Estudo bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-19. O
encontro de Paulo com o Senhor muda radicalmente a sua vida. E, assim, de
perseguidor dos cristãos, se torna o grande Apóstolo e missionário da Igreja a
serviço do Evangelho de Jesus. Sem duvida nenhuma a vocação de Paulo nasceu de
uma experiência prodigiosa, um chamado forte e claro. Isso não deve tirar nada
da dinâmica da vocação. O encontro com Jesus, quando é autentico, deve provocar
uma mudança de vida e de atitudes e, ao mesmo tempo, a disponibilidade ao
anuncio do Evangelho.
15. “Este homem é para mim um instrumento para
levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos israelitas”. Os
critérios de Deus escolher não são os nossos, também porque não são méritos
humanos, o títulos mundanos que decidem o seguimento à Jesus, mas outros
critérios que estão na mente de Deus. A nós cabe apenas escutar o chamado e
aceita-lo ou recusá-lo.
18. “Logo caíram-lhe dos olhos uma como escamas”.
O processo de conversão é como passar das trevas à luz, é um voltar a ver com
olhos novos, é enxergar a realidade com olhos novos.
20-31. O
processo de conversão não é imediato, de um dia para o outro, mas a assimilação
da novidade do Evangelho, da proposta de vida nova de Jesus exige tempo e
dedicação. Paulo, logo a pós o encontro prodigioso com Jesus, passa um tempo
refletindo sobre a novidade da proposta do Senhor, e depois foi para Jerusalém
a conversar com os Apóstolos do Senhor para melhor entender a proposta de
Jesus. Interessante é notar que Paulo não começou a pregar o Evangelho nas
sinagogas – eram as capelas dos Hebreus – depois do período de reflexão, mas já
neste período. Isso quer dizer que a mesma pregação, o mesmo anuncio do
Evangelho faz parte da nossa preparação. Interessante notar que, como aconteceu
com Jesus, também Paulo provocou o ódio dos Hebreus que logo se articularam
para mata-lo. O motivo deste ódio é claríssimo. De fato, Paulo, não era
qualquer um, mas sim um dos discípulos prediletos de Gamaliel, doutor da Lei e
muito respeitado pelo povo (cf. At 5,34). A pregação de Paulo estava provocando
muita confusão nas fileiras dos hebreus, pois se questionavam como uma pessoa
tão culta e esclarecida sobre a Sagrada Escritura pudesse entrar no caminho dos
cristãos. O foco da pregação de Paulo era exatamente isso: com a Bíblia na mão,
que ele conhecia muito bem, demostrava utilizando os textos do Antigo
Testamento, que Jesus era o Cristo (At 9, 22), ou seja, o Messias que os
profetas tinham anunciado. Não de estranhar também a resistência dos discípulos
de Jerusalém a respeito de Paulo (Versículo 26), porque a fama de grande
perseguidor dos cristãos tinha-se espalhado por toda a região.
32-43. Aqui
são narrados dois milagres de Pedro. O poder de Jesus de fazer milagres é
repassado na primeira geração de discípulos e, em modo especial entre os 12
Apóstolos. Este poder não se encontrará mais nas gerações sucessivas, a não ser
em casos especiais. Os milagres são sinais que deviam induzir as pessoas à
acreditarem na Palavra anunciada. Hoje somos convidados a realizar outro tipo
de sinais para dar força à palavra que anunciamos. São os sinais da comunhão
entre nós, da partilha com os mais pobres, do zelo para com as pessoas doentes
e idosas da comunidade que oferecem credibilidade à nossa ação litúrgica.
Nessun commento:
Posta un commento