MARCOS 12
Paolo
Cugini
1-12: Jesus
está se aproximando da hora da sua paixão e morte e as palavras deste capitulo
já nos introduzem neste clima trágico. Na parábola da vinha Jesus acusa
explicitamente os fariseus de tramar a morte dele. Ao mesmo tempo Jesus se
proclama como a pedra do salmo 117, que os construtores descartaram e que
tornou-se a pedra mais importante. Jesus é a pedra descartada pelas autoridades
judaicas que não reconheceram nele o salvador e que agora se tornou uma pedra
de tropeço, pois a palavra de Jesus desvende a Verdade.
13-17: “Devolvem a Cesar aquilo que é de Cesar e a
Deus aquilo que é de Deus”. Este famoso versículo do Evangelho esconde uma
verdade muito profunda. De fato, se perguntarmos: o que devemos a Deus? A única
resposta valida é que a Deus devemos tudo, pois tudo dele recebemos. Se, então,
devemos tudo a Deus o que devemos dar a Cesar? A tentação é de responder nada,
mas na realidade a resposta certa é outra, ou seja, a Cesar devemos dar a única
coisa que temos: Deus. A resposta de Jesus que deixou satisfeito os judeus,
pois apontavam para o pagamento dos tributos, na realidade esconde um conteúdo
muito profundo. Se trata do nosso compromisso com a justiça. No mondo civil os
cristão são chamados a ser fermento para transformar o tecido social por dentro
como o próprio testemunho de uma vida evangélica.
18-27: “Quando os mortos ressuscitarem os homens e
as mulheres não se casarão”. Jesus declara o matrimonio como uma realidade
que caracteriza a vida terrena, marcada pela carência. No mundo futuro de Deus
os relacionamentos não serão mediados pela sexualidade, pois “seremos como os anjos do céu”. No debate
com os saduceus Jesus demostra que o verdadeiro problema é a falta de
conhecimento da Palavra, que deixa espaço na vida religiosa à ideologias e
tradições humanas.
28-34: O
centro da nossa vida cristã é o mandamento do amor. Este mandamento já se
encontrava no Antigo Testamento, por isso o doutor da Lei respondeu certo. A
novidade é Jesus, ou seja, a maneira de viver este mandamento, que em Jesus se
manifestou na sua plenitude.
35-37: Neste
texto Jesus cita a Escritura para manifestar a grandeza do Messias.
38-40:
Palavras duras contra os chefes religiosos dos hebreus, que buscam somente
aparecer e exploram o povo mais pobre. Jesus desmascara uma religião, que não
consegue mais manifestar a justiça de Deus. Jesus sem duvida faz referencia aos
textos famosos dos profetas que apontavam o desastre do povo eleito nas
atitudes erradas dos chefes religiosos (Jer 34).
41-44: Jesus
não olha a aparência, mas sim o coração do povo. Por isso, ao seu ver, uma
pequena moeda de uma viúva vale muito mais de uma grande oferta de um rico. Não
conta o quanto damos, mas sim as intenções, a vontade de servir a Deus.
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