sabato 28 gennaio 2017

AS DISCIPULAS DE JESUS





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 8
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini

1-3. É um trecho importante porque é o único texto do NT que relata o fato que entre os discípulos de Jesus tinha também mulheres. É um dato importante porque quebra o preconceito machista e abre as portas para uma estruturação nova da Igreja, mais humana e, por isso, menos machista e com o marco também das mulheres. Jesus não quis criar uma Igreja só de homens, mas sim uma comunidade de iguais: homens e mulheres.
4-18. A parábola do semeador é a ocasião para Jesus explicar o sentido do discipulado e a relação com a sua Palavra.
“A fim de que vejam sem ver e ouçam sem entender?”. Quer dizer este versículo? Jesus quis dizer que para entender a sua Palavra, não basta escutá-la com o ouvido, mas precisa segui-la. Somente para as pessoas que seguirão os ensinamentos de Jesus, que se tornarão seus discípulos, Jesus explica o sentido profundo da sua Palavra. Quem fica de fora não entenderá nada e, por isso, começará a polemica duríssima com os fariseus, que ouviram a Palavra de Jesus, mas não entenderam nada porque não quiseram segui-lo e se tornar seu discípulo.
A quem tem será dado e ao quem não tem será tirado até aquilo que tem”. Sem duvida é um versículo que deve ser interpretado no seu sentido espiritual não pé de letra. Aqueles que tem são as pessoas cuja vida espiritual brotou frutos de justiça, de verdade e de amor: estes serão abençoados com algo a mais. As pessoas que não viveram o próprio batismo é não levaram a serio a Palavra e a vida de comunidade, será tirado tudo e dado para aqueles que frutificaram numa vida nova.
19-21. Lido com superficialidade o texto parece indicar que Maria teve outros filhos. Na realidade, escutando atentamente o Evangelho na sua proposta global é um dato impossível, pois Deus preparou Maria para ser a Mãe de Jesus Cristo. Irmãos é uma maneira semítica (hebraica) de apontar primos.
22-25. O mar no sentido bíblico é o símbolo do caos e anoite o lugar das trevas. Problema: como é que Jesus consegue  ficar tranquilo em situações como esta? A resposta pode ser esta: Jesus vive numa constante relação com o Pai e por isso consegue ficar tranquilo em qualquer circunstancia.
26-39. A história do endemoninhado mostra mais uma vez a identidade de Jesus. Se nas paginas do Evangelho encontramos varias historias de endemoninhado, que aos nossos dias são raros é porque a presença do Santo de Deus provoca o demônio, que não aguenta a santidade e se manifesta e, por isso, é derrotado.
40-55. A história da cura da hemorroíssa demostra que perante Jesus é necessário ter fé nele. Tinha muita gente ao redor de Jesus, mas somente esta mulher doente foi curado: porque? Porque ela acreditava interiormente que se tivesse tocado Jesus teria sido curada. E assim aconteceu. Não adianta comer o pão eucarístico se não acreditamos que alí tem a presença de Jesus.


A TUA FE' TE SALVOU




EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 7
Estudo Bíblico para CEBs

Paolo Cugini
1-10.  O Centurião é um romano, ou seja, é um pagão enquanto não pertence ao povo hebraico. Por isso este trecho está dizendo que também aos pagãos é aberto o caminho da salvação, pois a fé não é privilegio de um povo, mas é adesão à Palavra de Jesus.  Este trecho é importante, pois nos ensina que a fé se manifesta na confiança da Palavra de Jesus. Por isso quem não gosta muito de ler o Evangelho é porque não tem muita fé em Deus.
11-17. Esta ressurreição é parecida com aquela de Lazaro é sinal da ressureição definitiva de Jesus. É um evento que ajuda a entender o sentido da presença de Cristo na historia com sinal de vida verdadeira.
18-35. Um dos grandes focos do capitulo 7 é a figura de João Batista. Jesus citando  o texto de Malaquias 3,1 (Lc 7, 27), identifica João Batista com Elias, pois os profetas do Antigo Testamento declaravam que antes do Messias, devia vir alguém que preparasse o terreno. João Batista manda procurar se Jesus era o mesmo Messias, pois tinha também varias profecias que declaravam que o Messias teria sido um rei poderoso. A resposta de Jesus é na linha do profetismo que indicava no Messias um salvador pacifico e, sobretudo, um amigo dos pobres e marginalizado, pronto a defende-los.
31-35. A polemica de Jesus com os fariseus é sobre a atitudes deles no confronto com João Batista. De fato, conforme também ao relato de Lc 3, perante a pregação de João Batista, muito se converteram, mudando de vida, enquanto os fariseus ficaram botando gosto ruim. Por isso Jesus contou esta parábola: os fariseus não se mexeram nem perante a pregação duríssima de João Batista.
36-50. O texto que narra o encontro de Jesus com a pecadora é um dos mais intensos e comentado de todo o Evangelho de Lucas. É interessante a maneira de Jesus lidar com as mulheres, quebrando tabus e preconceitos. Em um clima cultural de grande machismo, que considera a mulher como algo de desprezível, contagioso, Jesus se deixa tocar, lavar os pés, perfumar. Jesus nos ensina que quando encontramos uma pessoa devemos buscar a sua essência mais profunda e, por isso, precisamos ir além das culturas preconceituosas e dos nossos esquemas mentais. 

A tua fé te salvou”. É o que a fé neste trecho especifico? É a capacidade de amar, de se entregar a Deus, de busca-lo contra toda opinião diferente. De fato, não foi apenas Jesus que fez um caminho de ruptura com a cultura, mas também a mulher pecador que não se importou de entrar na casa de um fariseu e debruçar sobre os pés de Jesus. A fé é isso mesmo: amor que passa acima das montanhas dos preconceitos, das mentalidade humanas e busca a essência das pessoas. Esta é fé. 

venerdì 27 gennaio 2017

a escolha dos doze discípulos





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 6
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11: A polemica de Jesus com os fariseus sobre o tema do sábado é muito importante. O sábado era  o dia do descanso de Deus na primeira criação. O pecado de Adão estragou o projeto bonito de Deus. Jesus nestes dois trechos mostra o sentido autentico da Lei, que é aquela de servir o homem, a mulher e por isso a Lei de Deus nunca é fim a si mesma. Jesus é o homem novo que veio inaugurar a Nova Criação, por isso ele é o Senhor do sábado, pois revela o sentido profundo desta instituição, além de manifestar publicamente que ele mesmo é Deus. A verdade de tudo isso será manifestada no dia da Ressurreição de Jesus, que marcará também o sentido do sábado. De fato, sendo Jesus ressuscitado no domingo de madrugada, será o domingo o dia do Senhor na Nova Criação e não mais o Sábado da Antiga criação.
12-16. Nos momento importante da vida, Jesus antecipa as decisões com um momento prolongado em oração. Neste trecho é narrada a escolha dos doze discípulos, que é antecipada de uma noite em oração. É sem duvida um grande ensinamento para nós. Perante as decisões importantes da vida, em vez de endoidar é bom apreender a entregar tudo nas mãos de Deus.
17-36. A verdade da nossa busca do Reino de Deus deve ser visível na vida corriqueira. A que adianta que pra nós Deus é tudo se depois passamos o tempo acumulando terras, dinheiro, construindo mansões? Por isso Jesus declara bem aventurados os pobres, porque se aqui na terra são injustiçados, Deus dará para eles o Reino de Deus. Aqueles que aqui na terra buscam a vida boa sofrerão as penas do inferno na vida futura. Aqueles que aqui na terra sofreram por causa das injustiças dos poderosos do mundo serão colocados lá em cima no Reino de Deus. Esta é a justiça de Deus.
Amar os inimigos, assim como Jesus pede neste trecho, é o sinal da nossa liberdade e da nossa confiança em Deus e não nas nossas forças. Se não quisermos ser afetados do mal produzido pelo ódio dos nosso inimigos, precisamos seguir as indicações de Jesus que nos convida a rezar por eles até o ponto de chegar à ama-los: é mole?
36-45. A essência da vida cristã é a misericórdia, o perdão. Quem não é capaz de perdoar, de dar o braço a torcer é porque não tem Deus no coração. Se frequentamos a Igreja é para abastecermos a nossa alma do amor daquele Senhor Jesus que em cima da cruz teve palavras de misericórdia para os seus algozes.

46-49. A pessoa é sabia e inteligente quando aprende a dedicar tempo á própria formação espiritual e humana: isso exige tempo e dedicação. Quem ,pelo contrário, é apenas preocupado pela aparência, com aquilo que os outros pensam e dizem, gastará o tempo a enfeitar o externo e a vida dele será como uma casa construída em cima da terra, que o primeiro vendaval a derruba. 

PEDRO ENCONTRA JESUS





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 5
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11. A multidão estava ao redor de Jesus para ouvir a Palavra de Deus. É muito bonita esta imagem porque relata aquilo que Jesus era acostumado a fazer: anunciar a Palavra de Deus: é por isso que as multidões de pobres o seguiam. Existe toda uma humanidade sedenta de palavra de Deus, de Palavra de Vida: é isso que a Igreja, a comunidade deve fazer: anunciar, explicar a Palavra de Deus.
Na dinâmica da pesca milagrosa é importante salientar que o milagre acontece porque Pedro obedece à Palavra de Jesus contra qualquer evidencia. “Assim fizeram e apanharam tamanha quantidade de peixes”. Os discípulos fizeram exatamente aquilo que Jesus pediu. Na nossa vida muitas vezes não acontece nada porque queremos fazer tudo da nossa cabeça, sem nos importar daquilo que vem de Deus. O gesto de Pedro e as suas palavras são emblemáticas, pois manifestam a verdade do encontro com o Senhor. O encontro com Deus, quando é autentico, provoca a tomada de consciência do nosso pecado: “Senhor, afasta-te de mim porque sou um pecador”. Deste encontro e desta tomada de consciência nasce a vocação, o chamado: “De hoje em diante você será pescador de homens”.
12-16. Perante o sucesso Jesus não aproveita, mas se retira, porque ele não buscava a gloria dos homens, a gloria do mundo, mas sim a gloria de Deus. Jesus vive uma vida escondida do mundo porque está totalmente satisfeito e preenchido com a gloria que ele recebe do seu Pai.
17-26. Jesus é Deus, é isso que estes versículos querem nos mostrar, porque Jesus age como Deus: cura e perdoa os pecados. Significativa é a atitude dos fariseus, que apesar de presenciar milagres impressionantes, continuam questionando Jesus e a sua ação. Quem tem um coração duro não consegue perceber a presença de Deus na história.
27-32. Jesus chama para ser discípulos quem ele quiser: é a liberdade do Reino de Deus. Liberdade que incomoda as pessoas acostumadas a medir a vida dentre parâmetros preconceituosos, como é o caso dos fariseus que questionam mais uma vez as escolhas de Jesus.

33-39. O vinho novo do Evangelho exige barris novos, ou seja, pessoas novas, renovada para acolher esta grande novidade. Jesus está dizendo isso para os fariseus que, ao longo de todo o capitulo ficaram questionando-o. Jesus explica o motivo da incapacidade deles de entender a sua palavra e as suas atitudes: o coração duro, a indisponibilidade para conversão. Somente um coração humilde consegue fazer espaço para grande novidade do Evangelho. 

HOJE SE CUMPRIU ESTA PASSAGEM




EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 4
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-13. Toda a vida de Jesus é mergulhada no silencio. Dos 12 anos de idade até os trinta não temos noticias sobre a sua vida: silencio. Aos trinta anos, antes de iniciar a sua atividade publica, Jesus transcorre 40 dias no deserto. Quer dizer isso? Talvez seja este silencio profundo que Jesus buscou continuamente também ao longo dos três anos de atividade publica, o segredo da sua serenidade, da sua clareza de intenções. No deserto Jesus é tentado pelo satanás revelando assim a própria humanidade e o caminho para permanecer ao plano de Deus. A primeira tentação é o desafio de controlar a vida instintual. O homem e a mulher que não conseguem controlar os próprios instintos são condenados a uma vida de escravidão. O mesmo discurso vale pela tentação do poder e do dinheiro que futuca as pessoas ao longo da vida, em busca de uma vida fora do alcance de Deus e acima de Deus. É isso que a segunda e a terceira tentação tentam estimular: uma vida autossuficiente, independente de Deus. Se libertar destas tentações é o grande desafio da vida espiritual, pois as tentações nos acompanham ao longo de toda a vida.
14-21. Jesus começa a sua atividade publica numa sinagoga explicando a Palavra de Deus: será esta a grande caraterística da sua missão. Jesus é o Mestre que nos ensina os mistérios de Deus, que nos explica a Palavra. Neste trecho Jesus se apresenta como a chave de intepretação do Antigo Testamento: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura”. Jesus, a sua pessoa, os seus gestos e as suas palavras são o cumprimento, a realização de tudo aquilo que está escrito na Lei: de agora em diante é necessário prestar atenção a Ele, ao seu ensinamento. Esta frase de Jesus é uma grande indicação por todos aqueles que querem aprender a amar a Palavra: deve ser lida a partir de Jesus, pois sem Ele, torna-se incompreensível.
22-30. A reação do povo perante estas afirmação de Jesus é dura e não poderia ser diferente, pois Jesus tinha modificado de uma vez o sentido que o mesmo povo dava da Palavra. A tentação é de resistir à força da Sua Palavra e de julga-lo. O texto nos convida a ter paciência, a acompanhar a ação de Jesus até o fim.
31-37. A Palavra de Jesus manda sobre os demônios do mundo e as pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento porque não era apenas um papo, mas se realizava em atos concretos como a cura de um possuído. E as pessoas se questionam perante a sua identidade: quem é este homem? Este questionamento é importante e deve sempre acompanhar também a nossa caminhada.
38-41. Nestes poucos versículos é narrado um dia típico de Jesus, um dia feito de tantos encontros, sobretudo com pessoas doentes que cobram uma cura. A vida de Jesus é muito dura, pois a cobrança em cima dele é constante.

42-44. Como Jesus conseguiu lidar com tamanha cobrança sem se esgotar? É na oração, no dialogo constante e prolongado com o Pai que Jesus encontrava a força para enfrentar a luta do dia a dia e, sobretudo, para fugir da tentação do poder.