mercoledì 8 luglio 2015

OLHOS PRA VER



MARCO 8
Notas para o estudo bíblico

Paolo Cugini
1-9: Neste trecho chama atenção o coração compassivo de Jesus, que sente a responsabilidade dos problemas das pessoas e provoca uma reflexão para resolver a situação, bem diferente da postura dos discípulos, presos em logicas egoísticas (“Onde alguém poderia sachar esta gente?”). Mais uma vez Jesus não resolve o problema da fome do povo sozinho, com um ato milagroso, mas envolve as pessoas ao seu redor: é o sentido da partilha. Jesus não dá coisas gratuitamente, sem exigir o compromisso das pessoas, sem provocar o interesse das pessoas. A caridade não é dar coisas, mas sim responsabilizar as pessoas para o próprio processo de libertação. Jesus não humilha as pessoas jogando os pães e os peixes, mas esperando receber do mesmo povo os alimentos que depois teria partilhado. Este método de Jesus é bem diferente daquilo que observamos hoje, aonde o dinheiro é dado ao povo sem exigir um envolvimento e, assim, acostumando o povo na inercia, na passividade de uma caridade, que na realidade caridade não é, mas sim humilhação.
10-13: Porque Jesus não atende o pedido dos fariseus? Porque Jesus tinha acabado de realizar um sinal, a multiplicação dos pães e, também porque percebe que os fariseus não estavam interessados à proposta dele, mas sim a satisfazer a própria curiosidade. A fé exige o caminho de saída das próprias exigências religiosas, para entrarmos na dinâmica da fé, que exige atenção e obediência à palavra de Jesus.

14-21: Não apenas os fariseu não entendem o ensinamento de Jesus, mas até os mesmos discípulos. Este trecho é impressionante pelo numero de perguntas que Jesus dirige para os discípulos, que evidentemente não estão entendendo aquilo que Jesus está dizendo e fazendo. São oito perguntas em poucas linhas, que demostram a preocupação de Jesus , para com a aprendizagem dos seus discípulos. “Vocês tem olhos e não vêem têm ouvido e não ouvem”. É preciso aprender a ver além das aparências, para entender a ação de Jesus; é preciso interpretar os gestos, as ações de Jesus para entrar no seu mundo, que é mundo de Deus, o mundo do Espirito.
22-26: Porque Jesus curou este cego em dois momentos? Porque não o curou logo? Talvez para demostrar que a possibilidade de ver plenamente, de enxergar as coisas de Deus, não é um processo imediato, mas precisa de tempo e de paciência.
27-33: É o problema da identidade de Jesus. Estamos no meado do Evangelho de Marcos. No começo do Evangelho Marcos tinha definido que um primeiro objetivo do Evangelho era demostrar que Jesus era o Messias (Mc 1,1). Agora Pedro professa abertamente que Jesus é exatamente o messias anunciado pelos profetas. Isso que dizer que para sairmos de um conhecimento de Jesus superficial, precisamos debruçar na Palavra de Deus, pois é ali que se encontram os elementos essenciais da sua identidade. Além disso é interessante o contraditório entre Jesus e Pedro, porque mostra a diferença entre o pensamento de Deus e o pensamento dos homens. A logica de Deus, que se manifesta em Jesus, é a logica do amor, da doação gratuita de si mesmo, enquanto a logica do mundo, expressada por Pedro, é a logica da fuga, da incapacidade de assumir com responsabilidade os compromissos.


34-38: renunciar a sim mesmo quer dizer, renunciar a toda forma de projeto humano que não seja conforme os ensinamentos de Jesus. A felicidade da nossa vida a alcançamos nos colocando a disposição do Reino de Deus. Por isso não adianta nada conquistar o mundo e perder a alma. Estas palavras fortes de Jesus são uma provocação que devem nos induzir a pensar a serio a nossa vida, os nosso projetos e ter a coragem de tirar tudo aquilo que atrapalha o nosso seguimento a Jesus. 

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