Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-9. A escuta do Evangelho exige conversão e uma vida justa e de
comunhão. É este o sentido da parábola no final do trecho. Deus nos concede
ainda um tempo para nos converter, para sair de uma vida seca e inútil, feita
de coisas inúteis, para uma vida digna do batismo que recebemos.
Na primeira parte do
trecho Jesus alerta o povo para se libertar das tradições populares e
religiosas que não ensinam nada, mas que servem somente para confundir as pessoas.
Ninguém pode se sentir tranquilo pelo fato que vive debaixo de uma igreja ou
porque frequenta o culto. Se da nossa vida não brotam frutos de conversão
seremos condenados à morte eterna. É bom refletir sobre isso.
10-17. Jesus deixa confusos todos os seus inimigos, que não sabem
como responder porque os argumentos de Jesus são de aço. Jesus mostra o vazio
das leis farisaicas, de uma lei que ao longo dos séculos ficou deturpada porque
não consegue mais ajudar as pessoas a viver bem. A que serve uma lei que não
liberta?
“O chefe da sinagoga ficou furioso”. Jesus tinha uma capacidade
única de tirar do serio os chefes religiosos e políticos do seu tempo, porque
mostrava na frente do povo o vazio das suas propostas. Jesus nos liberta das
tradições vazias feitas pelos homens e nos mostra o caminho da verdade, que
consiste no por ao centro a dignidade da pessoa humana.
18-21. Duas parábolas lindas! A primeira: O Reino de Deus é como a semente de mostarda. Quer dizer? Que o
Reino de Deus é o contrário da logica do mundo que busca a aparência e, por
isso, precisa de palanques, de anúncios nos carros de som. O Reino de Deus para
se desenvolver precisa de muito pouco: é como a semente mais pequena, mas
quando é semeada cresce e se torna enorme, pois afetas a alma de todas as
pessoas. Precisamos aprender este método; precisamos zelar das sementinhas que
Deus semeia através dos seus obreiros, Precisamos aprender a não ficarmos
fascinados com a grandeza do mundo, mas a buscarmos a simplicidade das coisas
de Deus.
A segunda parábola: O Reino de Deus é como o fermento.
Quando o pão é formado ninguém enxerga o fermento e ninguém se lembra dele.
Assim é a nossa vida de fé, de um pai, de uma mãe, de um ministro: a nossa
preocupação é ser fermento na vida das pessoas que amamos, sem nos preocuparmos
de sermos lembrados. O importante é que os nossos nomes estejam escritos nos
céus: esta é a liberdade dos filhos de Deus!
22-30. Porque estas palavras duras de Jesus? Para nos alertar que
a salvação que Ele trouxe não é brincadeira e não é fácil acolhê-la. A porta é
estreita porque são grandes as outras portas que encontramos na nossa vida e
nos enganam. Por isso precisamos nos esforçar de encontrar o caminho cero, que
é o caminho do Evangelho e depois permanecer nele.
Últimos que serão primos: são aquelas pessoas com uma péssima
reputação no mundo, mas que se converteram. Em outro trecho Jesus lembrava que
os publicanos e as prostitutas passarão na nossa frente no Reino de Deus. Mais
uma vez: não é pertença externa à Igreja que nos salva, mas a nossa conversão,
uma vida conforme o Evangelho.
31-33. Só Deus decide na vida de Jesus e até quando a sua missão
não será cumprida pode ter o Herodes que quiser, mas Jesus continuará
realizando o seu trabalho de evangelização.
34-35. É uma reflexão amarga sobre Jerusalém, que ao longo da história
se desviou varias vezes do caminho de Deus e que, além do mais, matou vários
profetas. “A casa de vocês ficará abandonada”. Talvez seja uma profecia da
destruição definitiva do templo de Jerusalém que aconteceu no ano 70 d.C.
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