MARCOS 4
Indicações para o Estudo
Bíblico
Paolo Cugini
1-12: Jesus fala em parábolas. Uma parábola é uma narração
simples com conteúdos típico da vida cotidiana da palestina. Com este tipo de
narrações Jesus comunicava conteúdos profundos, provocando uma resposta nos interlocutores.
Nestes primeiros versículos do capitulo 4 Jesus oferece também as motivações da
sua maneira de falar em parábolas. A parábola é um discurso profundo que, por
aquele que ficam de fora do caminho do Senhor, permanece velado no mistério. “Para que olhem mas não vejam, escutem, mas
não compreendam”. Este linguajar duro de Jesus não é exclusivo, ou seja,
não visa excluir alguém, mas sim a provocar o desejo de entrar dentro, de fazer
parte do grupo dos discípulos. Isso quer dizer que a Palavra do Senhor é
possível entende-la na sua profundeza somente quando nos decidimos por ela,
quando cortamos com o passado e nos encaminhamos atrás da trilha que o Senhor
traçou na história. A Palavra de Jesus tem um conteúdo cuja compreensão se
oferece somente quando a vivenciamos.
13-20: A parábola da semente é o exemplo de uma narração simples
e, ao mesmo tempo profunda, que se não for entendida pode nos levar por falsas
interpretações. O que Jesus quis dizer com esta parábola? Antes de tudo, os
vários terrenos, longe de ser símbolo de pessoas diferentes, representem as
possibilidades que vêm ao nosso encontro ao longo da vida. Se, de fato, somos
chamados a sermos terreno fértil, é também verdade que possamos correr o risco
de não responder em plenitude a este chamado. Perante uma palavra que nos
oferece o caminho da vida verdadeira, podemos nos entusiasmar, nos empolgar.
Jesus com esta parábola nos alerta que acolher o Evangelho é muito mais de um
entusiasmo.
21-25: qual é o sentido do versículo 25? ”Para aquele que não tem será tirado até mesmo o que tem”. Não é
algo de absurdo uma conversa dessa? É claro que se entendemos estas palavra do
ponto de vista material, estas palavras de Jesus não estão boas. Se, porém,
entendemos estas palavras do ponto de vista espiritual, então muda a
perspectiva. Jesus nos doa a sua Palavra, a sua mesma vida através dos
sacramentos, da Igreja. Problema: o que estamos fazendo com estes presentes de
Deus? Se não estamos fazendo nada, Deus irá tira-los das nossas mãos. Me parece
que seja este o sentido dessa palavras tão duras.
26-29: É uma parábola muito boa por todos aqueles que acham de ser
indispensáveis. Se de uma lado somos convidados a sermos evangelizadores, do
outro não podemos ter a pretensão de controlar a expansão do Evangelho. Nossa
tarefa é evangelizar com as palavras e com a vida. A maneira de responder à
Palavra de Deus é fora do nosso alcance.
30-34: A logica do Reino de Deus é o contrario da logica do mundo.
De fato, se esta olha a aparência, a grandeza, a visibilidade, a logica do
Reino passa através da simplicidade, da pequenez. A semente de mostarda que se
torna arvore é o caminho que o Senhor está nos propondo: se quisermos ser
grandes no Reino de Deus, precisamos nos abaixar com Jesus fez vindo ao mundo.
35-41: o mar é o símbolo do caos e é o lugar aonde moram, segundo
uma tradição antiga, os monstros marinhos. Num sentido existencial o mar pode
simbolizar tudo aquilo que na vida nos espanta, nos preocupa. Jesus caminhando
sobre as água nos mostra que, confiando em Deus não precisamos temer nada.
Neste sentido a fé é a capacidade de caminhar no mundo dos problemas
continuando a olhar pra frente, olhar a Deus, buscando nele as forças e não
deixar que as dificuldades nos espantem e desestimulem.
Nessun commento:
Posta un commento