Estudo Bíblico para CEBs
Paolo
Cugini
1-4.
Jesus não exige esmola, mas a nossa mesma vida. A viúva que dá duas moedas é o
símbolo do discípulo/a que não poupa a sua mesma vida para seguir o Senhor. E
ali vem a pergunta: e nós estamos dando o que ao Senhor?
5-7.
Não devemos fitar com os olhos as pedras do mundo, pois tudo será destruído.
Aquilo que vale mesmo é o esforço corriqueiro de embelezar a nossa alma, de
cuidar dela para que se torne cada dia melhor.
8-19.
Antes dos capítulos que narram a paixão de Jesus o Evangelista Lucas coloca um
discurso sobre os últimos tempos. Uma leitura superficial poderia provocar
espanto, medo. Na realidade as palavras de Jesus são dirigidas para os
apóstolos, são indicações sobre a postura que os discípulos devem ter perante a
reação do mundo contra a sua mensagem. Jesus alerta os discípulos sobre a
dureza do mesmo discipulado, pois seguir Jesus, abraçar a sua causa comporta
muita incompreensões. “Sereis odiados por
todos por causa do meu nome”. Esta é a dura realidade dos verdadeiros
discípulos/as do Senhor: o ódio do mundo, pois o mundo detesta Deus, detesta
Jesus e os seus seguidores. Quem ao longo da vida busca amparo do mundo é
porque decidiu de abrir mão de Deus. O verdadeiro discípulo/a, as pessoas que
de verdade amam a Jesus são perseguidas e maltratadas no mundo: este não é uma
reflexão espiritual, mas sim um dado evangélico, Palavra de jesus sobre a qual
é necessário refletir, avaliar a própria vida e decidir de que lado queremos
ficar. Quem decide seguir Jesus deve levar em conta muito sofrimento.
Pela
vossa perseverança ganhareis as vossas almas. Quem
se importa de salvar a própria alma não tem outro caminho que confiar em Deus.
Nos versículos precedentes Jesus foi bem claro: as vezes nem dentro da família
poderemos contar. Não podemos organizar a nossa vida religiosa contando sobre
as pessoas, pois se aquela pessoas desviar nós também poderemos acabar saindo
do caminho. Jesus nos ensina que quem salva a nossa alma, não é uma pessoa, mas
sim a nossa perseverança. Mais uma vez Jesus nos alerta que a responsabilidade
da nossa caminhada de fé é nossa. Para podermos ser perseverante em todo
momento da nossa vida precisamos apreender a cultivar o nosso relacionamento
pessoal com o Senhor, saborear o seu amor, aprender a gostar da sua Palavra.
Quando
virdes Jerusalém cercada de exércitos. É
uma clara referencia a destruição do templo de Jerusalém que aconteceu no ano
70 d. C. Existem eventos histórico que se tornam sinais da passagem de Deus na
história. Por isso o Concilio Vaticano II falava 50 anos atrás que é necessário
aprender a interpretar os sinais dos tempos. Somente dentro uma perspectiva de
fé, de confiança na Palavra do Senhor poderemos perceber a presença de Deus na
história e não ficar confusos perante eventos em aparência assustadores.
Quando
essas coisas começarem a acontecer, exultai e levantai a cabeça, porque a vossa
libertação se aproxima. É importante ler o
capitulo 21 como uma palavra de Jesus dirigida para os seus discípulos/as, que
os alerta sobre a verdade dos acontecimentos históricos. Quando de fato,
assistimos a situações de morte e desastres, somos tentados a nos assustar e
ficar com medo. Jesus está alertando os seus discípulos/as que a realidade é
que a libertação dos discípulos/as se aproxima. Se tudo se destrói, se não
existe império, poder que fica no tempo, isso quer dizer que o verdadeiro
esforço que vale a pena fazer não é acumular dinheiro, não é ficar do lado do
poder, mas sim ficar firme ao lado do Senhor, pois é o único que tem o poder de
nos libertar da morte.
29-33.
A parábola da figueira confirma o discurso antecedente. O cristão deve aprender
a ler a historia, os acontecimentos históricos à luz da Palavra de Deus, a
interpretá-los, para aprender a vislumbrar a presença de Deus, sentir o seu
amor. Isso será possível somente dentro de um constante caminho do conhecimento
e aprofundamento da Palavra de Deus, pois: “O
céu e a terá passarão, mas as minhas palavra jamais passarão!” Quem
perde o contato com a Palavra de Deus
perde o contato com a realidade.
34-38.
Perante a história que vai correndo ruma a própria destruição por causa do
esquecimento de Deus, qual é a nossa tarefa de cristãos? Jesus nos ensina que
aqui na terra devemos aprender a vigiar, a rezar, ou seja, a fortalecer sempre
mais o nosso relacionamento pessoal com Ele. O perigo pior é o endurecimento do
nosso coração, o abrutamento da nossa alma que pode chegar ao ponto de não
sentir mais nada, de ficar insensível à Palavra de Jesus. Por isso o grito de
Jesus: Vigiai!
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