sabato 3 giugno 2023

A ESTRUTURA DA VIDA CRISTÃ

 



 pe Paolo Cugini

O Deus fala no silêncio do deserto

 

1-     Deus fala ao homem (Heb 1, 19)

2-     É preciso escutar, prestar atenção (Dt 6,4)

3-     Para escutar é preciso fazer silêncio (Lam 3, 26)

4-     Deus fala no deserto (Ex 3,1; anos no deserto; Os 2, 169; Lc 3; Lc 4)

5-     O jeito de Jesus: (procurar lugar afastado, desertos, noite: Mc 1, 35; Lc 6, 12).

6-     Retiro espiritual para imitar a Jesus.

 

[1] “Em princípio Deus criou o céu e a terra”

Gen 1, 1-2,: é a primeira página da Bíblia.

O livro de Gênesis revela que a existência do mundo nasce de uma vontade livre do Criador. Deus quis fazer viver algo – fazer viver é a fórmula elementar do amor.

Amor quer dizer fazer viver. Eu amo alguém quando enriqueço a vida dele a protejo, defendo, quando doa-lhe vida.

Deus disse: seja a luz ...:a existência da luz é um ato de obediência cfr Baruc 3, 34-35

·        O livro do Gênesis quer conduzir-nos rumo este mundo prático de ver as coisas. Reconhecer de dentro da existência uma estrutura responsável.

·        Existir segundo a Bíblia, não significa possuir a existência, mas sim responder a um chamado de amor que te quer, que quer a tua existência e você existe respondendo.

·        É significativo que o livro do Gênesis invista no valor da palavra com que Deus chamam as coisas para a existência. Se têm algo de pessoal na experiência humana é a palavra mesmo: a palavra é minha, sou eu que me expresso.

·        Deus criou o mundo com a Palavra, pois ele não é uma força, uma lei da natureza, mas uma pessoa livre. É por isso que cada vez que Deus cria algo, acrescenta a Bíblia: e viu que era coisa boa.

·        Quer dizer isto? Se é verdade que o mundo tem coisas boas e ruins. É verdade porém, que antes e mais nada, como primeira atitude devo aprender a dizer sim, é coisa boa. E este sim o dizemos com atitude de agradecimento, dizendo isto experimento um sentimento interior de admiração, ou de respeito.

Cfr Salmo 104 (105): encerra desta forma: “dou glória ao Senhor para sempre; que é o nome de: e deus viu que era coisa boa”.

Existir é a mesma coisa que cantar ao Senhor: não tem sentido ser chamados a vida e não responder com uma ação de graça. Se existir é ser chamado a viver, viver quer dizer responder, cantar, louvar, bendizer.

-  O louvor deve acompanhar toda a minha existência.

- Deus criou todas as coisas, porém quando doa ao homem o livro de Gênesis coloca uma decisão de Deus. O homem pode não responder eis me aqui.

- O homem na sua experiência masculina/ feminina é imagem de Deus.

Aquela que Deus possui em cima do mundo a entrega ao homem. O homem no mundo representa, numa certa forma, a imagem de Deus.

 

“Dominar os peixes do mar” – é claro que o homem não tem o direito de abusar do mundo. Na realidade tem a tarefa de injetar no mundo a presença de Deus, é a soberania de Deus, então uma soberanidade de amor, da beleza, do esplendor. O homem pode usar o mundo não por capricho, mas conforme o projeto de Deus.

·        Imagem e semelhança de Deus não quer dizer que o homem parece com Deus assim como ele é, mas ser a imagem de Deus significa que Deus nos doou a possibilidade e a vocação de semelhar-lhe, mas sendo livres podendo dizer sim ou não, podemos contribuir a nossa vida com Deus ou contra Deus.

·        Existe um homem que foi de verdade imagem e semelhança de Deus: Jesus. Para nós o problema é olhar para Ele e fazer com que o nosso caminho toma o seu.

 

- Fazemos o homem a nossa imagem e semelhança: é um presente, mas da mesma maneira é uma tarefa.

 

Então pela manhã abro a janela e vejo o mundo e devo aprender a dizer sim ao mundo, agradecer, pois este mundo vem de Deus. É verdade que neste mundo tem também coisas ruins, mas a atitude radical deve ser de abertura.

 

É claro que esta atitude não posso dirigi-la somente ao mundo, as criaturas: devo fazer isto também comigo mesmo. É importante chegar a esta visão de fé, a dizer sim a nossa vida sem condições, e me aceitar do jeito que sou.

 

- A minha vida Deus disse sim e me chamou por nome: existe o sim de Deus sobre a minha existência: Deus me aprovou!

- Este sim de Deus me sintoniza com a vontade de Deus e me ajuda a transformar em positivo a minha vida – cada pessoa é chamada a crescer. Se devo mudar em positivo a minha vida, devo começar daquilo que a minha vida é.

- Nestes dias de Retiro é bom fazer a lista das coisas que devo aprender e aceitar.

 

Salmo 8: no oriente da Bíblia só Deus possui a glória. Tu Senhor, coroaste de glória o homem. Não é um caso que o N.T aplicou a Jesus esta expressão.

 

É importante aprender e dizer sim e acertar os não. O problema é começar destes não para criar uma atitude mais positiva perante o mundo.

Conselhos para o retiro...

 

[2] Eterna é a sua Misericórdia

 

Salmo 136 (135) é dividido em 2 partes com um refrão que acompanha o Salmo todo.

1-9: fala da obra da criação.

10-22: depois é narrada a obra de Deus quando libertam Israel do Egito.

23-26: conclusão onde o passado entra no presente.

 

O que quer dizer o refrão? “Eterna é a sua misericórdia

MisericórdiaHesed – amor fiel.

Indica a fidelidade deste amor que uma vez dado é guardado com perseverança.

Eterna: não significa fora do tempo, se voltamos no passado, e um ano atrás encontraremos sem dúvidas coisas diferentes, pois o mundo muda. Mas encontraremos sempre a misericórdia de Deus.

Mudam as estruturas de tempo, as obras, os eventos, mas a misericórdia de Deus fica.

- Então estamos indo rumo a um futuro que é incerto e nos deixa inquietos, mas sobre a misericórdia de Deus podemos contar.

Eterno-abrange todo o tempo na sua totalidade.

Quando a Bíblia narra a experiência de Israel, narra um fragmento desta misericórdia, , um fragmento que é significativo por toda a história humana. Naquela aparentemente pequena história [ e libertação do Egito] Deus manifestou a sua misericórdia.

 

É o que esta misericórdia?

Ex 2, 23-25: é um povo esmagado que não consegue fazer outra coisa que gritar a Deus. E Deus fez o que? Escuta, lembra, vê, conhece.

A misericórdia de Deus é esta: Ele não fica indiferente quando as pessoas passam necessidades, mas se deixa envolver da miséria humana, de brado de desespero.

- Vamos colocar estes verbos em referimento a nós, que Deus escute quando gritamos; que Deus se lembre de nós; que Deus se compromete para conosco; que Deus veja aquilo que estamos passando; que Deus conheça a nossa vida.

- Nesta história Deus não fica envolvido só afetivamente, mas efetivamente – prepara um libertador – Moisés para libertar o seu povo.

Só que Moisés colocou uma objeção: “como se chama (Deus)?” (Ex 3, 13-15). O problema é o nome de Deus. Deus tem um nome? Se não tiver um nome não existe, pois o nome expressa a identidade de alguém.

Do outro lado se conhecermos o nome de alguém o definhamos, podendo compreendê-lo. Por isto Deus é inominável.

- Existe então uma tensão, Deus não pode ser sem nome, pois seria sem identidade, mas nem pode ter um nome, pois seria manipulado.

Deus respondeu a Moisés! “eu sou aquilo que sou”

 

Eu sou é o nome de Deus? De certa forma sim, pois expressa a experiência de Deus. Deus garante isto: Eu sou: naquela experiência de opressão você não fica sozinho. Pois eu estarei aí – que Deus é presente o povo o verá em várias circunstancias (cita-las) .

Desta forma afirma-se que não somente Deus existe, mas existe como salvador, como um Deus que vive perto, que toma de conta de Israel, um Deus de amor e misericórdia. Cfr Os 1, 9

 

Os 2, 16-25: Israel é ligado a Deus com um relacionamento de aliança e a imagem mais linda para expressar isso é o matrimônio. Deus se casou com Israel, amo-a, e Israel viveu este amor no tempo do Êxodo, no deserto. Só que Israel abandonou o Senhor para seguir outras divindades – a essa altura Deus pune Israel, leva-o no deserto e diz: “... não me chamarás mais nem patrão, mas marido meu”.

 

- Israel se dá conta que Deus não é um patrão, mas um marido, relacionamento com Deus, não é de submissão nobreza, mas de amor fiel. Deus quer uma esposa, ou uma serva. É preciso que Israel reconhece a verdadeira identidade de Deus. Deus é um marido que exige obediência, mas a obediência de amor e de fidelidade.

 

Os 2 20-ss: Não somente é pacificado Israel, mas o mundo inteiro, pois o pecado de Israel, do homem, foi uma desolação do mundo inteiro e então reflorescera o paraíso, - lugar da plenitude da vida, da alegria.

“Então eu me casarei”.

 

(Os 2, 22): Quando o hebreu se case, paga ao pai da esposa um preço – para obter Israel Deus paga um preço, leva a própria esposa, como presente das bodas: o direito, a justiça, o amor, a fidelidade.

 

Por que isto?

Oséias percebeu que o homem deixado sozinho, não consegue responder ao lado de Deus. O homem consegue perceber o amor de Deus, mas vive em realidade de fraqueza interior, que não da pra protelar de muita fidelidade. (cf Os 13, 3).

 

O problema é que o coração de Israel é doente de infidelidade e não consegue aguardar a hesed, o amor fiel pra sempre.

A misericórdia de Deus é eterna, a misericórdia do homem é efêmera então Deus leva esta misericórdia como presente de bodas –  dentro da vida do homem na fidelidade que o homem deseja sem conseguir a viver, então doa-lhe a justiça (o respeito da realidade, do valor das coisas e das pessoas); o direito ( a observância da lei de Deus),  a benevolência (a capacidade de comover-se, ter um coração, entranhas que sabem comover-se perante ao outro). O amor (o amor fiel).

Fidelidade – é a confiança

Israel recebe de Deus como dádiva esta fidelidade. Então daquilo que Israel vive podemos ter confiança. Só a esta altura Israel conhecera o Senhor.

Conhecer – é um conhecer por experiência e não por estudo – conhecer por ter feito a prova de algo.

 

Os 2, 23 – Tem uma expressividade corrente no verbo “responder” e é importante. Defeito uma das experiências, mas dolorosas é aquela vai obter resposta. Eu falo e o outro vai e entende ou eu falo e o outro vem prestar atenção – Esta falta de comunicação neste dia será frisado e formara uma corrente de correspondência.

 

Os 2, 25 – A rachadura é consertada.

Nestes textos bíblicos tem a experiência de uma comunhão de amor entre Deus e o homem, Deus que foi em busca do homem para construir com ele uma ligação de fidelidade. Aqui existe a manifestação de Deus que do homem e, do outro lado, do homem que experimenta o ser conhecido por nome e amado por nome.

Isso chama-se eleição.

Cada um de nós é tudo para Deus.

Eu tenho um valor perante a Deus que não pode ser comprado com nenhuma coisa do mundo.

- É preciso então colher o significado da nossa vida perante Deus como relacionamento de amor, de comunhão.

 

Is 43, 1-7

“Aquele que te criou” criar, quer dizer, fazer do nada, fazer algo de maravilhoso que só Deus é capaz de fazer.

“Aquele que te formou” cf o oleiro com o barro. O barro é algo que não tem valor, mas a arte de Deus é grande.

“Não temos, pois, eu te redimir...” redimir é uma expressão tipicamente bíblica. Deus pagou um preço pra resgatar Israel e também Deus considera do mesmo sangue de Israel, perante próxima; Deus pagou o preço para o resgate de Israel, pois sentiu-se envolvido na sua liberdade. Deus é parente com o homem por eleição.

 

“Eu te chamei por teu nome” eu te dei a tua identidade. No relacionamento de amor, nós descobrimos a nossa identidade. O fato que tu me queres bem dá um sentido, uma identidade a minha vida.

 

     


venerdì 2 giugno 2023

SEGUNDA CARTA AOS CORINTIOS CAPITULOS 8-9




ESTUDO BÍBLICO para CEBs

Paolo Cugini

 

Schohel:  Paulo tomou muito a peito o assunto da coleta a favor dos cristãos pobres de Jerusalém (Gl 2, 10). Podemos considerar como antecedentes o tributo do Templo e outras ofertas voluntárias com as quais os judeus da Judéia e da diáspora contribuíam periodicamente para a manutenção do Templo e para o culto. Além do valor material, semelhante contribuição expressa a identidade e a unidade do povo disperso (Sl 133), sua união em torno do Templo amado (Ef 24, 21). Lida nessa luz a coleta poderia sugerir que os cristãos reconheciam nos pobres de Jerusalém uma presença especial de Deus, como um novo Templo.

 

- acrescenta-se a importância que a esmola foi adquirindo depois do desterro, como provam numerosos textos: Eclo 25, 1-13; Tb 4, 7-11; Dt 15, 1-11; Pr 17, 17.

 

- No caso presente a coleta, além de aliviar uma situação local, a coleta expressava a unidade das Igrejas cristas em uma Igreja, a estima especial pela igreja-mãe de Jerusalém, a harmonia de pagãos e judeus convertidos, a solicitude de um membro mais forte por outro mais fraco (1 Cor 12). Por outra parte, a situação em Jerusalém prova que a experiência de possuir os homens em comum (At 5, 1-11) aliada a outros fatores, não tinha resolvido os problemas econômicos.

 

V.1: poder dar, e dar generosamente, é “graça de Deus”. Deus é o grande “doador”, que ao homem dá dons, exemplo de dar é aquilo que deve ser doado (Sl 136, 25; 145,16 e o livro de Rute). A Macedônia foi a primeira região européia evangelizada por Paulo: aí se encontravam os primeiros núcleos cristãos (Tessalônica, Berea, Filipe cfr At 16, 11 – 17, 14).

 

A obra de caridade da Igreja é o fruto da graça de Deus que age nela (8, 4.6.7)

 

V.2 É o paradoxo renovado, mencionado mais acima (6, 9-10): pobres de recursos, ricos de generosidade, como a viúva em sua doação (Lc 21, 1-4).

 

V. 3-4:  Na realização da coleta, os cristãos da Macedônia agiram espontaneamente e por livre decisão pessoal.

 

5: A doação de si mesmo, além das coisas materiais, era dirigidas aos carentes, mas também ao Senhor e ao apostolo Paulo. Os da Macedônia tinham percebido que não tratava-se apenas de ajudar os pobres de uma comunidade, mas da causa do Evangelho de Jesus e da sua Igreja, servindo a Igreja se serve a Cristo. (cf Neemias 3).

 

6: cheio de coragem pelo sucesso da coleta da Macedônia, Paulo quer envolver também a comunidade de Corinto através de Tito.

 

7-8: em 1 Cor 12-13 Paulo tinha descrito os carismas e colocado acima deles o amor. Agora aplica o dito: reconhecer os carismas dos Corintios, e os põe a prova da generosidade. Paulo não quer forçar ninguém, mas quer tostar a autenticidade da fé do Corinto.

 

9: O exemplo de Cristo é o ponto culminante, fundamento e exalta a caridade cristã. Cristo renunciou a ficar na plenitude divina poder junto ao Pai e deixou a glória celeste, que lhe pertencia como filho de Deus. Escolheu a pobreza da condição humana, para comunicar mediante a sua pobreza, a riqueza externa da redenção. Cristo se for pobre por amor aos homens (cf Rom 15, 3-7; Heb 12, 2) (Fil 2, 5-11).

Se a pobreza de Cristo rendeu ricos os Corintos e todos os homens, agora aqueles que foram enriquecidos por ele, devem partilhar. A ação de Cristo deve continuar na ação dos cristãos.

 

Graça: força que empurra o doar-se.

 

10: A coleta começou desde o ano anterior e isso partiu da vontade deles. Por isso, Paulo precisa sempre lembrar isto: não é necessário que ele mande fazer.

 

11-12: Paulo não está pedindo nada de impossível, mas o fruto da caminhada deles. Por isso, pede prontidão.

 

13-14: Não deve acontecer que ajudando os outros; quem doa fique em aperto. Aquilo que se deseja é uma igualdade dos bens necessários para viver.

Esta igualdade entre a comunidade de Jerusalém e as outras deve cumprir-se em duas maneiras: 1º Na presente abundância das comunidades, deve sempre ajudar a comunidade de Jerusalém. 2º No futuro Jerusalém poderá dar de volta.

 

15: A citação pertence a uma das tradições sobre o maná (Ex 16,18): partilha igualitária de Deus, a despeito da avidez ou mesquinhez humana.

 

16-17: Tito logo se prontificou de retornar a Corinto de onde tinha acabado de chegar. Desta prontidão e zelo, Paulo agradece a Deus.

 

18: Junto com Tito, Paulo envia dois companheiros, que deverão ajudar Tito na obra da coleta. Paulo não revela os nomes deles.

 

19: São as comunidades que escolheram um representante – já nomeados pelas Igrejas – parece que foi feita uma votação pública.

Para glória do Senhor: a obra da coleta tem como objetivo de render manifesto que Paulo reconhece e aprecia a comunidade primitiva de Jerusalém.

 

At 4,34 (Tiago 2,14) Estrutura da Igreja

 

21: Paulo procura evitar os escândalos, pois ele sabe que a sua pessoa e a sua ... já provocam bastante tumultos. O apóstolo deve pregar a todos a verdade, a sua sinceridade e retidão perante Deus deve ser conhecida por todos.

 

22: O segundo companheiro é apresentado como irmão no ministério.

 

23: Os delegados das Igrejas nessa obra de caridade transportam e refletem a “glória de Xto como o homem caritativo à glória de YHWH (cf Is 58,8)

 

Capitulo 9 O que se segue, se não é outra carta sobre o mesmo assunto, inserida aqui devido ao tema, equivale uma insistência temperada pela descrição. Paulo quer estimular sem forçar; acumula argumentos e os repete. Com toda exposição recompõe o grande círculo do dar.

(a) Deus é o “doador” por excelência: dá o bom desejo (Ex 35,28; 36,3-7) e os meios de onde dar; no A.T. a terra é o dom primeiro de Deus.

(b) O homem que possui dá ao necessitado (Dt 15,1-11; Sl 112; Eclo 14,3-6).

(c) Uns e outros dão graças a Deus. Ao chamar os pobres de Jerusalém de “consagrados”, eleva todo o assunto a um plano superior; também a tarefa fica consagrada.

 

v.6: a beneficência em Israel é considerada um mandamento de Deus. E Israel é convencido que Deus entrega a sua Benção aqueles que fazem o Bem (cf Dt 15,10; Sl 36,26; Tb12, ss.).

A imagem de semeadura aponta e recompensa no dia do julgamento.

 

v.7: Paulo pede que o dom seja espontâneo e não forçado. (cf Rom 12, 8).

 

8-9: Deus recompensa a caridade doando sempre novas possibilidades de doar. A experiência mostra que a beneficência não empobrece. (canto ao Sl 112).

 

10: Paulo usa Is 55, 10 para chamar atenção: os sentimentos e a caridade se tornarão sempre mais profundos e os meios se tornarão tanto mais abundantes quanto mais eles serão famosos na dor.

11: O doador faz com que Deus seja reconhecido e exaltado pelas criaturas.

 

12: A obra da caridade que foi planejada terá um duplo efeito.

1)      deverá ajudar a comunidade de Jerusalém.

2)      Irá se transformar em benção, pois Paulo chama a Coleta de liturgia – serviço ao povo.

 

13. Perante esta obra de caridade os cristãos de Jerusalém reconhecerão que também os pagãos tornaram-se obedientes ao Evangelho de Cristo e que uma única comunhão de personalidade e de amor abrange a todos. Para tudo isso a Igreja de Jerusalém vê o atena agradece todos aqueles que colaboram, mas também é sobretudo a Deus.

 

14-15: Paulo expressa a própria preocupação  pelo bom êxito da coleta. Mais forte das dúvidas é a confiança no poder de Deus.

 

Resumo:

1-      O sentido da comunidade –At 4, 31

- ligação fé/vida – Tiago 2, 14

2- Fundamentação cristologica

3. Preocupação de Paulo – organização da comunidades

4- provocar a generosidade de Deus

5- A partilha é sinal da presença de Deus

 


SEGUNDA CARTA AOS CORINTIOS CAPÍTULO 2



ESTUDO BÍBLICO para CEBs

 Paolo Cugini

[1-2] Sendo que o Apostolo deve ser servo da alegria, Paulo preferiu não ir até Corinto pra não provocar mais tensões. Para ter aqui uma ilusão a uma viagem que Paulo fez a Corinto, cujo não temos muitas informações (cfr 2 Cor 12, 14 e 13,1).

 

Paulo não quer o sofrimento, mas a alegria, sobretudo nas comunidades.

 

3-4: Paulo quer ser um colaborador da alegria da comunidade. Onde tem o Reino de Deus, aonde tem o Espírito Santo, reina a alegria, que é obra de Deus (Rom 14, 17; Fil 3,1; 4, 45).

Também quando deve punir a comunidade, o Apóstolo é guiado pelo amor, do amor fraterno daquele que serve a comunidade como colaborador (1 Cor 3, 9), um amor que não pode ser destruído do temor, da dificuldade e das precauções (1 Cor 13, 4 ss).

 

5-11: o motivo do desentendimento entre Paulo e a comunidade é tirada

 

- Com poucos detalhes Paulo fala de um fato que tinha atropelado o seu relacionamento com a comunidade. Uma pessoa da comunidade tinha feito uma grave injustiça (7,12), que tinha ofendido Paulo, prejudicando a comunidade toda.

Se, de fato, um membro da comunidade sofre, toda comunidade fica decepcionada, pelo contrário, a comunidade não tinha feito nada. Por essa razão ele enviou uma carta, a carta das lágrimas.

Agora, porém, a maioria da comunidade puniu o culpado (cfr 1 Cor 5, 11). Só que agora a punição não deve chegar a machucar demais o culpado.

Aqui temos um exemplo da condução das comunidades apostólicas:

Perante um problema que afetou a comunidade, todos são convidados a se expressar e a maioria decide. Paulo não mandava nas comunidades abusando da própria autoridade.

 

- A punição alcançou o objetivo: produzir o arrependimento e a conversão do culpado. Agora é o tempo da reconciliação, pra evitar que o culpado caía na tristeza. É preciso que prevaleça o amor, a caridade.

 

[ fazer uma explanação sobre estas duas palavras].

 

Volta aqui também – tema da consolação: Cristo é o consolador, o Espírito também: a comunidade é o espaço aonde a humanidade faz a experiência da consolação de Deus. A disciplina atuada na comunidade deve ser o reflexo da ação de Deus para com os pecadores.

 

- Também a carta que Paulo escreveu nas lágrimas tinha como objetivo fortalecer a caridade e também medir a obediência da comunidade ao apostolo. (upekooi – falar da idéia paulina de obediência).

 

10 “em atenção a Cristo”: tudo acontece em atenção a Cristo. È Cristo que inspira os passos, as decisões de Paulo e da comunidade.

O Senhor exige justiça e ordem (cfr Mt 18,18) – Cristo, que ilumina e guia a Igreja, pede o perdão entre os homens (cfr 1 Jo 2, 1; COL 3, 13).

 

Satanás: se na Igreja sumisse a caridade e a atenção a Cristo, seria satanás a tomar conta. De fato satanás atiça discórdias e rivalidade, minando a comunhão da comunidade. (cfr 1 Pt 5, 8). Somente no final dos tempos satanás será derrubado (cfr 2 Ts 2, 8).

Satanás perturbou toda a obra evangelizadora de Paulo. (cfr 1 Ts 2, 18; Lc 22, 31; 1 Cor 7, 5; 2 Cor 11, 3).

 

12-13: Continua o tema da viagem e de repente se interrompe. O fio continua em 7, 5-16, retomando em ordem inversa aos temas de Tito e da carta severa.

 

- Para poupar pra si e pra os Coríntios contrastes negativos, Paulo não quis dirigir-se de pessoa para Corinto (1, 23). Por isso escreveu, talvez de Éfeso (At 19, 1), a carta das lágrimas (2, 3ss). Tito, colaborador de Paulo, deveria levar em Corinto esta carta, pra depois retornar e informar o Apostolo em Troada. Enquanto o esperava Paulo começou a pregar o Evangelho com sucesso.

 

“Pois o Senhor me abria as portas” tudo acontece no Senhor. Paulo sabe muito bem que a evangelização não é fruto da capacidade dos missionários, mas obra do Espírito Santo.

 

13. Só que em Troada Paulo não encontrou Tito e ficou agoniado e se mandou para encontrar-se com Tito na Macedônia em uma das comunidades talvez Filipe. Apesar de ter renunciado a viagem para Corinto, a sua preocupação com esta comunidade era muito grande.

 

Estes dois versículos são um exemplo daquilo que passava no coração de Paulo, a tensão causada das preocupações para as comunidades.

 

O oficio Apostólico 2, 14 – 6, 10

 

A publicidade do Oficio Apostólico 2, 14 – 3, 3

 

- Nas lembranças daquilo que Paulo passou de sofrimentos para com a comunidade de Corinto, brota do seu coração uma ação de graça:

 

“Dou graças a Deus”

 

14. O vencedor de uma batalha importante desfilava em “triunfo”, acompanhado de um séquito de prisioneiros e entre nuvens de incenso e a aromas (cfr Sal 68, 19).

Paulo se alegra de desfilar no triunfo de Cristo como prisioneiro, difundindo lhe o aroma, que é o conhecimento dele.

 

“o aroma de seu conhecimento”: (cfr Ecel 39,13). Pelo conhecimento de Deus em Cristo sai um perfume vivificante que dá vida antes de mais nada ao mesmo apostolo e, depois, por meio dele a todas as pessoas que encontro no caminho.

 

15-16: A imagem se transfere ao campo cultural dos sacrifícios, que iam acompanhados de incensos e defumadoras e “aroma que aplaca” (Ex 30, 34; Lv 2, 1-2. 15-16; 16,12;  Nm  15 e 28). O aroma da pregação evangélica é ambíguo, conforme é recebido: mortífero para uns, vivificante para outros.

 

Perante o Evangelho que Paulo está anunciando, os homens se dividem: alguns decidem pela vida outros pela morte. Por aqueles que – escuta e o acolhem o evangelho torna-se fonte de vida;  por aqueles que o rejeitam torna-se instrumento de condenação e da morte. (cfr Rom 9, 18). Perante a pregação da Palavra de Deus o mundo é obrigado a acolher. O Apostolo participa do conhecimento de Deus e o irradia no universo com a pregação do evangelho.

 

16b-17: Soa como enunciado de um princípio. Ninguém é por si apto para o empreendimento – o apostolo é mediador da “palavra de Deus” que é o Evangelho, é responsável perante Deus e age vinculado ao ministério de Cristo. Não pode ser um comerciante que, negociando com a mensagem, a torna inofensiva, como faziam os falsos profetas (cfr 1 Pd 4, 11).

 

- Nas estradas e nas praças daquele tempo encontravam-se pregadores que vendiam a própria sabedoria em troca de dinheiro. Paulo podia ser confundido com um destes. A estes pregadores mercenários. Paulo joga na cara duas coisas: 1. Vendem a Palavra em troca de dinheiro – exploram cfr 18 P 5, 2. Para isso Paulo decidiu de trabalhar para ganhar o próprio dinheiro. (1 Tess 2, 5) – 2 Eles falsificam o Evangelho; pelo contrário Paulo anuncia o Evangelho.

       a) Com sinceridade

       b) Da parte de Deus

       c) Diante de Deus

       d) Como membros de Cristo