ESTUDO BÍBLICO para CEBs
Pe Paolo Cugini
2-4:
continuação de 6, 13. Os problemas e tensões com os Coríntios parecem
resolvidos. Triunfam o consolo e a alegria. Restabeleceu-se um clima de muita
confiança, a partir do qual pode olhar serenamente o passado, transfigurado por
seus resultados positivos; a chegada de Tito com boas notícias, o efeito
saudável da carta severa (cf At 20, 33).
“Não
prejudicamos ninguém”: talvez a referência seja 1 Cor
5, 1-13.
“Não exploramos
ninguém”: Paulo talvez faz referencia ao seu trabalho.
v. 3 – cfr
2 Sam 15, 21
4-
Paulo é convencido a ter conseguido restabelecer a amizade com a Igreja de
Corinto. Agora lhe é permitido dizer tudo aquilo que sente com franqueza.
5-7: Paulo de Troade tinha chegado
por Mar na Macedônia. talvez tenha ficado em Felipe, capital da Macedônia,
comunidade muito ligada a Paulo.
Por fora contendas: os
contrastes com as pessoas que a criticavam.
Por dentro temores: temores
causados pelo andamento crítico de algumas comunidades.
6: Deus consola e levanta os
aflitos (Sl 119, 50; Is 69, 13).
7: A saudade dos Coríntios,
expressava o desejo de rever Paulo. Paulo não tem o menor receio de mostrar a
sua humanidade simples. Ele contém os próprios sentimentos, as próprias
tribulações. A plena comunhão com os homens, o consola. Nos dons que ele recebe
pelos homens, Paulo experimenta as dádivas de Deus. E ele fica feliz de
pertencer aos aflitos que Deus levanta. Paulo é todo o contrário dos estáticos.
8-16: Efeito positivo da carta
severa. Predominam no parágrafo as palavras: tristeza, entristecer”, repetidas
oito vezes, contrastadas com “alegria e consolo”: temas da carta. Aproveita o
caso particular para propor um princípio tradicional e de amplo alcance: a diferença
entre tristeza segundo Deus e segundo o mundo. A primeira produz vantagem, a
segunda nasce de uma perda e a consuma. Na literatura profética e sapiencial
encontramos muitos precedentes desse princípio. Às vezes a desgraça é prova do
inocente (Jó), outras vezes é castigo do culpado (Jó 33). Às vezes o sofrimento
descobre e denuncia um pecado; outras vezes a denúncia produz sofrimento.
Nesse parágrafo, Paulo renuncia à reserva (5, 13) e
se acusa sem desculpas.
10: existe uma tristeza segundo
Deus e uma outra segundo o mundo.
A verdadeira conversão leva a salvação e a vida. A
tristeza segundo Deus rende o homem consciente que o mundo, mergulhado no
pecado, é perdido e leva o homem ao arrependimento. A tristeza própria do mundo
afastado de Deus, paralisa o homem endurecendo-o na culpa. Tal tristeza do
mundo é aquela do homem que reconhece impossível realizar os próprios desejos e
objetivos terrenos, ficando escravo deles experimentando a própria ruína.
11: Os benefícios da tristeza
segundo Deus são apresentados com uma lista de sete futuros. O justo
reconhecimento e a justa avaliação das causas exprimiram-se também na vontade
de realizar a punição.
12: Paulo lembra que
escreveu aquela carta não para satisfazer um próprio desejo. Quando for
necessário, também a severidade do apostolo pode constituir um serviço pela
comunidade. A justiça deve ser satisfeita, só que depois deve intervir o
perdão. A comunidade deve ser levada ao arrependimento e ao perdão.
13: Fica bem clara a humanidade e a
sensibilidade fraterna de Paulo, que sente a alegria e a consolação alheia como
consolação própria.
14: Paulo apesar das dificuldades,
sabe sempre dirigir uma palavra boa para os outros. Neste caso fica patente que
Paulo falou a verdade em todas as circunstâncias e que é digna de confiança.
Isso é para responder aqueles que estavam desconfiando dele (1, 17; 4, 2).
15-16: Paulo não esquece o ministério e o poder
apostólico; aliás é justo que o acolha em temor e tremor. Trata-se não do medo,
mas do temor e de obediência perante o ofício, no qual é Deus que age na
comunidade. (5, 19 s).
No final Paulo agora sabe que poderá contar com
esta comunidade.
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