâmpada aos meus passos é a tua Palavra, Senhor...
Sal 27, 1: O Senhor é minha luz e salvação.

Toda vez que Deus solta uma Palavra, para nós torna-se luz.
Hb 1, 1-2:Deus, depois de ter falado muitas vezes e em diferentes maneiras... Ultimamente falou para nós por meio do Filho” .

Existe uma estrada que conduz á vida, e os homens não são capazes de conhecê-la porque aquela estrada foi Deus que a fez. A única maneira para conhecê-la é que Deus nos permita de conhecê-la, que Deus a manifeste. Neste sentido Deus é luz, luz porque em Jesus Cristo Ele se revelou. Aquilo que de esquisito aconteceu é que os homens recusaram a luz. Porque isso? Para João a luz comporta para o homem uma certa vergonha pelos próprios pecados e culpas[2]. Então perante á luz, o homem deve realizar uma escolha: o escolhe o bem, o amor e, então, a luz; o se fecha no seu egoísmo, e se fecha á luz porque a luz o atrapalha. De fato, de uma certa forma, é mais cômodo não enxergar: se enxergar sou obrigado a me comportar bem. Mas se enxergo tudo confundido, então verdadeiro e falso é tudo a mesma coisa. Atrás do relativismo existe uma vontade que foge do compromisso.A luz de Cristo obriga o homem a tomar uma posição.

Porque Deus é luz? Porque perante a Jesus as coisas adquirem um sentido. O mundo é o que? A vida é o que? Que sentido tem a morte? Que sentido tem a fatiga de trabalhar, de estudar? Que sentido tem a existência do homem? Que sentido tem os outros, que pra mim são concorrentes?

Resposta: Jo 3, 16. O sentido da nossa vida é o amor, o dom; todo o resto não tem nenhum valor[3].
Se aceitarmos a manifestação de Deus na historia através do seu Filho Jesus Cristo, então tudo isso iluminará a nossa vida. Deus é luz: se isso é verdade, se as aceitarmos então isso iluminará a nossa vida. Não se trata apenas de palavras, mas da vida concreta de Jesus. Jesus não apenas falou com palavras que precisamos amar os irmãos, mas ele realizou isso na sua mesma vida. Na sua carne são visíveis as suas palavras.
Aquilo que quer dizer amar Deus o revela com aquilo que faz. Então Deus é luz porque me ajuda a entender o sentido verdadeiro do amor, me ajuda entender que o amor não é apenas desejo, mas consiste no dom da própria vida[4]. Esta Idea João a repete muitas vezes ao longo desta carta.
O amor existe porque foi Deus que o inseriu no mundo e desde que Deus o inseriu, este amor continua operando, permanece presente e transforma também o nosso pobre amor. Neste sentido Deus é luz porque nos diz que amar é possível.

Se Deus é luz nós não podemos ser sombra, mas também nós devemos nos tornar luz no mundo[5].
Se Deus é luz precisamos caminhar na luz. Isso quer dizer que a revelação de Jesus se torna o critério das nossas escolhas. É preciso viver a própria vida debaixo do olhar de Cristo[6].

Se dissermos que estamos em comunhão com Ele...”[7]: a verdade não é somente par ser conhecida, mas exige ser vivida. Não basta conhecer Jesus Cristo com o intelecto, mas é preciso conhecê-lo na vida, é preciso fazer a experiência dele.

E o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado[8]: o pecado é egoísmo e não existe nada que possa derreter o egoísmo a não ser o amor. Jo 19: do seu lado saíram sangue e água: quer dizer isso? Que a morte voluntária de Cristo se torna fonte de vida[9]. Por meio do amor de Cristo nós fomos liberados de nós mesmos, porque é a libertação do amor. Outra cena que pode nos ajudar para entender este mistério: Ap 5, 6-10.




[1] “Platão deu a esta concepção [que Deus é luz] caráter filosófico quando ele usou o sol como símbolo da Idéia de Bem... Se a fonte da luz pela qual conhecemos, é também a fonte da vida, então, na medida que avançamos no conhecimento rumo a visão da Luz, nós também participamos da Vida” (C.H. Dodd, A interpretação do quarto Evangelho, Paulus, São Paulo 2003, pp. 270.271).
[2] Cf. Sal 32.
[3] Cf. 1Cor 13
[4] Contextualizando a conversa na vida consagrada: a vida de Deus se realizou como amor e o amor se manifestou em Jesus. Problema: de que forma Jesus viveu o amor? Doando a si mesmo. Nisso podemos envolver o discurso sobre a sexualidade, pois esta deve ser orientada pelo amor. Uma sexualidade separada do amor leva por caminhos errados. Sexualidade como doação de si mesmo aos outros: só nesse sentido a sexualidade realiza o plano de Deus; pelo contrario, quando não é orientada pelo amor, a sexualidade torna-se instrumento a serviço do prazer egoístico.
[5] Cf. Mt 5, 13-16.
[6] Cf. Ef 5, 1-2. 8-14; Rm 13, 11-14; 1Tsw 5, 4-11.
[7] 1Jo 1,6.
[8] 1 Jo 1,7.
[9] É por isso que Paulo fala que no Batismo, pelo qual renascemos a vida verdadeira, participamos da morte de Cristo (cf. Rom 6, 1-11).

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