Estudo Bíblico para CEBs
Paolo Cugini
1-13. Toda a vida de Jesus é mergulhada no silencio. Dos 12 anos de
idade até os trinta não temos noticias sobre a sua vida: silencio. Aos trinta
anos, antes de iniciar a sua atividade publica, Jesus transcorre 40 dias no
deserto. Quer dizer isso? Talvez seja este silencio profundo que Jesus buscou
continuamente também ao longo dos três anos de atividade publica, o segredo da
sua serenidade, da sua clareza de intenções. No deserto Jesus é tentado pelo satanás
revelando assim a própria humanidade e o caminho para permanecer ao plano de
Deus. A primeira tentação é o desafio de controlar a vida instintual. O homem e
a mulher que não conseguem controlar os próprios instintos são condenados a uma
vida de escravidão. O mesmo discurso vale pela tentação do poder e do dinheiro
que futuca as pessoas ao longo da vida, em busca de uma vida fora do alcance de
Deus e acima de Deus. É isso que a segunda e a terceira tentação tentam
estimular: uma vida autossuficiente, independente de Deus. Se libertar destas
tentações é o grande desafio da vida espiritual, pois as tentações nos
acompanham ao longo de toda a vida.
14-21. Jesus começa a sua atividade publica numa sinagoga
explicando a Palavra de Deus: será esta a grande caraterística da sua missão.
Jesus é o Mestre que nos ensina os mistérios de Deus, que nos explica a
Palavra. Neste trecho Jesus se apresenta como a chave de intepretação do Antigo
Testamento: “Hoje se cumpriu esta
passagem da Escritura”. Jesus, a sua pessoa, os seus gestos e as suas
palavras são o cumprimento, a realização de tudo aquilo que está escrito na
Lei: de agora em diante é necessário prestar atenção a Ele, ao seu ensinamento.
Esta frase de Jesus é uma grande indicação por todos aqueles que querem
aprender a amar a Palavra: deve ser lida a partir de Jesus, pois sem Ele,
torna-se incompreensível.
22-30. A reação do povo perante estas afirmação de Jesus é dura e
não poderia ser diferente, pois Jesus tinha modificado de uma vez o sentido que
o mesmo povo dava da Palavra. A tentação é de resistir à força da Sua Palavra e
de julga-lo. O texto nos convida a ter paciência, a acompanhar a ação de Jesus
até o fim.
31-37. A Palavra de Jesus manda sobre os demônios do mundo e as
pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento porque não era apenas um papo,
mas se realizava em atos concretos como a cura de um possuído. E as pessoas se
questionam perante a sua identidade: quem é este homem? Este questionamento é
importante e deve sempre acompanhar também a nossa caminhada.
38-41. Nestes poucos versículos é narrado um dia típico de Jesus,
um dia feito de tantos encontros, sobretudo com pessoas doentes que cobram uma
cura. A vida de Jesus é muito dura, pois a cobrança em cima dele é constante.
42-44. Como Jesus conseguiu lidar com tamanha cobrança sem se
esgotar? É na oração, no dialogo constante e prolongado com o Pai que Jesus
encontrava a força para enfrentar a luta do dia a dia e, sobretudo, para fugir
da tentação do poder.
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