domenica 28 giugno 2015

BASTA-TE A MINHA GRACA




XIV DOMINCO/B

(Ez 2,2-5; Sal 123; 2 Cor 12,7-10; Mc 6,1-6)
Paolo Cugini

1.      “ Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares” ( Mc 6, 4).
O profeta, ou seja a pessoa que si disponibiliza para levar a Palavra de Deus nos ambientes e circunstancias da vida, deve aprender a conviver com as incomprensões sobretudo na própria realidade existencial. Parece ser este o tema central das leituras de hoje.  Porque esta incompreensão entre familiares parentes e amigos? Porque não conseguimos ser credíveis entre eles? A resposta mais imediata é que, talvez, eles não aceitam a nossa mudança, também porque a nossa mudança questiona a vida deles. De fato, se pensarmos atentamente naquilo que aconteceu na época da nossa conversão, as pessoas que mais nos pressionaram, que mais nos criticaram eram mesmo entro as paredes de casa, ou os amigos mais próximos. Nestes momentos a tentação é desistir, recuar, voltar atrás. “será que vale mesmo a pena continuar deste jeito?”. Quantas vezes pensamos isso! As pessoas se afastam de nós, as vezes até parentes ou familiares. O problema maior, porem, é que, nestes momentos de sufoco, nós deparamos com a nossa incoerência, fraqueza, incapacidade de seguir Jesus  com mais intensidade. E, assim, começamos a questionar a nossa mesma vocação, os lindos dias em que o Senhor veio ao nosso encontro para nos chamar, nos envolver do seu amor, a querer falsificar a nossa historia, a deixar que a nossa mente imbanane tudo. São os dias em que perdemos a vontade de rezar, de buscar a Deus e ficamos o tempo todo matutando perdidos nos nossos pensamentos. É exatamente nestes momentos que Deus nos chama a mudar de pele, de identidade, a deixar o homem, a mulher velha, para nos revestir do homem, a mulher nova.

2. “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta” (2 Cor 12, 9).
São Paulo é um grande exemplo desta mudança de pele, de identidade. Ele percebeu que aquilo que Deus quer de nós é nos despojarmos da pseudo-força do mundo, para nos revestirmos da gloria de Deus.
Pois Quando mi sinto fraco, é então que sou forte” (2Cor 12, 10).
Quer dizer isso? Paulo está apontando o dedo contra todo o esforço humano de esconder a própria condição de fraqueza. O homem é um bicho fraco, só que ao longo da vida, faz de tudo para disfarçar esta situação. E assim se reveste de ouro, se protege com palácios suntuosos, busca permanecer sempre jovem, ou melhor mostrar uma aparência de jovem escondendo as marcas  do tempo, e assim em diante. São Paulo, nestes poucos versículos, nos lembra que tudo isso é loucura, estultice. De fato, perante Deus não precisamos nos esconder: Ele sabe de que barro somos feitos. E assim, a verdade do nosso relacionamento com Deus está na capacidade de estar á sua presença do jeito que somos, sem esconder nada, sem tentar nenhuma forma de tapeação. Paulo aprendeu que somente quando o homem aceita perante Deus a própria condição humana de fraqueza, causada pela condição do pecado, recebe a veste da imortalidade, a graça santificante e transformante. Nós tentamos esconder a vergonha do nosso pecado com a força aparente do mundo. Se quisermos voltar a gloria da origem e tirar da nossa vida as conseqüências mortais do pecado, devemos deixar que Deus nos reveste com a vida de Seu Filho Jesus. Depois de termos aprontado, fugimos de Deus (não fizeram isso também Adão e Eva?) como se pudéssemos achar uma solução longe dele. A humildade é não teimar no erro, não piorar uma situação já por si mesma negativa, e parar para que Deus possa encher a nossa vida com a sua misericórdia. Desta maneira podemos também deparar sobre a diferente maneira do mundo e de Deus de considerar a humanidade. De um lado, o mundo exige a minha mentira, a mentira sobre mi mesmo para acolher a sua gloria aparente, que me reveste de morte (não são assim, de fato todas as experiências mundanas que fizemos?). Do outro,  Deus espera que eu me olhe do jeito que sou e peça para ser revestido da Sua mesma gloria.

3.Ligando as duas reflexões que até agora fizemos, podemos afirmar que é nos momentos de tensões, sobretudo com os familiares parentes e amigos, que não aceitam a nossa mudança, que temos a possibilidade de nos despojarmos do homem, a mulher velha, para nos revestirmos das vestes de Cristo. É nesses momentos que Deus nos oferece uma ocasião de ouro para fortalecer e amadurecer a nossa vocação. Ele pede de nós um passo ulterior, uma confiança total nele que necessita de uma rescisão, um corte radical com o passado, para que Deus possa fazer de nós, da nossa vida algo de novo, possa realizar aquilo que sempre Ele sonhou de nós e por nós. Alguém poderia retrucar que esse é um papo muito egoísta, porque devemos pensar nos nossos parentes, pais, amigos e  assim em diante.  Pelo contrario, talvez os grandes egoístas são todos aqueles que pensam de serem indispensáveis, que não confiam na misericórdia e na providencia de Deus. De fato, se é Ele que me chama, será que Ele é tão desprovido pra não saber daquilo que os nossos pais e parentes precisam, não apenas em termos materiais, mas também espirituais? Além disso, quem conhece um pouco a Escritura e a pedagogia de Deus, sabe que o chamado de Deus, não é apenas para a pessoa, mas beneficia o povo todo ( Cf. a experiência de Moisés, José filho de Jacó e assim em diante). Quem sabe que através do nosso chamado, Deus não queira alcançar os nossos familiares e amigos?

4. “E admirou-se com a falta de fé deles” ( Mc 6, 6).
A fé é aceitar de entrar na realidade de Deus e abandonar a imaginação do mundo, a sua fantasia. Ser profeta incômodo, não é fazer o dizer grandes coisas: é simplesmente vier e ser do jeito que Deus quer: é isso mesmo que incomoda o mundo e até mesmo os nossos familiares. A vida cristã é um caminho de liberdade: pedimos a Deus que nesta Eucaristia podemos crescer mais neste sentido.


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