sabato 23 dicembre 2017

AS LAGRIMAS DE PAULO




SEGUNDA CARTA AOS CORINTIOS CAPITULO 10
ESTUDO BÍBLICO para CEBs

Paolo Cugini
10-13: mudança brusca de tema e de tom em relação a 8-9 e mais ainda em relação a 1, 8-7, 16. Não poucos exegetes pensam que esses capítulos são a carta precedente, “escrita com lágrimas”  (2,9) e de efeito saudáveis. É um texto apaixonado, que flui sem aparente arquitetura. A cólera de Paulo se derrama em frases irônicas, inclusive sarcásticas (ver o sarcasmo de Deus na pregação profética: Jr 2, 28), lança ataques ad hominem, finge fazer teatro para falar de si mais livremente.

Como sempre, entremeia princípios doutrinais, planta jóias teológicas. Mas entre linhas de sua  apologia podemos encontrar as palavras e entrever as atitudes de suas rivais em Corinto. Se esse texto “custou lágrimas” a Paulo, temos de entreouvir o pranto através dos caçoados; têm outra tonalidade os ciúmes, a insensatez, as confissões.

V1-2: o nome de Paulo, colocado no começo do capítulo, caracteriza todo o trecho. As palavras de Paulo recebem um peso especial pelo fato que ele nos coloca perante os olhos o exemplo de Cristo.
Ele exorta “pela bondade e mansidão de Cristo”. Cristo mesmo falou da própria mansidão (cf Mt 11, 29). Cristo é o humilde servo de todos (Mc 10, 45).
Assim também considera a Igreja a vida e a paixão de Jesus. Ele na sua vida não defendeu-se nem ameaçou ninguém, mas entregou a sua vida ao justo julgamento de Deus (cf 1 Pd 2, 21-23).

·        Paulo lembra esta mansidão de Cristo, pois os inimigos deles o acusam de ser fraco e manso quando está presente, mas valente quando está longe.
·        E 2 Cor 2, 1 Paulo parece ter medo de novos contrastes, discussões. Da sua atividade em Tessalônica ele escreve: “Embora pudéssemos, como apóstolos, ser pesados para vós. Ao contrário, agimos convosco com toda a bondade, qual mãe que acaricia suas criaturas” (1 Tess 2, 7-8).

De um lado, então, Paulo esforçava-se de ser manso com os fieis das comunidades pra não machuca-los do outro lado os seus inimigos  tomavam ocasião destas atitudes, para acusa-lo de fraqueza e covardia.

v-2: Paulo responde que para guiar o seu rebanho não quer utilizar os sentimentos humanos como o desejo da glória, o orgulho, ecc..

V-3: Paulo admite de viver na carne, mas não vive segundo a carne. Ele vive a vida terrena e carnal, mas na sua bruta da fé não se comporta segundo as paixões egoísticas.

V-4: Os apóstolos são para comparar a militares cuja meta é conquistar todo o mundo a Cristo. Paulo utiliza imagens do A.T. Na descrição das guerras de Israel falam-se que as suas armas não eram terrenas, e fraques como aqueles dos inimigos, mas cheias de força divina (cf 1 Sam 17, 45-47; 1 Mac 3, 19). Nesta “campanha” do Evangelho são derrubados e vencidos os castelos da falsa sabedoria humana.

(Scheicll O alto comando da batalha não é o “instinto” humano egoísta; as armas que empenha recebem sua força do poder divino; o objetivo é abater as fortalezas que opõe resistência a Deus; o final será fazer prisioneiros para Cristo e castigar os rebeldes (cf Is 2, 11-18).

V-5: conquistada a fortaleza é feito prisioneiro o pensamento e a razão que opõe-se  ao conhecimento de Deus, a Cristo e ao Evangelho. O pensamento e a razão não devem ser aniquilados, mas devem ser ainda utilizados naquela obediência que Paulo chama: a obediência da fé.
Por isto nessa guerra fica excluído o uso da violência. A fé não pode ser obtida com a força. Mas o incrédulo é conquistado na fé por meio da palavra e da fatiga do apostolo e mais ainda do chamado e de amor de Deus.

V-6: o castigo da rebeldia não acontece com a violência, mas através do poder espiritual de Paulo, da força de argumentação que elimina qualquer rebeldia.

V 7-8: Poderiam objetar que eles já são cristãos e que Paulo não é ninguém para “submetê-las”. Ao que Paulo responde concedendo a condição comum de ser cristão e apelando a uma autoridade superior recebida diretamente do Senhor. Essa autoridade tem uma função positiva, como mostra o contraste com a vocação profética. Jeremias recebia poder para “destruir e edificar” (Jr 1, 13, Paulo menciona só a segunda parte (a primeira soava implícita novo homem).

9-10:

12-16: Segundo tema: o campo de atividades. A política de Paulo tem sido a de um pioneiro: pregar o evangelho onde ainda não tinha sido pregado (Rm 15, 20-24). Uma Igreja estabelecida lhe servia de base para uma nova expansão. A partir de certo ponto, ele tomava a iniciativa. Assim respeitava os limites sem entrar em campo alheio, já lavrado. A norma agrária inculcava na lei e nos provérbios (Dt 19, 14; 27, 17; Pr 22, 28). Ultrapassa seu ministério. Isto define seu apostolado; não se excede, mas sempre vai “mais além”. Disso pode se orgulhar sem reservas. De resto, não abandona o cuidado pelas igrejas que estabelecem.

12: Paulo fala com ironia: os seus adversários são tanto obcecados do próprio orgulho que se recomenda a si mesmo. Mergulhadores no orgulho não conseguem mais a enxergar os verdadeiros relacionamentos.

14: Voltando a Corinto Paulo não tinha ultrapassado os confins que Deus lhe tinha entregado. De fato foi ele o primeiro a evangelizar Corinto.

17: “que se glória, gloriar-se do Senhor” (Jr 9, 23). Cada coisa deve acontecer na medida e na ordem colocado do Senhor Deus, que chamam os missionários, entregado a cada um o campo de ação.

18: Os adversários menosprezam a ordem estabelecida por Deus. A laicide tem algum sentido somente quando é feita por outros. É julgado digno somente aquele que Deus recomenda. Como avaliar isso? Através o oficio que o Senhor lhe entrega e também através dos dons e as bênçãos que recebe para desenvolver o seu trabalho.



giovedì 21 settembre 2017

DO LADO DOS EXCLUIDOS





ATOS DOS APOSTOLOS CAPITULO 3
ESTUDO BÍBLICO para CEBs
Pe Paolo Cugini
1-10. Pedro e João têm a mesma atitude de Jesus, ou seja, perante uma pessoa necessitada eles não fecham os olhos, mas se deixam envolver. O milagre que Pedro realiza é sinal da presença de Cristo na história dos homens e das mulheres. Sem duvida nós hoje não somos chamados a realizar este tipo de milagre, mas sim de deixar sinais de vida autentica no meio de nós. Toda vez que nos interessamos dos irmãos mais pobres e excluídos estamos trazendo na história a presença de Cristo ressuscitado que deu a vida para nós.

11-26. A alegria da pessoa curada (salvada) é contagiante. Isso vale também para nós hoje. Os melhores anunciadores do Evangelho são os pobres que ajudamos. A comunidade que se reúne no nome do Senhor deve deixar marcas claras do amor de Jesus. A Alegria dos pobres marca o sinal da presença de Cristo nomeio de nós.

12: Pedro não perde a ocasião para anunciar o Evangelho de Jesus. Este é o sinal da autenticidade do milagre: a gratuidade. Tudo aquilo que acontece de bom na comunidade não é nosso mérito, mas sim obra escondida do Senhor presente com o seu Espírito. Reconhecer isso, como Pedro fez nesta circunstância, manifesta o fato importante que somos instrumentos nas mãos de Deus. Além disso, a humildade que nos leva a indicar Jesus como autor daquilo que acontece de bom na nossa história, manifesta também a atitude diferente se comparada com o mundo, aonde não se perde a ocasião para se enaltecer.

17.Arrependei-vos e convertei-vos”. A pregação autentica, recheada do anuncio de Cristo Ressuscitado deve produzir uma mudança de vida e de atitudes. A pregação de Pedro visa demonstrar que a morte de Jesus foi devida a ignorância dos chefes, que não entenderam o sentido da presença de Cristo. A ignorância da Palavra nos leva ao erro. Por isso é importante dedicar tempo ao estudo da Bíblia para podermos caminhar na Verdade.

22-26. Pedro explica que Jesus não veio a toa, mas sua presença foi anunciada pelos profetas do Antigo Testamento. Esta é uma característica da pregação da primeira comunidade, ou seja, de mostrar como Jesus realizou as profecias do Antigo Testamento por causa da sua descendência de Davi. Jesus foi profeta sucessor de Moisés(3,22).

26: na ressurreição de Cristo somos abençoados na medida em que nos afastamos dos nosso caminhos errados. 

giovedì 27 luglio 2017

A VIDA DA PRIMEIRA COMUNIDADE





ATOS DOS APOSTOLOS CAPITULO 2
ESTUDO BÍBLICO para CEBs
Paolo Cugini

1-13. Pentecostes: período de 50 dias depois da Páscoa. O milagre do Pentecostes assemelha a glossolalia, a capacidade de falar em línguas. Qual é o sentido espiritual deste milagre? Talvez o sentido profundo deste fenômeno está na capacidade de falar uma língua que todos entendem. Esta linguagem que o Espírito Santo suscita é sem duvida a linguagem do amor. “Nós ouvimos anunciar em nossas próprias línguas as maravilhas de Deus” (v. 12). Somente o amor é capaz de realizar isso. Outro dado importante que é bom sublinhar. A presença do Espírito na história produz a harmonia entre os povos. Os cristãos batizados que recebem o Espírito Santo devem ser instrumentos do projeto de comunhão do Pai.
14-36. Pedro toma a palavra porque é o chefe dos apóstolos. A atitude de Pedro é surpreendente pois ele sempre se demonstrou um medroso. O encontro com o Cristo Ressuscitado (Jo 21) o transformou. Interessante é a maneira de Pedro pregar, pois ele demonstra a verdade da ação e da identidade de Cristo citando textos do Antigo Testamento e, em modo especifico, dos profetas. Esta é uma ótima indicação também pela pregação dos dias de hoje. É a Palavra de Deus a melhor testemunha de Cristo.
17-18: Pedro demonstra que a vinda do Espírito Santo já era anunciada pelos profetas (Joel 3,1-5).
19-21: Os prodígios nos céu eram anunciados pelos profetas do Antigo Testamento como sinal da presença de Cristo. Talvez a referencia seja aos milagres de Cristo e, também, aos eventos que aconteceram na tarde do dia em que Jesus morreu.

22-24: Pedro sem medo passa na cara dos Hebreus que eles mataram o mesmo Jesus Cristo anunciado pelos profetas.

25-36: nestes versículos Pedro interpreta o salmo 16 à luz do mistério da Ressurreição de Cristo. Segundo Pedro já nas palavras do Salmo 16 de autoria de Davi é possível vislumbrar o mistério da Ressurreição que se realizou em Jesus. Com um prosa profunda e firme Pedro explica a partir da Sagrada Escritura que Jesus Cristo, que os hebreus crucificaram é exatamente aquele que os profetas anunciaram como salvador. “Saiba, portanto, com certeza, toda a casa de Israel: Deus o constituiu Senhor e Cristo, este Jesus a quem vós crucificastes”.

37-41. A pregação de Pedro foi tão profunda que provocou a conversão de muitos que escutaram. “Irmãos, que devemos fazer?” É a pergunta da fé. A fé em Jesus começa como uma tomada de consciência dos nossos erros e do desejo de mudar de estrilo de vida. Por isso Pedro retrucou: “Arrependei-vos!”.
Cada um de vós seja batizado:o Batismo é interligado ao desejo de mudar de vida, ao caminho de conversão. Foram batizados aqueles que acolheram as Palavras de Pedro. A pregação da Palavra é fundamental para abrir os corações ao caminho do Senhor.

42-47. Lindas palavras que mostram a vida e a vivencia da primeira comunidade cristã. 

A VOLTA DO PAI





ATOS DOS APOSTOLOS 1
Estudo Bíblico para CEBs

 Paolo Cugini

1-8. “Fiz meu primeiro relato”:Luca explica no começo do livro que aquilo que está escrevendo é a continuação do evangelho (de Lucas). O evangelho não tinha o relato da Ascensão do Senhor. Os Atos dos Apóstolos começa exatamente aonde o Evangelho tinha terminado, ou seja, com a narração das aparições de Cristo ressuscitado.

 6. Só Deus conhece o dia da volta do Filho, por isso não precisa se angustiar sobre este dia. Aquilo que é importante é a vida no presente que, como nos lembra o texto, é marcada pela presença do Espírito (v.8). É pela força do Espírito que seremos testemunha do Senhor em todo momento da nossa vida. A tarefa dos cristão, então, é se dispor para acolher o Espírito do Senhor. Por isso os discípulos ficar um tempo, depois da Ascensão do Senhor, reunidos num lugar rezando na espera do Espírito.

9-11. Os anjos convidam os discípulos a não ficar parados olhando para o céu. Este é um ensinamento importante para todos nós. De fato, a vida de fé que se alimenta do ensinamento do Senhor, não pode ficar no vazio, olhando a vida toda para o céu, mas sim deve se concretizar na vida ativa do dia a dia.

12-14. Dois que Jesus subiu para o céu os apóstolos foram para Jerusalém para perseverar na oração. Ao longo dos capítulos dos Atos dos apóstolos encontraremos varias vezes este tema da oração, que se torna de grande importância pela vida da Igreja. É importante salientar que o texto fala que, junto com os apóstolos tinha também algumas mulheres. A Igreja é feita de homens e mulheres que juntos esperam o Senhor.

15-20. Pedro toma a palavra porque foi Jesus que o colocou como chefe da Igreja (Mt 16,18). Pedro explica o sentido da traição de Judas e o faz com o auxilio das escrituras. De agora em diante na pregação dos apóstolos, a pregação se caracteriza com uma constante referencia aos textos do Antigo Testamento para explicar os eventos que caracterizaram a vida de Jesus.

21-26. Pedro acha necessário escolher uma pessoa para reformar o numero dos apóstolos: 12. O numero 12 é o símbolo do povo de Israel que era constituído de 12 tribos. Jesus escolhendo 12 apóstolos sem duvidas quis apontar para a construção do novo Israel.


mercoledì 10 maggio 2017

Os elementos fundamentais na vida do Espírito



Paolo Cugini

            At 2, 31-42: este trecho contam os elementos fundamentais da existência cristã.

            [1] conversão

            A fé é adesão pessoal a Jesus.
            Conversão: mudar a orientação da minha vida. Antes olhava de um lado, agora olhe de um outro. Aonde devo olhar? Olhe na direção de Cristo, da revelação do amor de Deus que me foi doado em Jesus Cristo. Esta mudança de orientação deve se tornar uma base que qualifica todas as decisões.
Exemplos de conversão: são as narrações das vocações dos primeiros discípulos.
Mt 4, 18-20: têm uma existência que se move segundo certas atitudes: no centro está o mar, a pesca, as redes. Depois no centro está Jesus.
Isso é aquilo que acontece quando a fé se torna uma decisão verdadeira, concreta e pessoal. Não simplesmente em costume, na tradição, mas em relacionamento que acho válido.

Fil 3, 4-9: [comentar]

é Cristo que deve se tornar o centro da minha vida. Quero que a minha vida seja abandonada totalmente em Cristo, com todo o perigo que isto comporta. Não quero que as minhas seguranças sejam as minhas capacidades, os meus méritos: quero que seja o amor de Deus para mim, a misericórdia de Deus pra mim, a bondade de Deus para mim.
Se antes eu via o mundo a partir de mim, dos meus interesses, seguranças, agora devo aprender a ver o mundo a partir do Senhor, daquela segurança que ele me doa, da sua vontade, do seu projeto.
Neste sentido a conversão é um novo nascimento , uma nova vida.

Rom 14, 7-9:

O importante é que aquilo que eu faço seja feito para o Senhor.

Rom 12, 1-3

A perseverança
A conversão é um momento decisivo, mas não basta. A conversão deve se tornar perseverança, constância.

·         A conversão é um momento forte, uma iluminação; só que a vida não é feita só de momentos entusiasmantes; é feita também de momentos pesados, fadigosos. É nestes momentos que se mede a autenticidade de uma escolha, de uma decisão. De fato eu posso ficar empolgado na experiência de um retiro espiritual, só que depois de cinco dias a empolgação já foi.
·         Quando eu tomo uma decisão, esta decisão deve ficar seja qual for: a fidelidade a uma decisão, uma vez tomada deve ser aquela, deve permanecer.
Não se muda uma decisão porque um dia me levanto um pouco triste ou com a lua revirada.

Lc 21, 19; Hb 10, 36-39; Hb 12, 1; 2 Pt 1, 6; Lc 8, 15

A perseverança segundo os  atos Ap se expressa em 4 elementos de fundo:
1) Escutar o ensinamento dos Apóstolos.
2) A comunhão fraterna.
3) A fração do pão.
4) A oração

Escutar:
A diferença entre uma vida crista e a vida do mundo está aqui: na escuta do ensinamento. A vida do mundo se caracteriza no fazer o que quiser: faço as coisas que eu quero. Neste fato, este jeito de viver tem  algo de estranho: enquanto eu vivo pensando de ser livre na realidade eu estou indo atrás dos meus instintos, do meu , em outras palavras estou sendo escravo do meu eu. E uma vida , sem nada de firme que me segura, no longo prazo me esvazia me esgota.
A vida cristã vem de Jesus Cristo. Não posso escolhê-la. No começo de qualquer caminho tem a escuta dos ensinamentos dos apóstolos [...].

A comunhão

O primeiro sentido desta palavra é a união que existe entre todos aqueles que acreditam (cfr 1 gv 1, 1-3).
Nós participamos, através da fé, da mesma vida de Deus.
1 Cor 10, 16-17 De um lado se faço a comunhão com Cristo, não posso fazer para com os ídolos; de outro lado se estiver em comunhão com Cristo na Eucaristia, vou formando um único com todos os outros crentes.

A Eucaristia

É uma experiência de comunhão, comunhão com Cristo. Agente se torna uma coisa só com o Senhor e também comunhão entre nós.
A comunhão que nasce de Cristo não é apenas um caminho espiritual: afeta também o lado material.
Cfr. At 2, 44-45; At 4, 32; Dt 14, 4-5

Amor fraterno Fil 2, 1-4; Fil 4,2

O dom da fé

Na Eucaristia a vida de Jesus é como uma vida  entregada, partida, uma vida sacrificada, oferecida: isso é todo o sentido da vida de Jesus.

sabato 28 gennaio 2017

AS DISCIPULAS DE JESUS





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 8
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini

1-3. É um trecho importante porque é o único texto do NT que relata o fato que entre os discípulos de Jesus tinha também mulheres. É um dato importante porque quebra o preconceito machista e abre as portas para uma estruturação nova da Igreja, mais humana e, por isso, menos machista e com o marco também das mulheres. Jesus não quis criar uma Igreja só de homens, mas sim uma comunidade de iguais: homens e mulheres.
4-18. A parábola do semeador é a ocasião para Jesus explicar o sentido do discipulado e a relação com a sua Palavra.
“A fim de que vejam sem ver e ouçam sem entender?”. Quer dizer este versículo? Jesus quis dizer que para entender a sua Palavra, não basta escutá-la com o ouvido, mas precisa segui-la. Somente para as pessoas que seguirão os ensinamentos de Jesus, que se tornarão seus discípulos, Jesus explica o sentido profundo da sua Palavra. Quem fica de fora não entenderá nada e, por isso, começará a polemica duríssima com os fariseus, que ouviram a Palavra de Jesus, mas não entenderam nada porque não quiseram segui-lo e se tornar seu discípulo.
A quem tem será dado e ao quem não tem será tirado até aquilo que tem”. Sem duvida é um versículo que deve ser interpretado no seu sentido espiritual não pé de letra. Aqueles que tem são as pessoas cuja vida espiritual brotou frutos de justiça, de verdade e de amor: estes serão abençoados com algo a mais. As pessoas que não viveram o próprio batismo é não levaram a serio a Palavra e a vida de comunidade, será tirado tudo e dado para aqueles que frutificaram numa vida nova.
19-21. Lido com superficialidade o texto parece indicar que Maria teve outros filhos. Na realidade, escutando atentamente o Evangelho na sua proposta global é um dato impossível, pois Deus preparou Maria para ser a Mãe de Jesus Cristo. Irmãos é uma maneira semítica (hebraica) de apontar primos.
22-25. O mar no sentido bíblico é o símbolo do caos e anoite o lugar das trevas. Problema: como é que Jesus consegue  ficar tranquilo em situações como esta? A resposta pode ser esta: Jesus vive numa constante relação com o Pai e por isso consegue ficar tranquilo em qualquer circunstancia.
26-39. A história do endemoninhado mostra mais uma vez a identidade de Jesus. Se nas paginas do Evangelho encontramos varias historias de endemoninhado, que aos nossos dias são raros é porque a presença do Santo de Deus provoca o demônio, que não aguenta a santidade e se manifesta e, por isso, é derrotado.
40-55. A história da cura da hemorroíssa demostra que perante Jesus é necessário ter fé nele. Tinha muita gente ao redor de Jesus, mas somente esta mulher doente foi curado: porque? Porque ela acreditava interiormente que se tivesse tocado Jesus teria sido curada. E assim aconteceu. Não adianta comer o pão eucarístico se não acreditamos que alí tem a presença de Jesus.


A TUA FE' TE SALVOU




EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 7
Estudo Bíblico para CEBs

Paolo Cugini
1-10.  O Centurião é um romano, ou seja, é um pagão enquanto não pertence ao povo hebraico. Por isso este trecho está dizendo que também aos pagãos é aberto o caminho da salvação, pois a fé não é privilegio de um povo, mas é adesão à Palavra de Jesus.  Este trecho é importante, pois nos ensina que a fé se manifesta na confiança da Palavra de Jesus. Por isso quem não gosta muito de ler o Evangelho é porque não tem muita fé em Deus.
11-17. Esta ressurreição é parecida com aquela de Lazaro é sinal da ressureição definitiva de Jesus. É um evento que ajuda a entender o sentido da presença de Cristo na historia com sinal de vida verdadeira.
18-35. Um dos grandes focos do capitulo 7 é a figura de João Batista. Jesus citando  o texto de Malaquias 3,1 (Lc 7, 27), identifica João Batista com Elias, pois os profetas do Antigo Testamento declaravam que antes do Messias, devia vir alguém que preparasse o terreno. João Batista manda procurar se Jesus era o mesmo Messias, pois tinha também varias profecias que declaravam que o Messias teria sido um rei poderoso. A resposta de Jesus é na linha do profetismo que indicava no Messias um salvador pacifico e, sobretudo, um amigo dos pobres e marginalizado, pronto a defende-los.
31-35. A polemica de Jesus com os fariseus é sobre a atitudes deles no confronto com João Batista. De fato, conforme também ao relato de Lc 3, perante a pregação de João Batista, muito se converteram, mudando de vida, enquanto os fariseus ficaram botando gosto ruim. Por isso Jesus contou esta parábola: os fariseus não se mexeram nem perante a pregação duríssima de João Batista.
36-50. O texto que narra o encontro de Jesus com a pecadora é um dos mais intensos e comentado de todo o Evangelho de Lucas. É interessante a maneira de Jesus lidar com as mulheres, quebrando tabus e preconceitos. Em um clima cultural de grande machismo, que considera a mulher como algo de desprezível, contagioso, Jesus se deixa tocar, lavar os pés, perfumar. Jesus nos ensina que quando encontramos uma pessoa devemos buscar a sua essência mais profunda e, por isso, precisamos ir além das culturas preconceituosas e dos nossos esquemas mentais. 

A tua fé te salvou”. É o que a fé neste trecho especifico? É a capacidade de amar, de se entregar a Deus, de busca-lo contra toda opinião diferente. De fato, não foi apenas Jesus que fez um caminho de ruptura com a cultura, mas também a mulher pecador que não se importou de entrar na casa de um fariseu e debruçar sobre os pés de Jesus. A fé é isso mesmo: amor que passa acima das montanhas dos preconceitos, das mentalidade humanas e busca a essência das pessoas. Esta é fé. 

venerdì 27 gennaio 2017

a escolha dos doze discípulos





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 6
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11: A polemica de Jesus com os fariseus sobre o tema do sábado é muito importante. O sábado era  o dia do descanso de Deus na primeira criação. O pecado de Adão estragou o projeto bonito de Deus. Jesus nestes dois trechos mostra o sentido autentico da Lei, que é aquela de servir o homem, a mulher e por isso a Lei de Deus nunca é fim a si mesma. Jesus é o homem novo que veio inaugurar a Nova Criação, por isso ele é o Senhor do sábado, pois revela o sentido profundo desta instituição, além de manifestar publicamente que ele mesmo é Deus. A verdade de tudo isso será manifestada no dia da Ressurreição de Jesus, que marcará também o sentido do sábado. De fato, sendo Jesus ressuscitado no domingo de madrugada, será o domingo o dia do Senhor na Nova Criação e não mais o Sábado da Antiga criação.
12-16. Nos momento importante da vida, Jesus antecipa as decisões com um momento prolongado em oração. Neste trecho é narrada a escolha dos doze discípulos, que é antecipada de uma noite em oração. É sem duvida um grande ensinamento para nós. Perante as decisões importantes da vida, em vez de endoidar é bom apreender a entregar tudo nas mãos de Deus.
17-36. A verdade da nossa busca do Reino de Deus deve ser visível na vida corriqueira. A que adianta que pra nós Deus é tudo se depois passamos o tempo acumulando terras, dinheiro, construindo mansões? Por isso Jesus declara bem aventurados os pobres, porque se aqui na terra são injustiçados, Deus dará para eles o Reino de Deus. Aqueles que aqui na terra buscam a vida boa sofrerão as penas do inferno na vida futura. Aqueles que aqui na terra sofreram por causa das injustiças dos poderosos do mundo serão colocados lá em cima no Reino de Deus. Esta é a justiça de Deus.
Amar os inimigos, assim como Jesus pede neste trecho, é o sinal da nossa liberdade e da nossa confiança em Deus e não nas nossas forças. Se não quisermos ser afetados do mal produzido pelo ódio dos nosso inimigos, precisamos seguir as indicações de Jesus que nos convida a rezar por eles até o ponto de chegar à ama-los: é mole?
36-45. A essência da vida cristã é a misericórdia, o perdão. Quem não é capaz de perdoar, de dar o braço a torcer é porque não tem Deus no coração. Se frequentamos a Igreja é para abastecermos a nossa alma do amor daquele Senhor Jesus que em cima da cruz teve palavras de misericórdia para os seus algozes.

46-49. A pessoa é sabia e inteligente quando aprende a dedicar tempo á própria formação espiritual e humana: isso exige tempo e dedicação. Quem ,pelo contrário, é apenas preocupado pela aparência, com aquilo que os outros pensam e dizem, gastará o tempo a enfeitar o externo e a vida dele será como uma casa construída em cima da terra, que o primeiro vendaval a derruba. 

PEDRO ENCONTRA JESUS





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 5
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11. A multidão estava ao redor de Jesus para ouvir a Palavra de Deus. É muito bonita esta imagem porque relata aquilo que Jesus era acostumado a fazer: anunciar a Palavra de Deus: é por isso que as multidões de pobres o seguiam. Existe toda uma humanidade sedenta de palavra de Deus, de Palavra de Vida: é isso que a Igreja, a comunidade deve fazer: anunciar, explicar a Palavra de Deus.
Na dinâmica da pesca milagrosa é importante salientar que o milagre acontece porque Pedro obedece à Palavra de Jesus contra qualquer evidencia. “Assim fizeram e apanharam tamanha quantidade de peixes”. Os discípulos fizeram exatamente aquilo que Jesus pediu. Na nossa vida muitas vezes não acontece nada porque queremos fazer tudo da nossa cabeça, sem nos importar daquilo que vem de Deus. O gesto de Pedro e as suas palavras são emblemáticas, pois manifestam a verdade do encontro com o Senhor. O encontro com Deus, quando é autentico, provoca a tomada de consciência do nosso pecado: “Senhor, afasta-te de mim porque sou um pecador”. Deste encontro e desta tomada de consciência nasce a vocação, o chamado: “De hoje em diante você será pescador de homens”.
12-16. Perante o sucesso Jesus não aproveita, mas se retira, porque ele não buscava a gloria dos homens, a gloria do mundo, mas sim a gloria de Deus. Jesus vive uma vida escondida do mundo porque está totalmente satisfeito e preenchido com a gloria que ele recebe do seu Pai.
17-26. Jesus é Deus, é isso que estes versículos querem nos mostrar, porque Jesus age como Deus: cura e perdoa os pecados. Significativa é a atitude dos fariseus, que apesar de presenciar milagres impressionantes, continuam questionando Jesus e a sua ação. Quem tem um coração duro não consegue perceber a presença de Deus na história.
27-32. Jesus chama para ser discípulos quem ele quiser: é a liberdade do Reino de Deus. Liberdade que incomoda as pessoas acostumadas a medir a vida dentre parâmetros preconceituosos, como é o caso dos fariseus que questionam mais uma vez as escolhas de Jesus.

33-39. O vinho novo do Evangelho exige barris novos, ou seja, pessoas novas, renovada para acolher esta grande novidade. Jesus está dizendo isso para os fariseus que, ao longo de todo o capitulo ficaram questionando-o. Jesus explica o motivo da incapacidade deles de entender a sua palavra e as suas atitudes: o coração duro, a indisponibilidade para conversão. Somente um coração humilde consegue fazer espaço para grande novidade do Evangelho. 

HOJE SE CUMPRIU ESTA PASSAGEM




EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 4
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-13. Toda a vida de Jesus é mergulhada no silencio. Dos 12 anos de idade até os trinta não temos noticias sobre a sua vida: silencio. Aos trinta anos, antes de iniciar a sua atividade publica, Jesus transcorre 40 dias no deserto. Quer dizer isso? Talvez seja este silencio profundo que Jesus buscou continuamente também ao longo dos três anos de atividade publica, o segredo da sua serenidade, da sua clareza de intenções. No deserto Jesus é tentado pelo satanás revelando assim a própria humanidade e o caminho para permanecer ao plano de Deus. A primeira tentação é o desafio de controlar a vida instintual. O homem e a mulher que não conseguem controlar os próprios instintos são condenados a uma vida de escravidão. O mesmo discurso vale pela tentação do poder e do dinheiro que futuca as pessoas ao longo da vida, em busca de uma vida fora do alcance de Deus e acima de Deus. É isso que a segunda e a terceira tentação tentam estimular: uma vida autossuficiente, independente de Deus. Se libertar destas tentações é o grande desafio da vida espiritual, pois as tentações nos acompanham ao longo de toda a vida.
14-21. Jesus começa a sua atividade publica numa sinagoga explicando a Palavra de Deus: será esta a grande caraterística da sua missão. Jesus é o Mestre que nos ensina os mistérios de Deus, que nos explica a Palavra. Neste trecho Jesus se apresenta como a chave de intepretação do Antigo Testamento: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura”. Jesus, a sua pessoa, os seus gestos e as suas palavras são o cumprimento, a realização de tudo aquilo que está escrito na Lei: de agora em diante é necessário prestar atenção a Ele, ao seu ensinamento. Esta frase de Jesus é uma grande indicação por todos aqueles que querem aprender a amar a Palavra: deve ser lida a partir de Jesus, pois sem Ele, torna-se incompreensível.
22-30. A reação do povo perante estas afirmação de Jesus é dura e não poderia ser diferente, pois Jesus tinha modificado de uma vez o sentido que o mesmo povo dava da Palavra. A tentação é de resistir à força da Sua Palavra e de julga-lo. O texto nos convida a ter paciência, a acompanhar a ação de Jesus até o fim.
31-37. A Palavra de Jesus manda sobre os demônios do mundo e as pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento porque não era apenas um papo, mas se realizava em atos concretos como a cura de um possuído. E as pessoas se questionam perante a sua identidade: quem é este homem? Este questionamento é importante e deve sempre acompanhar também a nossa caminhada.
38-41. Nestes poucos versículos é narrado um dia típico de Jesus, um dia feito de tantos encontros, sobretudo com pessoas doentes que cobram uma cura. A vida de Jesus é muito dura, pois a cobrança em cima dele é constante.

42-44. Como Jesus conseguiu lidar com tamanha cobrança sem se esgotar? É na oração, no dialogo constante e prolongado com o Pai que Jesus encontrava a força para enfrentar a luta do dia a dia e, sobretudo, para fugir da tentação do poder.