giovedì 29 settembre 2022

SEGUNDA CARTA AOS CORINTIOS CAPITULO 1

 




ESTUDO BÍBLICO para CEBs

 

Paolo Cugini

V. 1-2: Palavra declara logo a intenção geral da epístola, a sua missão.

Paulo não escreve para iniciativa privada, mas como apóstolo, ou seja, enviando mensageiro de Cristo. Sendo assim o apóstolo não deve anunciar a si mesmo, mas a mensagem de seu Senhor (cfr 2 Cor 2, 17)

 

- Junto consigo Paulo nomeia Timóteo, irmão no ministério (cfr Atos).

 

- A carta é enviada para a Igreja de Deus que está em Corinto. Existe só a única grande Igreja de Deus; porém esta torna-se visível concretamente Nas comunidades particulares. Aqui a Igreja não é apenas o clero, mas a comunidade como um todo.

 

- A carta é também dirigida a todos os Santos de toda a Província

Acácia: é a Província romana que abrange a parte central da Grécia e a península do Peloponeso. Nesta região Paulo já tinha pregado em Atenas (cfr At 17, 34).

 

- Os cristãos são chamados santos. Na perspectiva bíblica Deus é o Santo por excelência a Deus. Neste sentido santo quer dizer o separado do mundo – Deus é absolutamente outro (cfr Is 6, 3). Aquilo que Deus eternamente santo chama e acolhe no seu âmbito e enche com a sua presença, torna-se pra si mesmo santo – cfr os santos anjos, a santa Jerusalém, o povo de Deus, e a comunidade de Deus que é a Igreja. Santo significa, então o chamado dos Cristãos pra fazer parte da comunidade e da propriedade de Deus.

É claro que isso comporta a separação do pecado enquanto isto é contrário a comunhão com Deus, o Santo. Paulo em várias circunstancias deve chamar a atenção das suas comunidades por causa da fraqueza e da caída no pecado. Mesmo assim ele chama os membros das suas comunidades de Santos. Então, a Igreja é sempre Igreja de pecados, mas também de santos.

 

[V.2] graça e paz: Foi Paulo a inventar esta fórmula de saudação.

Ninguém com Paulo refletiu sobre a graça, como intervenção misericordiosa de Deus para com a humanidade.

 

Paz contigo: é a saudação do povo hebraico. Paz não aponta para um estado de tranqüilidade da alma; mas para a reconciliação para com Deus. A paz para o homem é um dom de Deus e, ao cristão, é comunicada por meio de Jesus Cristo.

 

Deus é chamado Pai: é Cristo que ensinou aos seus discípulos a considerar o Deus santo como um Pai carinhoso.

 

3] Deus é exaltado como Deus e Pai de Jesus Cristo. Ele é aquele Deus que enviou  Jesus Cristo e, nele, se manifestou, aquele Deus que Cristo anunciou e pelo qual dirigiu as própria orações. Ele é o Pai cujo Jesus sabia e professava-se Filho, ensinando aos homens de chama-lo de Pai. Deus é também Pai dos misericordiosos e Deus de todas às consolações.

A essência de Deus é de ser o consolador, não o juiz: não aquele que condena, mas aquele que tem misericórdia. 

 

Tudo aquilo que de misericórdia e consolação existe na humanidade vem de Deus e nós, da misericórdia que recebemos de Deus conseguimos a capacidade de ter misericórdia um para com os outros.

 

4] O apostolo é colocado como mediador da consolação entre Deus e a Igreja.

Tribulação: segundo o N.T pertence a essência da vida crista neste tempo e neste mundo. Cfr Ap 7, 14 – os perfeitos são aqueles que foram provados da grande tribulação.

 

5] O N.T afirma continuamente que os sofrimentos do Cristão são em comunhão com o sofrimento de Cristo.

a) as persecuções, as dores e tribulações dos discípulos são aparecidas com aquelas que Cristo sofre (cfr Jo 15, 20) (Gal  6,17).

 

b) os discípulos enfrentam às tribulações por amor de Cristo. São sofrimentos que o discípulo agüenta com fidelidade a Cristo: por amor a Cristo o discípulo é estulto aos olhos do mundo (cfr 1 Cor 4, 10).

Para dar testemunho a Palavra de Deus e de Cristo os mártires doam a própria vida (Ap 6, 9; 20,4).

 

c) o discípulo sofre em comunhão com Cristo e como membro do Corpo de Cristo. Cristo sofre no Cristão e, o Cristão, sofre em Cristo (cfr Rom 6, 3-11) (Col 1, 24) .

- Nesta convicção de sofrimentos, Cristo atua a consolação no sofrimento. A experiência da comunhão com os sofrimentos de Cristo, nos garante que faremos a experiência da sua mesma ressurreição. Ser conformados na sua morte significa experimentar com ele também a ressurreição dos mortos. Esta ressurreição acontece já agora na nova vida do Cristão e completará-se um dia na ressurreição final. (gal. 2, 20.

 

[6] Aquilo que Paulo agüenta é para o bem da Igreja. Nos sofrimentos Deus enjeita a própria consolação e a força de levá-las com paciência. Estes sofrimentos são o que?

 

- As polêmicas e os perigos do lado dos inimigos da fé que afetam a comunidade de Corinto (1 Tess 2, 14).

 

- A própria insuficiência humana e espiritual: Paulo estava doente (12, 7-9).

 

- Os assaltos do domínio, que acompanha a vida de Paulo (2,11; 1 Tess 2,18) e tenta todos os fiéis (1 Cor 19, 13; Ef 6, 11ss).

 

“Em tudo isso, porém, somos mais que vencedores” (Rom 8, 37).

 

[7] Através da consolação, o Cristão chega a força da paciência e, pela paciência ou segurança da esperança.

O conhecimento daquilo que é, contém também a certeza daquilo que será.

 

8- experiência de tribulação que Paulo passou.

 

Irmãos: é uma maneira típica do A.T, do povo hebraico que, desde o tempo dos patriarcas sentia-se unidos num único sangue, como uma só grande família.

Jesus utiliza a mesma palavra para os seus discípulos (Mt 23, 8; Mc 3, 35). (Mt 12, 50).

 

A fé de Israel e da Igreja conhece Deus como aquele que ressuscita os mortos. (Rom 4, 17). Este Deus vencedor da morte, salvo Paulo no perigo da morte. Paulo experimentou que lá onde o pensamento humano não existe possibilidade de salvação lá reina soberana e providencia e a mão de Deus. Por isto Deus na Bíblia é chamado o Salvador (Sal 18, 3; 10,6).

 

11: Paulo continuará a encontrar perigos que só a graça de Deus o libertará. Por isto ele pede o auxilio da Oração dos cristãos. A oração protege o homem. Paulo pede uma oração de intercessão, mas, logo depois, pede uma oração de agradecimento. Para o cristão a oração é sempre ação de graça, pois ele faz a experiência constante da graça de Deus.

 

12] Que sentido tem esta atitude de Paulo? Porque ela se vangloria?

Ele mesmo não tinha proclamado que “ninguém deve se gloriar perante Deus (1 Cor 1, 29).

É na cruz do Senhor que é possível gloriar-se (gal 6, 14). Gloriar-se do fato que Deus salva o homem da destruição da própria vida e da própria obra do mesmo modo que, através da morte da cruz, conduziu Cristo para vida. É aquele vento (?) onde o homem não olha pra si mesmo, mas para o futuro que Deus lhe concederá.

A santidade do Apostolo não é outra coisa que o amor com que Deus ama os cristãos.

 

 

15-16: Esta segunda visita deveria ter sido uma segunda graça para aqueles cristãos.

O Apostolo não se sente só mestre e pregador, mas também intermediário da graça e mediador entre Deus e os homens e a sua presença na comunidade irradia a ação da graça. (cfr Rom 15, 29).

 

17-18: Paulo mudou os próprios programas e alguém em Corinto não gostou, pensando que ele faz os planos não segundo Deus, mas seguindo a carne e diz sim e não segundo a lua. Paulo responde a estas acusações apelando-se a Deus. [É uma polemica que ensina a atitude do apostolo, que tem a responsabilidade de guiar às comunidades. De um lado é fundamental aprender a planejar um trabalho pastoral não conduzido por lógicas humanas, mas em constante escuta da Palavra de Deus; do outro lado é também importante aprender a responder com calma e paciência aos questionamentos da comunidade].

 

19. Silvano e Timóteo tinham ajudado Paulo na fundação da comunidade de Corinto (cfr At 18, 5). A palavra dos apóstolos deve concordar com o Evangelho que Eles estão pregando. Desde que Jesus chamou os discípulos para segui-lo, a vida deles deve ser vivida na imitação fiel do Mestre.

 

20. Cristo é o grande sim de Deus, pois nele foram confirmados e se cumpriram às promessas de Deus. Todo o N.T aplica o A.T a Cristo e a Igreja. O grande sim de Deus ao mundo, que é Cristo, é acolhido na Igreja. No amém a Igreja expressa a própria fé e o convencimento que as Palavras de Deus são verdadeiras e sempre se realizam.

Este sim da Igreja ressoa por meio de Cristo: de fato a oração é feita por meio de Cristo. A verdadeira oração não é apenas uma atividade humana, mas nela expressa-se perante Deus. Espírito de Cristo comungado ao crente (cfr Rom 1, 8).

 

21-22 – Deus confere para a comunidade, firmeza e unidade.

O Batismo comunica o Espírito: mas ensina isto a unção mediante o Espírito. Com o Batismo o homem é subtraído do poder do maligno e torna-se propriedade de Deus (cfr Ez 9, 4-6; Ap 7, 2-8).

 

- Para o tempo presente o selo (?) e o dono do Espírito é o Penhor da verdade na pertença a Igreja e na comunhão com ela.

 

Penhor: garante que Deus tem a vontade do doar no final a plenitude do dom.

 

O Espírito é Penhor, pois, colocado no coração do cristão, faz-lhe experimentar, desde agora, a vida futura, dando-lhe a certeza dele.

O Espírito é a “unção” que faz de um homem um cristão, dedicado a Cristo, e é penhor do dom futuro e definitivo. Ungidos é o título que o salmista dá aos hebreus que desceram ao Egito: a unção os tornava intocáveis.

 

23-24: Justifica a mudança de planos e o cancelamento da visita. Desde a situação em Corinto, deveria ter-se apresentado e agido com severidade, cansando profunda tristeza, provocando talvez um clima de tensão excessiva, quando era necessária a alegria partilhada. Por isso preferiu afligir por carta, curar a distância. Desse modo, a próxima visita (13, 1-3) será serena e prazerosa. A alegria tem que ser um sentimento partilhado. Escrever a carta severa custam “lágrimas” a Paulo (At 20, 31), porque ama os Coríntios. Dominam essa seção e os versículos seguintes as palavras. “Afligir, aflição”, repetidas oito vezes, como que explicando uma “tribulação” em contraste com o “cansado”.