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mercoledì 5 febbraio 2025

QUINTO DOMINGO TEMPO COMUM/ C




(Is 6, 1-8; Sl 137; 21 Cor 15, 1-11; Lc 5,1-11)

Paolo Cugini

 

Lc 5,1-11: 

Naquele tempo, enquanto a multidão apertava Jesus e ouvia a palavra de Deus, ele estava de pé perto do lago de Genesaré. Ele viu dois barcos ali perto do lago; Os pescadores desembarcaram e estavam lavando suas redes. Entrando num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra. Ele sentou-se e ensinou as multidões do barco. Quando terminou de falar, disse a Simão: “Vá para águas mais fundas e lancem as redes para pescar”. Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos arduamente a noite toda e não pegamos nada; mas, sob a tua palavra, lançarei as redes." Eles assim fizeram e pegaram uma grande quantidade de peixes, e as redes começaram a romper-se. Então eles fizeram sinal para seus parceiros no outro barco para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram os dois barcos tanto que eles começaram a afundar. Quando Simão Pedro viu isso, caiu aos pés de Jesus e disse: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador”. Pois o espanto veio sobre ele e todos os que estavam com ele, pela grande pesca que haviam feito; e também Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão. Jesus disse a Simão: “Não tenha medo; de agora em diante vocês serão pescadores de homens." E, quando trouxeram os barcos para terra, deixaram tudo e o seguiram.

 

O Evangelho continua nos apresentando as características da identidade de Jesus e, no caso do Evangelho de hoje, nos convida a refletir sobre o significado de sua presença na história e a reação que as pessoas têm em relação a ele. O problema é que mesmo na época de Jesus nem todos percebiam sua presença, sua novidade. A passagem de hoje nos apresenta uma jornada espiritual para aprender a compreender a presença do Senhor em nossa história e aceitar seu convite à conversão. Vamos tentar segui-lo então.

Enquanto a multidão se apertava ao redor dele para ouvir a palavra de Deus. O Evangelho abre com a atitude principal de Jesus, isto é, o ensino da palavra. Jesus veio entre nós antes de tudo para nos ajudar a entender o significado da sua Palavra, o seu significado. Para entrar em sua perspectiva, devemos tomar sua palavra em mãos e ouvir seus ensinamentos.

Mestre, trabalhamos duro a noite toda e não pegamos nada; mas, sob a tua palavra, lançarei as redes." Eles fizeram isso… Podemos ver o Senhor, podemos captar sua presença quando fazemos o que ouvimos: este é o milagre! Somente quem vive o que ouve no Evangelho tem a oportunidade de ver o Senhor, de conhecê-lo. A palavra de Deus não é algo para ser somente estudado, mas sobretudo vivido. Certamente o estudo e depois a reflexão são importantes, mas quem parar neste estágio nunca poderá ver o Senhor. Esse é um dos enganos em que podemos cair, ou seja, pensar que conhecemos a Deus porque estudamos a Bíblia. O que lemos e o que entendemos estudando tem valor na medida em que nos esforçamos para vivê-lo, para colocá-lo em prática. O exemplo do que estamos dizendo nos vem justamente da passagem de hoje em que Pedro, ouvindo as instruções de Jesus, apesar de toda a sua experiência como pescador, faz exatamente o que Jesus lhe diz: confia na sua palavra. É porque Pedro faz o que o Senhor lhe diz que o milagre acontece e, dessa forma, a glória de Deus se manifesta, permitindo que os presentes vejam o milagre e creiam Nele.

Senhor, afasta-te de mim, pois sou um homem pecador. Quem é Jesus? Ele é o santo de Deus, sua presença traz à tona o mal-estar que vem de uma relação incorreta com Deus: esse mal-estar tem um nome, o sentimento de culpa. O gesto de Pedro, à primeira vista, pode parecer um gesto de humildade, bastante intenso. Em parte, isso é verdade. Na realidade, o que emerge da sua resposta, também comparada com a proposta de Jesus, é algo bem diferente. Pedro se sente um pecador diante de Jesus, em sua presença. O pecado fala, antes de tudo, do nosso relacionamento com Deus. A santidade de Deus manifestada no milagre da pesca desperta em Pedro seu sentimento de culpa, seu modo de perceber e viver a religião como obediência a preceitos que ele nem sempre consegue respeitar. Sentindo a presença de Deus, Pedro se sente, por assim dizer, sujo, culpado e, por isso, ajoelha-se em submissão.

Não tenham medo… Deus não quer pessoas submissas, mas sim livres. Jesus não está interessado no passado, nos nossos erros, nos nossos sentimentos de culpa que ele veio tirar para sempre e lançar no abismo: Jesus quer saber da nossa disposição de entrar no novo projeto de vida, ou seja, ser pescadores de homens. Aqui encontramos o contraste entre a mentalidade fechada que caracteriza homens e mulheres tomados pelo egoísmo, que não conseguem se libertar do peso dos erros do passado e se deixam devorar por sentimentos de culpa e, por outro lado, a ação de Jesus, um homem livre que veio libertar propondo caminhos de humanização.

De agora em diante você será um pescador de homens. Jesus propõe uma mudança de foco: do relacionamento com Deus para os relacionamentos com homens e mulheres. Uma mudança que, ao mesmo tempo, revela um sentido: o relacionamento autêntico com Deus não causa sentimento de culpa, porque não exige obediência a preceitos ou participação em cultos, mas a verdade do relacionamento com Deus se verifica na atenção que damos ao relacionamento com os homens e mulheres. Jesus propõe passar da religião em que colocamos em jogo todo o nosso relacionamento com Deus no contexto do culto, na participação nos ritos, para a religião verdadeira que reconhece a presença de Deus nos irmãos e, consequentemente, cuida desses relacionamentos. 


sabato 10 febbraio 2024

PRIMEIRO DOMINGO DA QUARESMA-B

 




Gen 9,8-15; Sal 24; 1 Pd 3,18-22; Mc 1, 12-15



Paolo Cugini

 

No primeiro domingo da Quaresma do ano B o Evangelho chega até nós com o convite à conversão.

“O tempo está cumprido e o Reino de Deus está próximo; convertam-se e creiam no Evangelho” (Mc 1,15).

Conversão significa abrir espaço e, para abrir espaço em nossas vidas, devemos retirar algo para permitir a entrada de uma realidade mais importante e significativa: o Evangelho de Jesus, que é a alegria de Deus para nós. O Evangelho, de fato, representa uma nova possibilidade de vida, um novo modo de estar no mundo, a possibilidade de criar relações autênticas marcadas pela atenção gratuita aos outros, pela colaboração para um mundo mais justo e sem discriminação. Nesta perspectiva, ajuda-nos a primeira leitura em que se proclama a Nova Aliança que Deus estipula com Noé depois do dilúvio:

"Disse Deus: Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vocês e todos os seres viventes que estão com vocês, para todas as gerações vindouras. Coloco meu arco nas nuvens, para que seja um sinal da aliança entre mim e a terra” (Gênesis 9,12-13).

Para restabelecer a aliança destruída entre o homem e a mulher, Deus escolhe um símbolo que indica uma direção, um modo de estar no mundo, um sinal da sua presença na história. Pois bem, este sinal não está na linha de pensamento único que a filosofia grega começou a elaborar alguns séculos depois, mas está na perspectiva da pluralidade. De certa forma, através daquele símbolo, é como se Deus quisesse dizer à humanidade que, para encontrá-lo, era necessário percorrer o caminho da multiplicidade, o caminho da diversidade. Um mundo plural reflete o sonho de Deus, o seu pensamento, o que ele quis expressar com o sinal da aliança: o arco-íris. Multiplicidade de cores, porque a mesma realidade que Deus criou, que tem muitas cores, não pode ser identificada com uma só cor. Arco-íris diz naturalidade em habitar a pluralidade, em pensar a diversidade, em acolher a multiplicidade; significa a com presença de diferentes elementos sem a necessidade de que tudo se reduza a um só. Arco-íris significa liberdade de expressão, liberdade de consciência, liberdade de expressar uma forma de ser diferente do outro sem medo de ser julgado. Se a nova aliança é o arco-íris, então o caminho que a humanidade é convidada a percorrer consiste em aprender a conviver com a diversidade, porque a diversidade é a marca da realidade.

Encontramos claramente visível em Jesus o estilo “arco-íris” de respeito pelas diferenças, que nunca se detém nas aparências, mas olha para o coração das pessoas, percebendo a imagem de Deus, mais do que aspectos externos e superficiais. E assim, na adúltera, enquanto os homens vêem uma mulher digna de morte, Jesus capta toda a sua dignidade como mulher com uma história particular. Em Pedro que, apesar do seu entusiasmo, o trairá três vezes no momento delicado da sua paixão e morte, Jesus vê alguém a quem pode até confiar a liderança dos seus discípulos. No leproso, Jesus vê um homem sofredor, necessitado de ser ouvido e acolhido.

O Espírito Santo que recebemos continuamente quando o invocamos é o Espírito do Senhor Jesus, que reproduz na nossa humanidade a atenção a cada pessoa, deve ajudar-nos a não nos determos nas aparências, a não querermos que todos pensem como nós, respeitar diferentes caminhos, diferentes histórias, diferentes identidades culturais e religiosas. A comunidade do Senhor Jesus não é formada por pessoas que pensam todas da mesma forma, mas por pessoas com sensibilidades e identidades diferentes que caminham na mesma direção. A comunidade é bela não porque seja formada por pessoas iguais, mas porque, guiados pelo Evangelho do Senhor e fortalecidos pelo seu Espírito, aprendemos a caminhar juntos valorizando cada pessoa, acolhendo quem deseja entrar no Caminho aberto por Jesus.

Para caminhar assim é necessário seguir o exemplo do estilo de Jesus, reservar tempo e, no silêncio, deixar penetrar em nós o Evangelho de Jesus, deixar-nos olhar por Ele, aprender a aceitar-nos como somos. , deixar de nos comparar com os outros, mas ter como único parâmetro de referência o rosto do Senhor, a sua existência, o seu estilo de vida. É aceitando deixar-nos reconciliar com o Senhor que dá paz à nossa alma, que podemos entrar em relações com os outros propondo caminhos de reconciliação. É porque nos sentimos amados pelo Senhor e não julgados, que entramos no mundo amando as pessoas que encontramos, respeitando-as pelo que são, sem pretender mudá-las.

Por fim, o branco é dado pelas cores do arco-íris. A luz que ilumina o mundo não é a mistura de cores, mas é composta pela identidade de cada cor que permanece ela mesma. A comunidade do Senhor Jesus ilumina o mundo quando não produz o esforço de pensar da mesma maneira e fazer as mesmas coisas, mas quando cada um de nós com a nossa identidade específica caminha juntos na mesma direção.

 

martedì 1 settembre 2020

CARTA AOS ROMANOS CAPITULO 9-11





Estudo bíblico para CEBs
 Paolo Cugini

Sendo que nestes capítulos da carta aos Romanos Paulo trata do mesmo tema achamos necessário que nos círculos bíblicos sejam lidos juntos, para não perder o fio da conversa.

9,1-29. O tema destes três capítulos é a conversão de Israel. Paulo tenta responder a um tema importante no debate das primeiras comunidades, ou seja, o destino do povo hebraico, o mesmo povo de Jesus, dos Apóstolos e de Paulo. O problema deriva do fasto que foi o povo hebraico a matar Jesus, o povo que tinha recebido as promessas. Por isso Paulo se pergunta: será que Deus esqueceu as promessas feitas aos patriarcas? Será que Deus é infiel? De jeito nenhum. Paulo faz o exemplo do oleiro para explicar como Deus é capaz de moldar a massa, qualquer que ela seja. Para reforçar esta tese Paulo traz por dentro do discurso algumas citações do A.T.: Is, 1,9; Os 2.

10,1-21. Problema: será que os hebreus não tiveram a oportunidade de ouvir o anuncio da vinda do Salvador? De jeito nenhum! De fato, Paulo mostra como desde o Antigo Testamento muitos profetas anunciaram a vinda do Salvador. “Será que eles não ouviram? Entretanto pela terra inteira correu a sua voz; até os confins do mundo as suas palavras” (10,18).

11, 1-36. É neste capitulo que Paulo dá a resposta clara utilizando a parábola da oliveira silvestre a oliveira cultivada. “Assim aconteceu para que a queda de Israel tornasse possível a salvação para os pagãos e para que Israel ficasse com ciúme”( 11,11). Neste versículo fica clara a posição de Paulo, que ele explica nesta parábola da oliveira. Na oliveira foram cortados alguns ramos e foram enxertados ramos de oliveira selvagem, não deve ser motivo de envaidecimento, pois como Deus cortou os ramos da oliveira boa, pode cortar também os ramos enxertados da oliveira selvagem. Problema: o povo de Israel, que recebeu as promessas pelos patriarcas, será que ficará de fora da salvação pelo fato que no momento presente não reconheceu em Jesus o Messias anunciado pelos profetas? A resposta de Paulo é, como sempre, muito clara: “O endurecimento de uma parte de Israel vai durar até quando chegue a plenitude das nações. Então todo Israel será salvo” (11,25-26). Então para Paulo a desobediência momentânea de uma parte do povo de Israel tem uma finalidade pedagogia para permitir que a salvação chegasse também para os pagãos. E assim, depois que todos os povos reconhecem o Senhor Jesus como único salvador, também Israel reconhecerá Jesus como único mediador de salvação.



sabato 24 novembre 2018

EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 19





Estudo Bíblico para CEBs

Paolo Cugini
1-10. Zaqueu é o símbolo dos ricos que se salva. Rico se salva somente se partilhar a sua riqueza com os pobres assim como fez Zaqueu (a metade dos meus bens eu dou aos pobres). Este trecho mostra também a dinâmica do encontro com Jesus. Zaqueu se esforça de encontrar o Senhor. Zaqueu para ver Jesus subiu a figueira: e nós fazemos o que para nos encontrarmos com Jesus?

Hoje a salvação entrou nesta casa: somente vivendo o presente da vida podemos acolher o Senhor que está presente na nossa historia. Quem vive de lembranças passada o projetado sempre no futuro nunca poderá saborear a presença de Jesus que vem ao nosso encontro hoje, no presente da nossa vida.
11-28. Qual é o sentido desta parábola? O ensinamento é bastante claro: a vida que recebemos de Deus com tudo aquilo que nos doa deve ser vivida, deve dar fruto. Quem vive parado deitado no sofá, enrolado na preguiça não vive agradando a Deus. Tudo aquilo que recebemos de Deus – a comunidade, os sacramentos, a Palavra, etc. – deve brotar futos na nossa vida. Esta parábola nos convida a um exame de consciência: que frutos estão brotando na nossa caminhada de fé? O centro da parábola é, portanto, o terceiro empregado que devolveu aquilo que recebeu. Não podemos esconder aquilo que recebemos de Deus.
Aquilo que já possui será dado ainda mias: sem duvida estas palavras não devem ser entendidas no sentido material, mas sim espiritual. A referencia é aquilo que temos de vida de fé, de vivencia comunitária. Se somos batizados e não vivemos o nosso batismo na comunidade, será tirado de nós isso e será dado a quem viveu com plenitude a própria fé.

29-40. É a entrada de Jesus em Jerusalém acolhido pelo povo com muita festa e alegria. Infelizmente será este mesmo povo que clamará a morte de Jesus.
41-44. Jesus chora chegando em Jerusalém, porque ele sabe aquilo que irá acontecer no futuro por causa da resistência à sua Palavra. Jerusalém nos seus chefes recusaram a presença de Jesus, não reconheceram nele o Salvador, o Messias esperado e, por causa disso, será destruída. De fato, quarenta anos depois do pronunciamento destas palavras, exatamente no ano 70 d. C. Jerusalém foi invadida e o templo destruído definitivamente. A nossa recusa à Palavra do Senhor tem consequência.

45-48. O templo do Senhor, que hoje são as capelas, a Matriz, é para rezar e não para fazer comercio ou politica. Quem quiser fazer comercio vai na feira e quem quiser fazer politica vai na praça. Perder o sentido do sagrado tem consequências negativas não apenas na vida da pessoa, mas também na vida da comunidade. “Minha casa é casa de oração”: precisamos resgatar isso se quisermos ser fieis a Palavra e aos ensinamentos de Jesus.

lunedì 2 luglio 2018

EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 3



Estudo Bíblico para CEBs
Pe Paolo Cugini
1-3. A insistência de Lucas sobre os homens políticos daquele tempo é para salientar que Jesus Cristo não é uma invenção literária, mas o Filho de Deus veio ao mundo mesmo, se fez carne em um momento histórico preciso. Por isso estes dados históricos são importantes: para situar com clareza o momento preciso da vinda de Cristo na história.

4-18. A pregação de João Batista é muita dura e radical: o objetivo é provocar a conversão dos ouvintes. Citando Isaias, João Batista se coloca na tradição profética e, ao mesmo tempo, se identifica com a personagem que no A.T. era designado para preparar o cominho do Messias.
“Que devemos fazer?”. A dura pregação de João Batista surtiu efeito. De fato as pessoas se questionam e se colocam a disposição para uma mudança. A pergunta: que devemos fazer? É a pergunta da fé, da confiança em Deus, que acusa o pecado, mas ao mesmo tempo prepara caminhos de salvação.
“Quem tiver duas túnicas reparta-as”. As respostas de João Batista aos interlocutores mostram que o caminho da conversão acontece dentro da própria experiência de vida. Se quisermos nos converter de verdade, devemos concentrar a nossa atenção naquilo que estamos vivendo. A verdade do nosso seguimento a Jesus, da nossa adesão ao Evangelho, se demostra na maneira de viver no dia a dia.

Batismo com água é o batismo pregado por João Batismo, que exige uma mudança de vida, de atitude: consiste no esforço de tirar o mal da nossa vida. O Batismo no Espírito trazido pro Jesus consiste na acolhida do dom de Deus que vem do alto, que transforma a nossa humanidade. Estes versículos nos revelam que a mudança da nossa vida depende um pouco de nós, mas, sobretudo é fruto da ação de Deus que age na nossa vida somente se quisermos.

23-38. A genealogia é na linha do valor que Lucas dá aos dados históricos para mostrar que Jesus é uma personagem históricas e não uma invenção literária. Porque Lucas insiste nisso? Porque ao tempo de Lucas, mais ou menos os anos Oitenta do primeiro século da era cristã, alguns difundiram a noticia que Jesus era só um espírito e nada mais. No Evangelho de Lucas o mistério da Encarnação, ou seja, de Deus que se faz homens e entra na história, é documentado não apenas com dados históricos, mas também com uma genealogia, uma serie de nomes que demostram o parentesco de Jesus, que não era um anjo descido do céu, mas sim, um homem em carne e osso.


mercoledì 10 maggio 2017

Os elementos fundamentais na vida do Espírito



Paolo Cugini

            At 2, 31-42: este trecho contam os elementos fundamentais da existência cristã.

            [1] conversão

            A fé é adesão pessoal a Jesus.
            Conversão: mudar a orientação da minha vida. Antes olhava de um lado, agora olhe de um outro. Aonde devo olhar? Olhe na direção de Cristo, da revelação do amor de Deus que me foi doado em Jesus Cristo. Esta mudança de orientação deve se tornar uma base que qualifica todas as decisões.
Exemplos de conversão: são as narrações das vocações dos primeiros discípulos.
Mt 4, 18-20: têm uma existência que se move segundo certas atitudes: no centro está o mar, a pesca, as redes. Depois no centro está Jesus.
Isso é aquilo que acontece quando a fé se torna uma decisão verdadeira, concreta e pessoal. Não simplesmente em costume, na tradição, mas em relacionamento que acho válido.

Fil 3, 4-9: [comentar]

é Cristo que deve se tornar o centro da minha vida. Quero que a minha vida seja abandonada totalmente em Cristo, com todo o perigo que isto comporta. Não quero que as minhas seguranças sejam as minhas capacidades, os meus méritos: quero que seja o amor de Deus para mim, a misericórdia de Deus pra mim, a bondade de Deus para mim.
Se antes eu via o mundo a partir de mim, dos meus interesses, seguranças, agora devo aprender a ver o mundo a partir do Senhor, daquela segurança que ele me doa, da sua vontade, do seu projeto.
Neste sentido a conversão é um novo nascimento , uma nova vida.

Rom 14, 7-9:

O importante é que aquilo que eu faço seja feito para o Senhor.

Rom 12, 1-3

A perseverança
A conversão é um momento decisivo, mas não basta. A conversão deve se tornar perseverança, constância.

·         A conversão é um momento forte, uma iluminação; só que a vida não é feita só de momentos entusiasmantes; é feita também de momentos pesados, fadigosos. É nestes momentos que se mede a autenticidade de uma escolha, de uma decisão. De fato eu posso ficar empolgado na experiência de um retiro espiritual, só que depois de cinco dias a empolgação já foi.
·         Quando eu tomo uma decisão, esta decisão deve ficar seja qual for: a fidelidade a uma decisão, uma vez tomada deve ser aquela, deve permanecer.
Não se muda uma decisão porque um dia me levanto um pouco triste ou com a lua revirada.

Lc 21, 19; Hb 10, 36-39; Hb 12, 1; 2 Pt 1, 6; Lc 8, 15

A perseverança segundo os  atos Ap se expressa em 4 elementos de fundo:
1) Escutar o ensinamento dos Apóstolos.
2) A comunhão fraterna.
3) A fração do pão.
4) A oração

Escutar:
A diferença entre uma vida crista e a vida do mundo está aqui: na escuta do ensinamento. A vida do mundo se caracteriza no fazer o que quiser: faço as coisas que eu quero. Neste fato, este jeito de viver tem  algo de estranho: enquanto eu vivo pensando de ser livre na realidade eu estou indo atrás dos meus instintos, do meu , em outras palavras estou sendo escravo do meu eu. E uma vida , sem nada de firme que me segura, no longo prazo me esvazia me esgota.
A vida cristã vem de Jesus Cristo. Não posso escolhê-la. No começo de qualquer caminho tem a escuta dos ensinamentos dos apóstolos [...].

A comunhão

O primeiro sentido desta palavra é a união que existe entre todos aqueles que acreditam (cfr 1 gv 1, 1-3).
Nós participamos, através da fé, da mesma vida de Deus.
1 Cor 10, 16-17 De um lado se faço a comunhão com Cristo, não posso fazer para com os ídolos; de outro lado se estiver em comunhão com Cristo na Eucaristia, vou formando um único com todos os outros crentes.

A Eucaristia

É uma experiência de comunhão, comunhão com Cristo. Agente se torna uma coisa só com o Senhor e também comunhão entre nós.
A comunhão que nasce de Cristo não é apenas um caminho espiritual: afeta também o lado material.
Cfr. At 2, 44-45; At 4, 32; Dt 14, 4-5

Amor fraterno Fil 2, 1-4; Fil 4,2

O dom da fé

Na Eucaristia a vida de Jesus é como uma vida  entregada, partida, uma vida sacrificada, oferecida: isso é todo o sentido da vida de Jesus.

venerdì 27 gennaio 2017

PEDRO ENCONTRA JESUS





EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 5
Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11. A multidão estava ao redor de Jesus para ouvir a Palavra de Deus. É muito bonita esta imagem porque relata aquilo que Jesus era acostumado a fazer: anunciar a Palavra de Deus: é por isso que as multidões de pobres o seguiam. Existe toda uma humanidade sedenta de palavra de Deus, de Palavra de Vida: é isso que a Igreja, a comunidade deve fazer: anunciar, explicar a Palavra de Deus.
Na dinâmica da pesca milagrosa é importante salientar que o milagre acontece porque Pedro obedece à Palavra de Jesus contra qualquer evidencia. “Assim fizeram e apanharam tamanha quantidade de peixes”. Os discípulos fizeram exatamente aquilo que Jesus pediu. Na nossa vida muitas vezes não acontece nada porque queremos fazer tudo da nossa cabeça, sem nos importar daquilo que vem de Deus. O gesto de Pedro e as suas palavras são emblemáticas, pois manifestam a verdade do encontro com o Senhor. O encontro com Deus, quando é autentico, provoca a tomada de consciência do nosso pecado: “Senhor, afasta-te de mim porque sou um pecador”. Deste encontro e desta tomada de consciência nasce a vocação, o chamado: “De hoje em diante você será pescador de homens”.
12-16. Perante o sucesso Jesus não aproveita, mas se retira, porque ele não buscava a gloria dos homens, a gloria do mundo, mas sim a gloria de Deus. Jesus vive uma vida escondida do mundo porque está totalmente satisfeito e preenchido com a gloria que ele recebe do seu Pai.
17-26. Jesus é Deus, é isso que estes versículos querem nos mostrar, porque Jesus age como Deus: cura e perdoa os pecados. Significativa é a atitude dos fariseus, que apesar de presenciar milagres impressionantes, continuam questionando Jesus e a sua ação. Quem tem um coração duro não consegue perceber a presença de Deus na história.
27-32. Jesus chama para ser discípulos quem ele quiser: é a liberdade do Reino de Deus. Liberdade que incomoda as pessoas acostumadas a medir a vida dentre parâmetros preconceituosos, como é o caso dos fariseus que questionam mais uma vez as escolhas de Jesus.

33-39. O vinho novo do Evangelho exige barris novos, ou seja, pessoas novas, renovada para acolher esta grande novidade. Jesus está dizendo isso para os fariseus que, ao longo de todo o capitulo ficaram questionando-o. Jesus explica o motivo da incapacidade deles de entender a sua palavra e as suas atitudes: o coração duro, a indisponibilidade para conversão. Somente um coração humilde consegue fazer espaço para grande novidade do Evangelho.