Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-10. O Centurião é um
romano, ou seja, é um pagão enquanto não pertence ao povo hebraico. Por isso
este trecho está dizendo que também aos pagãos é aberto o caminho da salvação,
pois a fé não é privilegio de um povo, mas é adesão à Palavra de Jesus. Este trecho é importante, pois nos ensina que
a fé se manifesta na confiança da Palavra de Jesus. Por isso quem não gosta
muito de ler o Evangelho é porque não tem muita fé em Deus.
11-17. Esta ressurreição é parecida com aquela de Lazaro é sinal
da ressureição definitiva de Jesus. É um evento que ajuda a entender o sentido
da presença de Cristo na historia com sinal de vida verdadeira.
18-35. Um dos grandes focos do capitulo 7 é a figura de João
Batista. Jesus citando o texto de
Malaquias 3,1 (Lc 7, 27), identifica João Batista com Elias, pois os profetas
do Antigo Testamento declaravam que antes do Messias, devia vir alguém que
preparasse o terreno. João Batista manda procurar se Jesus era o mesmo Messias,
pois tinha também varias profecias que declaravam que o Messias teria sido um
rei poderoso. A resposta de Jesus é na linha do profetismo que indicava no
Messias um salvador pacifico e, sobretudo, um amigo dos pobres e marginalizado,
pronto a defende-los.
31-35. A polemica de Jesus com os fariseus é sobre a atitudes
deles no confronto com João Batista. De fato, conforme também ao relato de Lc
3, perante a pregação de João Batista, muito se converteram, mudando de vida,
enquanto os fariseus ficaram botando gosto ruim. Por isso Jesus contou esta
parábola: os fariseus não se mexeram nem perante a pregação duríssima de João
Batista.
36-50. O texto que narra o encontro de Jesus com a pecadora é um
dos mais intensos e comentado de todo o Evangelho de Lucas. É interessante a
maneira de Jesus lidar com as mulheres, quebrando tabus e preconceitos. Em um
clima cultural de grande machismo, que considera a mulher como algo de
desprezível, contagioso, Jesus se deixa tocar, lavar os pés, perfumar. Jesus nos
ensina que quando encontramos uma pessoa devemos buscar a sua essência mais
profunda e, por isso, precisamos ir além das culturas preconceituosas e dos
nossos esquemas mentais.
“A tua fé te salvou”. É o que a fé neste trecho especifico? É a
capacidade de amar, de se entregar a Deus, de busca-lo contra toda opinião
diferente. De fato, não foi apenas Jesus que fez um caminho de ruptura com a
cultura, mas também a mulher pecador que não se importou de entrar na casa de
um fariseu e debruçar sobre os pés de Jesus. A fé é isso mesmo: amor que passa
acima das montanhas dos preconceitos, das mentalidade humanas e busca a
essência das pessoas. Esta é fé.
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