sabato 7 luglio 2018

ATOS DOS APOSTOLOS CAPITULO 4





Estudo Bíblico para CEBs

Pe Paolo Cugini
1-7. A pregação de Pedro tem uma dúplice conseqüência. De um lado provoca a conversão de muitas pessoas: “muitos dos que ouviram a Palavra abraçaram a fé”. É a pregação da Palavra que provoca a conversão das pessoas. Esta idéia se encontra também em Paulo (Rom 10,17). Do outro lado a mesma pregação provoca a ira dos chefes religiosos que se incomodam da atitude e das palavras de Pedro e João.

8-12. Perante o questionamento dos chefes religiosos Pedro não perde a ocasião para anunciar o Evangelho de Jesus com uma segurança e firmeza que chamou atenção.
Não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devemos ser salvos” (12). É isso que Pedro entendeu ao longo dos anos de discipulado e é isso que ele anuncia com tanta firmeza. A vida se decide na posição que tomamos perante o nome de Cristo. Por isso a pregação do Evangelho se torna a grande preocupação dos apóstolos e deve se tornar sempre mais a preocupação da Igreja.

13-17. Os chefes religiosos do povo hebraico ficaram admirados com a sabedoria dos apóstolos que não tinham formação cultural nenhuma. Este é um dado que precisa ser salientado. Existe uma sabedoria humana e uma sabedoria que vem de Deus, que não é fruto de estudos, mas é dom do Espírito. É desta sabedoria que Pedro e João eram recheados e é desta sabedoria que o mundo precisa.

18-22. “Não podemos nós deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”. A experiência dos apóstolos não é uma fantasia, mas é real, pois golpeou os sentidos humanos: vimos e ouvimos. Se a nossa evangelização na comunidade é ainda fraca, talvez o motivo seja isso mesmo: a nossa experiência de Deus ainda não golpeou os nosso sentidos, mas parou em lembranças do passado, em historias fantasiosas sobre Deus, que nunca tiveram a confirmação da Palavra de Deus e, sobretudo, nunca foram avaliadas por uma experiência espiritual com Deus.

23-31. Os discípulos junto com os cristãos da primeira comunidade interpretam os acontecimentos recentes à luz da Palavra iluminados pelo Espírito Santo. Para eles a perseguição que está acontecendo por obra dos chefes religiosos é aquilo que já Davi tinha anunciado no salmo 2. Esta é uma indicação importante para interpretar a Palavra de Deus. Os discípulos percebem que a vida de Cristo, a sua presença na história se torna o critério para ler os passos do Antigo Testamento. É desta forma que de agora em diante devem ser lidas as paginas do Antigo Testamento, ou seja, como algo que ajuda aprofundar o sentido da pessoa de Jesus Cristo.

32-37. É mais um relato da vivencia da primeira comunidade cristã. A presença e o acolhimento do Espírito do Senhor no meio dos apóstolos produzia uma vida de comunhão e unidade, além de um desapego das coisas materiais. “Não havia entre eles necessitados alguns”. A verdade da nossa fé no Senhor é a possibilidade de criar sociedades solidárias e justas.




lunedì 2 luglio 2018

EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 2




Estudo Bíblico para CEBs
Pe Paolo Cugini
1-20. Nestes versículos é lembrada a origem pobre de Jesus, que nasceu de uma família pobre e numa cidade pobre. De fato, Jesus não nasceu na capital, Jerusalém, mas sim na periferia, em Belém, que era uma cidade onde moravam os pastores que não podiam morar em Jerusalém por causa do fedor deles. Os pastores era uma categoria de pessoas excluída, discriminada. Deus decide que o próprio filho não nascerá na capital, mas a periferia, no meio dos pobres e excluídos, e não entre os ricos e poderosos. Este será um dado que perpassa todo o Evangelho de Lucas.

21. A circuncisão era um rito de entrada no povo de Israel, que corresponde ao nosso batismo. Sendo que consistia num corte no pênis, é claro que as mulheres eram excluídas. O batismo de Jesus, será uma verdadeira revolução cultural e religiosa.

22-38. Os pais de Jesus, José e Maria, eram pessoas piedosas, faziam tudo conforme a Lei de Moisés.
Simeão profetiza que Jesus será sinal de contradição: quer dizer isso? As palavras do velho Simeão revelam o sentido da vida de Jesus, que não veio para agradar as pessoas, mas sim para dizer e mostrar o Caminho da Verdade. Jesus trouxe a paz para todos e todas os seus discípulos, ou seja, para todas as pessoas que se decidem por Ele; ao mesmo tempo, porém, Jesus trouxe o fogo no mundo, ou seja, por toda aquela realidade que não acredita nele e que resiste à sua pregação. Sempre Simeão não esconde o sofrimento que deverá enfrentar a sua mesma mãe Maria: “uma espada traspassará a tua alma”. Seguindo Jesus a Igreja é chamada a ser no mundo sinal de contradição, desmascarando toda forma de corrupção, de maracutaias: só assim será profética e permitirá que a Verdade de Deus conquiste os corações.

41-49. O episodio narrado somente em Lucas mostra o desenvolvimento da consciência de Jesus e a busca do sentido da própria vida. Jesus busca conhecer a vontade do Pai: é isso que deveriam fazer os pais, ou seja, criar uma situação tal que permita aos filhos de descobrir a própria vocação. A nossa felicidade depende da descoberta e da vivencia da nossa vocação: tudo aquilo que como família e comunidade fazemos por isso é positivo.

51-52. A postura de Maria é importante: ela guardava tudo no seu coração, ou seja, não passava nas casas contando a própria vida e dos outros. A vida escondida e secreta é típico das pessoas que buscam a gloria de Deus e não aquela do mundo.


EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 3



Estudo Bíblico para CEBs
Pe Paolo Cugini
1-3. A insistência de Lucas sobre os homens políticos daquele tempo é para salientar que Jesus Cristo não é uma invenção literária, mas o Filho de Deus veio ao mundo mesmo, se fez carne em um momento histórico preciso. Por isso estes dados históricos são importantes: para situar com clareza o momento preciso da vinda de Cristo na história.

4-18. A pregação de João Batista é muita dura e radical: o objetivo é provocar a conversão dos ouvintes. Citando Isaias, João Batista se coloca na tradição profética e, ao mesmo tempo, se identifica com a personagem que no A.T. era designado para preparar o cominho do Messias.
“Que devemos fazer?”. A dura pregação de João Batista surtiu efeito. De fato as pessoas se questionam e se colocam a disposição para uma mudança. A pergunta: que devemos fazer? É a pergunta da fé, da confiança em Deus, que acusa o pecado, mas ao mesmo tempo prepara caminhos de salvação.
“Quem tiver duas túnicas reparta-as”. As respostas de João Batista aos interlocutores mostram que o caminho da conversão acontece dentro da própria experiência de vida. Se quisermos nos converter de verdade, devemos concentrar a nossa atenção naquilo que estamos vivendo. A verdade do nosso seguimento a Jesus, da nossa adesão ao Evangelho, se demostra na maneira de viver no dia a dia.

Batismo com água é o batismo pregado por João Batismo, que exige uma mudança de vida, de atitude: consiste no esforço de tirar o mal da nossa vida. O Batismo no Espírito trazido pro Jesus consiste na acolhida do dom de Deus que vem do alto, que transforma a nossa humanidade. Estes versículos nos revelam que a mudança da nossa vida depende um pouco de nós, mas, sobretudo é fruto da ação de Deus que age na nossa vida somente se quisermos.

23-38. A genealogia é na linha do valor que Lucas dá aos dados históricos para mostrar que Jesus é uma personagem históricas e não uma invenção literária. Porque Lucas insiste nisso? Porque ao tempo de Lucas, mais ou menos os anos Oitenta do primeiro século da era cristã, alguns difundiram a noticia que Jesus era só um espírito e nada mais. No Evangelho de Lucas o mistério da Encarnação, ou seja, de Deus que se faz homens e entra na história, é documentado não apenas com dados históricos, mas também com uma genealogia, uma serie de nomes que demostram o parentesco de Jesus, que não era um anjo descido do céu, mas sim, um homem em carne e osso.


EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 4



Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-13. Toda a vida de Jesus é mergulhada no silencio. Dos 12 anos de idade até os trinta não temos noticias sobre a sua vida: silencio. Aos trinta anos, antes de iniciar a sua atividade publica, Jesus transcorre 40 dias no deserto. Quer dizer isso? Talvez seja este silencio profundo que Jesus buscou continuamente também ao longo dos três anos de atividade publica, o segredo da sua serenidade, da sua clareza de intenções. No deserto Jesus é tentado pelo satanás revelando assim a própria humanidade e o caminho para permanecer ao plano de Deus. A primeira tentação é o desafio de controlar a vida instintual. O homem e a mulher que não conseguem controlar os próprios instintos são condenados a uma vida de escravidão. O mesmo discurso vale pela tentação do poder e do dinheiro que futuca as pessoas ao longo da vida, em busca de uma vida fora do alcance de Deus e acima de Deus. É isso que a segunda e a terceira tentação tentam estimular: uma vida autossuficiente, independente de Deus. Se libertar destas tentações é o grande desafio da vida espiritual, pois as tentações nos acompanham ao longo de toda a vida.
14-21. Jesus começa a sua atividade publica numa sinagoga explicando a Palavra de Deus: será esta a grande caraterística da sua missão. Jesus é o Mestre que nos ensina os mistérios de Deus, que nos explica a Palavra. Neste trecho Jesus se apresenta como a chave de intepretação do Antigo Testamento: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura”. Jesus, a sua pessoa, os seus gestos e as suas palavras são o cumprimento, a realização de tudo aquilo que está escrito na Lei: de agora em diante é necessário prestar atenção a Ele, ao seu ensinamento. Esta frase de Jesus é uma grande indicação por todos aqueles que querem aprender a amar a Palavra: deve ser lida a partir de Jesus, pois sem Ele, torna-se incompreensível.

22-30. A reação do povo perante estas afirmação de Jesus é dura e não poderia ser diferente, pois Jesus tinha modificado de uma vez o sentido que o mesmo povo dava da Palavra. A tentação é de resistir à força da Sua Palavra e de julga-lo. O texto nos convida a ter paciência, a acompanhar a ação de Jesus até o fim.

31-37. A Palavra de Jesus manda sobre os demônios do mundo e as pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento porque não era apenas um papo, mas se realizava em atos concretos como a cura de um possuído. E as pessoas se questionam perante a sua identidade: quem é este homem? Este questionamento é importante e deve sempre acompanhar também a nossa caminhada.

38-41. Nestes poucos versículos é narrado um dia típico de Jesus, um dia feito de tantos encontros, sobretudo com pessoas doentes que cobram uma cura. A vida de Jesus é muito dura, pois a cobrança em cima dele é constante.

42-44. Como Jesus conseguiu lidar com tamanha cobrança sem se esgotar? É na oração, no dialogo constante e prolongado com o Pai que Jesus encontrava a força para enfrentar a luta do dia a dia e, sobretudo, para fugir da tentação do poder.

EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 5





Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11. A multidão estava ao redor de Jesus para ouvir a Palavra de Deus. É muito bonita esta imagem porque relata aquilo que Jesus era acostumado a fazer: anunciar a Palavra de Deus: é por isso que as multidões de pobres o seguiam. Existe toda uma humanidade sedenta de palavra de Deus, de Palavra de Vida: é isso que a Igreja, a comunidade deve fazer: anunciar, explicar a Palavra de Deus.

Na dinâmica da pesca milagrosa é importante salientar que o milagre acontece porque Pedro obedece à Palavra de Jesus contra qualquer evidencia. “Assim fizeram e apanharam tamanha quantidade de peixes”. Os discípulos fizeram exatamente aquilo que Jesus pediu. Na nossa vida muitas vezes não acontece nada porque queremos fazer tudo da nossa cabeça, sem nos importar daquilo que vem de Deus. O gesto de Pedro e as suas palavras são emblemáticas, pois manifestam a verdade do encontro com o Senhor. O encontro com Deus, quando é autentico, provoca a tomada de consciência do nosso pecado: “Senhor, afasta-te de mim porque sou um pecador”. Deste encontro e desta tomada de consciência nasce a vocação, o chamado: “De hoje em diante você será pescador de homens”.

12-16. Perante o sucesso Jesus não aproveita, mas se retira, porque ele não buscava a gloria dos homens, a gloria do mundo, mas sim a gloria de Deus. Jesus vive uma vida escondida do mundo porque está totalmente satisfeito e preenchido com a gloria que ele recebe do seu Pai.

17-26. Jesus é Deus, é isso que estes versículos querem nos mostrar, porque Jesus age como Deus: cura e perdoa os pecados. Significativa é a atitude dos fariseus, que apesar de presenciar milagres impressionantes, continuam questionando Jesus e a sua ação. Quem tem um coração duro não consegue perceber a presença de Deus na história.

27-32. Jesus chama para ser discípulos quem ele quiser: é a liberdade do Reino de Deus. Liberdade que incomoda as pessoas acostumadas a medir a vida dentre parâmetros preconceituosos, como é o caso dos fariseus que questionam mais uma vez as escolhas de Jesus.

33-39. O vinho novo do Evangelho exige barris novos, ou seja, pessoas novas, renovada para acolher esta grande novidade. Jesus está dizendo isso para os fariseus que, ao longo de todo o capitulo ficaram questionando-o. Jesus explica o motivo da incapacidade deles de entender a sua palavra e as suas atitudes: o coração duro, a indisponibilidade para conversão. Somente um coração humilde consegue fazer espaço para grande novidade do Evangelho.

EVANGELHO DE LUCAS CAPITULO 6



Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-11: A polemica de Jesus com os fariseus sobre o tema do sábado é muito importante. O sábado era  o dia do descanso de Deus na primeira criação. O pecado de Adão estragou o projeto bonito de Deus. Jesus nestes dois trechos mostra o sentido autentico da Lei, que é aquela de servir o homem, a mulher e por isso a Lei de Deus nunca é fim a si mesma. Jesus é o homem novo que veio inaugurar a Nova Criação, por isso ele é o Senhor do sábado, pois revela o sentido profundo desta instituição, além de manifestar publicamente que ele mesmo é Deus. A verdade de tudo isso será manifestada no dia da Ressurreição de Jesus, que marcará também o sentido do sábado. De fato, sendo Jesus ressuscitado no domingo de madrugada, será o domingo o dia do Senhor na Nova Criação e não mais o Sábado da Antiga criação.

12-16. Nos momento importante da vida, Jesus antecipa as decisões com um momento prolongado em oração. Neste trecho é narrada a escolha dos doze discípulos, que é antecipada de uma noite em oração. É sem duvida um grande ensinamento para nós. Perante as decisões importantes da vida, em vez de endoidar é bom apreender a entregar tudo nas mãos de Deus.

17-36. A verdade da nossa busca do Reino de Deus deve ser visível na vida corriqueira. A que adianta que pra nós Deus é tudo se depois passamos o tempo acumulando terras, dinheiro, construindo mansões? Por isso Jesus declara bem aventurados os pobres, porque se aqui na terra são injustiçados, Deus dará para eles o Reino de Deus. Aqueles que aqui na terra buscam a vida boa sofrerão as penas do inferno na vida futura. Aqueles que aqui na terra sofreram por causa das injustiças dos poderosos do mundo serão colocados lá em cima no Reino de Deus. Esta é a justiça de Deus.
Amar os inimigos, assim como Jesus pede neste trecho, é o sinal da nossa liberdade e da nossa confiança em Deus e não nas nossas forças. Se não quisermos ser afetados do mal produzido pelo ódio dos nosso inimigos, precisamos seguir as indicações de Jesus que nos convida a rezar por eles até o ponto de chegar à ama-los: é mole?

36-45. A essência da vida cristã é a misericórdia, o perdão. Quem não é capaz de perdoar, de dar o braço a torcer é porque não tem Deus no coração. Se frequentamos a Igreja é para abastecermos a nossa alma do amor daquele Senhor Jesus que em cima da cruz teve palavras de misericórdia para os seus algozes.

46-49. A pessoa é sabia e inteligente quando aprende a dedicar tempo á própria formação espiritual e humana: isso exige tempo e dedicação. Quem ,pelo contrário, é apenas preocupado pela aparência, com aquilo que os outros pensam e dizem, gastará o tempo a enfeitar o externo e a vida dele será como uma casa construída em cima da terra, que o primeiro vendaval a derruba.