mercoledì 8 luglio 2015

O MISTERIO PASCAL






O MISTÉRIO PASCAL NA BÍBLIA E NOS PADRES


Paolo Cugini

 - Não apenas surge em Israel a festa da Páscoa, nasce também a pergunta: “o que significa este rito?” (Ex 12, 26). Esta pergunta é parecida a uma outra pergunta que nós encontramos nos Padres de Igreja: “o que nós lembramos nesta noite?” ou “por quê estamos aqui nesta noite?” (São Agostinho).

[1] Os dois sentidos da Páscoa.

   A esta pergunta o A.T. tem duas respostas diferentes.

a) Es 12, 26-27: a festa da Páscoa lembra em primeiro lugar a passagem de Deus. O nome mesmo da Páscoa é feito derivar dum verbo que indica a ação de Deus que “passa sobre”, “pula”, “poupa”, “protege” as casas dos hebreus, contra-golpeia aquelas dos inimigos.

   Então Páscoa porque Deus passou! O acento é todo sobre a iniciativa divina, ou seja,   sobre a causa da salvação.
b) Dt 16, Ex 13-15. No livro de Deuteronômio a atenção passa do momento da indagação do cordeiro a aquilo da saída do Egito que é       interpretada como   passagem de escravidão e liberdade.


   Muda o protagonistaà não é mais Deus que passa e salva, mas é o homem o povo que passa e é salvo.

   a e b são duas respostas complementares: e povo é libertado para servir a Deus. (ex 4, 23; 5, 1).

   Tempo de Jesus:
a) Judaísmo oficial palestinense: na sombra do templo e do sacerdócio hebraico predomina a interpretação teológica (a).
------ do Êxodo: a historia da salvação é resumida nos quatro eventos fundamentais que são: a criação, o sacrifício de Isaac, a páscoa e a escatologia (as “quatro noites”). Neste texto a Páscoa é narrada como “a noite onde Deus manifestou contra os egípcios e protegeu os primogênitos de Israel.

   Neste ambiente - que foi aquilo de Jesus- a Páscoa em um sentido fortemente ritual e sacrifical. Consiste numa liturgia concreta; cujos momentos essenciais são a imolação do cordeiro no templo, na tarde de 14 do mês de Nisan e a sua consumação na noite sucessiva.

b) Judaísmo helenístico (dos gregos). Predomina a explicação antropológica. Aqui o evento histórico central é a passagem do povo através o Mar Vermelho, que tem um sentido alegórico, ou seja, a passagem do homem da escravidão e liberdade, dos vícios a virtude.

-         Se a Páscoa é essencialmente a passagem dos vícios a virtude, ela com certeza não terá por sujeitos a Deus, mas o homem e não se celebrará com a liturgia, mas através de esforços interior rumo ao bem. O cordeiro pascoal de oferecer é o próprio esforço espiritual.

   Quando é que começa a existir uma festa cristã da Páscoa?

-         A primitiva comunidade cristã, depois da morte e ressurreição de Jesus, além de subir ao tempo dos judeus, começou a pensar e a viver esta festa não mais como uma lembrança dos acontecimentos do êxodo e como espera de Messias, mas como lembrança daquilo que aconteceu alguns anos antes.

-         data cronológicaà Cristo morreu em Jerusalém durante uma páscoa hebraicaà Joãoà Onde Cristo morreu era o mesmo momento da imolação  dos cordeiros no templo.

-         data tipológica: Aquele evento, a imolação de Cristo foi percebido como a realização de todas as festas da antiga páscoa. (cfr Melitone de Sardi).

[2]  A Páscoa Paixão

   Também no crisma primitivo saem duas respostas complementares.

a)     até o terceiro século teve uma tradição que se desenvolve na Ásia Menor (tradição asiática). Nesta tradição o protagonista da Páscoa não é o homem e nem Deus do A.T., mas Cristo. Ao centro da Páscoa está a morte de Cristo como evento da salvação. A páscoa e a lembrança de tudo aquilo que Jesus Cristo padeceu por nós.
   Tudo isso por causa de um erro, ou seja porque a palavra hebraica é pascheinà passagem, e a palavra grega é patheinà padecer. Eles fizeram derivar uma palavra hebraica de uma palavra grega. “A sua paixão foi a nossa ressurreição”.

[3] A Páscoa passagem

b)    A segunda grande tradição da Páscoa nasceu na Alexandria, no Egito (Clemente, Origem).
   Toda a vida do cristão é pensada como em êxodo, como um caminho contínuo. A Páscoa verdadeira está na frente, a Páscoa celeste.

(a) A paixão de Cristo
          (páscoa teologia)
O que significa este rito  
(b) A passagem do homem
    (páscoa antropologia)

   Agostinho lendo João 13 resolve o problemaà Páscoa é a passagem de Jesus de este mundo ao Pai.
   É através da sua paixão que Jesus passou de este mundo ao Pai e alcançou a gloria da ressurreição.
   Paixão e passagem não são mais duas explicações diferentes, mas complementares.
  
Páscoa de Deus e Páscoa de homemà. Em Jesus os dois protagonistas da Páscoa - Deus e o homem - param de parecer um contra outro e se tornam um só, porque em Cristo humanidade e divindade são a mesma pessoa.

 aquele de Jesus não é apenas uma passagem sozinha mas é a passagem de toda a humanidade ao Pai.

   Quer dizer isso? Que na Páscoa nasceu a Igreja com o povo que está caminhando atrás de Jesus de este mundo ao Pai.

Sentido espiritualà todos já passamos com Cristo ao Pai e “a nossa vida é já escondida com Cristo em Deus” (Col 3, 3), porém ainda devemos passar.

   Somos passados na esperança e no sacramento (batismo), mas devemos passar na realidade da vida cotidiana, imitando a sua vida e sobretudo o seu amor.
   “No presente a gente cumpre esta passagem por meio da fé que nos doa o perdão dos pecados e a esperança da vida eterna se, porém amamos a Deus e ao próximo”. (Agostinho).


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