Estudo bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-50.
É uma longa pregação mostrando a ligação entre a história do povo de Israel e
os acontecimentos recentes sobre a morte de Jesus. Estevão narra a história de
Israel, da Aliança que Deus fez com Abraão e os patriarcas – Isaac, Jacó e José
– até chegar a Moisés. Estevão mostra a grandeza de Moisés, que recebeu a
Palavra da vida para transmitir ao povo. Estevão insiste bastante para mostrar
a grandeza da figura de Moisés na história do povo de Israel. Esta grandeza se
choca contra a resistência do povo de Israel em obedecer ao Senhor: “Mas nossos pais não quiseram obedecer-lhe”
(At 7, 39). É impressionante o contraste entre a grandeza de Deus
que se manifestou com braço forte dobrando os egípcios e, depois, enviando o
seu profeta Moisés para conduzir o povo fora da situação de escravidão rumo a
uma terra de libertação, e o coração duro e rebelde do povo que não quer saber
disso e fica com saudade dos tempos da escravidão do Egito.
51-54.
É esta teimosia do povo de Israel perante os prodigioso do Senhor que Estevão
está enxergando nos dias de hoje. È esta teimosia a chave de Leitura, secundo
Estevão, que conduziu o povo de Israel, manipulado pelos lideres religiosos e
políticos do tempo, a matar Jesus, o salvador. “Homens de cabeça dura,
incircuncisos de coração e de ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo!”
(Lc 7, 51). São palavras duríssimas e ofensivas aquelas que Estevão
dirige ao povo de Israel acusando-o de assassinar Jesus por causa da dureza do
coração, da incapacidade de ficar dóceis à vontade de Deus. É este o espirito
profético que impeliu em Estevão e nos profetas do Antigo testamento
denunciando as maracutaias dos políticos do tempo e os pecados do povo, para
estimula-los a entrar num caminho de conversão e de justiça.
55-59.
Como sempre, em vez de se tocar e se converter perante as palavras duríssimas
de Estevão, o povo e os chefes ficam com muita raiva até chegar ao ponto de
apedrejá-lo. O texto lembra que Saulo, o futuro apostolo Paulo, estava lá
naquele dia, pois era um perseguidor e acérrimo inimigo dos cristãos.
O
texto salienta as palavras de Estevão, que são as mesmas de Jesus na cruz, ou
seja, o perdão dos seus algozes: “Senhor,
não lhe leves em conta este pecado” (Lc 7, 60). O Espírito Santo
moldou a alma do discípulo Estevão ao ponto de ter os mesmos sentimentos do seu
mestre (Cf. Fil 2,5).
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