venerdì 10 luglio 2015

SALMO 23 (22)


 Paolo Cugini



Introdução
É um salmo muito famoso também pela profundeza do seu conteúdo. A síntese deste salmo poderia ser esta: nada falta a quem vive unido ao Senhor. Na união com o Senhor nós temos tudo aquilo que precisamos, não necessitamos mais buscar além. É a vida que é compreendida no relacionamento profundo com o Senhor: a via toma sentido no relacionamento intimo com o Senhor.
Problema: em que terreno humano estas palavras do salmista estão caindo? O caminho do home de hoje é caracterizado pela incerteza[1] e também pelo pessimismo. As vezes até como pessoas que acreditam em Deus, que tem uma vivencia eclesial, tem uma grande dificuldade a seguir de perto o Senhor, a abraçar com fé o seu estilo de vida, as suas exigências, consideradas radicais demais.
Salmo
O Senhor é o meu pastor: O pastor na cultura semítica é o constante companheiro de viagem, amiúde o pastor é o salvador do rebanho. Por existe toda uma tradição que desde sempre aplicou a imagem do pastor ao mesmo Deus. Deus é o pastor no sentido pleno, pois ele não é bloqueado por ninguém para exercer o seu pastoreio. O homem não é objeto de ninguém: pertence somente a Deus. A fé bíblica é confiança no Senhor.
v. 2: é descrita a pausa do rebanho. Na Palestina é difícil encontrar um pasto verde. Somente quem já passou pela sede do deserto pode entender a beleza desta imagem, a alegria de encontrar um pasto verde, com águas tranqüilas para poder beber. O pastor do salmo sabe encontrar os lugares certos pelo próprio rebanho. Tem uma clara referência a Is 49, 9-10 e também a Gen 2,10-14. Aquele que se entrega ao cuidado de Deus é conduzido dentro uma riqueza exuberante de vida, de possibilidade de vida.
v.3: atrás do Senhor ninguém perde o caminho.
v.4: é uma referência a geografia da Palestina, cheia de grutas insidiosas, que tornam-se perigosas sobretudo por aqueles que não conhecem a região. Por isso precisa de um pastor sábio e esperto, que saiba conduzir o seu rebanho no lugar certo, fora dos perigos.
Por amor do seu nome: o nome é a revelação na qual  Deus se revelou, revelou a sua mesma identidade. O nome na Bíblia expressa a identidade: chamar alguém pelo nome quer dizer conhecê-lo. O nome de Deus indica uma presença misericordiosa.
Tu estás comigo: a escuridão, longe de ser algo de medroso, em Deus provoca uma aproximação pessoal.
v. 5: imagem de hospitalidade, muito importante na cultura semítica. A tenda hospital se torna o templo, a casa de Deus. A tenda frisa o dado do caminho: o homem é sempre peregrino. Acompanhado por Deus. Deus quer viver na nossa casa sempre, não penas quando a gente quiser[2]. Casa de Deus é o inteiro pais da terra que pertence a Deus e aonde aquele que confia em Deus se sente hóspede. A pessoa que tem fé se sente na casa de Deus em qualquer lugar, acolhido, com a possibilidade de dar sentido á própria vida[3]. Se torna santo qualquer lugar aonde percebo que Deus está presente, que está comigo.
Por dias sem fim: A felicidade não é procurada ansiosamente pelo homem, mas é doada pelo mesmo Deus[4].

Reflexão
É importante observar como o salmo mostre a profundeza do relacionamento de Deu para com o homem. No salmo tem nove ações atribuídas ao senhor, nove indicações que mostram como Deus cuida de nós.
O Senhor me faz repousar: é uma referência talvez, ao domingo, o dia do Senhor, um dia no qual podemos descansar dos trabalhos semanais para percebermos mais de perto a presença do Senhor. Durante a reflexão pessoal poderíamos avaliar como é o nosso domingo, se de verdade para nós é o dia do Senhor.




[1] Cf. Bauman, A sociedade da incerteza.
[2] Cf. o contraste com a narração de 2 Sam 7,1ss.
[3] Cf. Ex 3,5.
[4] Cf. Sal 36, 8-10; Sal 27,4.

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