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martedì 1 settembre 2020

CARTA AOS ROMANOS CAPITULO 9-11





Estudo bíblico para CEBs
 Paolo Cugini

Sendo que nestes capítulos da carta aos Romanos Paulo trata do mesmo tema achamos necessário que nos círculos bíblicos sejam lidos juntos, para não perder o fio da conversa.

9,1-29. O tema destes três capítulos é a conversão de Israel. Paulo tenta responder a um tema importante no debate das primeiras comunidades, ou seja, o destino do povo hebraico, o mesmo povo de Jesus, dos Apóstolos e de Paulo. O problema deriva do fasto que foi o povo hebraico a matar Jesus, o povo que tinha recebido as promessas. Por isso Paulo se pergunta: será que Deus esqueceu as promessas feitas aos patriarcas? Será que Deus é infiel? De jeito nenhum. Paulo faz o exemplo do oleiro para explicar como Deus é capaz de moldar a massa, qualquer que ela seja. Para reforçar esta tese Paulo traz por dentro do discurso algumas citações do A.T.: Is, 1,9; Os 2.

10,1-21. Problema: será que os hebreus não tiveram a oportunidade de ouvir o anuncio da vinda do Salvador? De jeito nenhum! De fato, Paulo mostra como desde o Antigo Testamento muitos profetas anunciaram a vinda do Salvador. “Será que eles não ouviram? Entretanto pela terra inteira correu a sua voz; até os confins do mundo as suas palavras” (10,18).

11, 1-36. É neste capitulo que Paulo dá a resposta clara utilizando a parábola da oliveira silvestre a oliveira cultivada. “Assim aconteceu para que a queda de Israel tornasse possível a salvação para os pagãos e para que Israel ficasse com ciúme”( 11,11). Neste versículo fica clara a posição de Paulo, que ele explica nesta parábola da oliveira. Na oliveira foram cortados alguns ramos e foram enxertados ramos de oliveira selvagem, não deve ser motivo de envaidecimento, pois como Deus cortou os ramos da oliveira boa, pode cortar também os ramos enxertados da oliveira selvagem. Problema: o povo de Israel, que recebeu as promessas pelos patriarcas, será que ficará de fora da salvação pelo fato que no momento presente não reconheceu em Jesus o Messias anunciado pelos profetas? A resposta de Paulo é, como sempre, muito clara: “O endurecimento de uma parte de Israel vai durar até quando chegue a plenitude das nações. Então todo Israel será salvo” (11,25-26). Então para Paulo a desobediência momentânea de uma parte do povo de Israel tem uma finalidade pedagogia para permitir que a salvação chegasse também para os pagãos. E assim, depois que todos os povos reconhecem o Senhor Jesus como único salvador, também Israel reconhecerá Jesus como único mediador de salvação.



giovedì 31 dicembre 2015

A CONSOLACAO DE ISRAEL



Isaias 40-55 (2)
Paolo Cugini

2. A CONSOLAÇÃO DE ISRAEL
Evangelho é um termo que na antigüidade sinalizava uma pessoa que ia anunciando uma vitoria. Quem fazia isso eram as sentinelas (em grego: euanghelion) que quando o êxito da guerra era positivo corriam rápido para anunciar a boa nova[1]. No Deuteroisaias evangelho se torna o termo técnico para o anuncio do novo evento pascal, da libertação da escravidão para a libertação. Este evento e anunciado por uma mulher[2] como todos os anúncios pascais da historia da salvação[3]. Este novo evento pascal exige, como o antigo êxodo, três momento históricos salvificos diferentes:
  1. Uma nova eleição de Israel da terra de escravidão;
  2. Uma nova passagem através do deserto;
  3. Uma nova aliança.
A nova eleição significa que Deus volta a chamar o seu povo, como já fez na época da escravidão no Egito, com a grande diferença que enquanto no Egito o povo era em continua expansão, aqui na Babilônia o povo esta se extinguindo. Então este chamado de Deus, esta nova eleição é, na realidade, uma nova criação. Em hebraico o mesmo verbo significa tanto gritar como chamar. Isso quer dizer que gritando, proclamando a Palavra[4], Deus, cria os eventos chama á existência. A Palavra de Deus cria os eventos históricos[5].

Através das Palavra profética o povo de Israel, morto com o exílio, vem então novamente recriado, chamado a vida, num novo relacionamento de amor para com Deus.
Esta nova chamada de Israel é o núcleo central de todos os oráculos deuteroisaianos de consolação[6]. O gênero literário destes oráculos parece que tem origem na praxe cultual, muito parecida com a praxe da penitencia. Quando os israelitas tinham problemas morais, que não podiam serem resolvidos somente com a Lei, devia procurar o sacerdote que, uma vez resolvido o caso, pronunciavam um oráculo de consolação e de exortação. Esta praxe sacerdotal explica a origem deste gênero literário, ma o utilizo que o Deuteroisaias faz no contexto da nova eleição histórica de Israel, acrescentam traços característicos:
  1. Jacó-Israel: é o nome com o qual o Dt. saias chama o povo; é o nome novo, a nova identidade que o povo recebe com a nova vocação;
  2. Servo-eleito: Israel meu servo, Jacó meu eleito[7]. Este termo eleito expressa o mistério do amor gratuito e fiel de Deus e o segundo termo precisa o sentido desta eleição. Servo significa ter uma tarefa para cumprir. A eleição não é fim a si mesma, mas é em função de um ministério, comporta uma responsabilidade no plano historio da salvação. No período antes do exílio servo era um atributo que se dava aos reis e aos profetas (servos de JHWH)[8]. Depois do exílio, quando não tem mais nem reis nem profeta, o termo servo é atribuído a todo o povo[9]. Este dato mostra que o titulo de sevo de JHWH atribuído ao povo, lhe confere também uma tarefa de mediação histórica da salvação[10].
  3. Chamado-formado: a eleição de Israel do exílio de Babilônia e equiparável ao mistério de uma nova criação[11]. Este renascimento nacional é descrito, como em Isaias[12] e em Ezequiel[13], através a infusão do Espírito de JHWH que, como água, provocará a floritura do deserto[14]. Portanto se trata de uma renascimento espiritual através da água e do Espírito, profecia do Batismo cristão[15].
  4. Não temer! Continuamente no segundo Isaias aparece este grito[16]. Somente através da fé Israel poderá ver a nova obra de salvação que está para cumprir.



[1] Cf. Is 52,7.
[2] Cf. Is 40,9.
[3] Cf. Ex 15; Sal 68; Mc 16.
[4] Cf. Is 40,6.
[5] Cf. Is 41,4.
[6] Cf. is 40, 1-2; 41,8-13; 41, 14-16; 43,1-4; 43,5-7; 44,1-5; 44,21-22; 54,4-6ª.
[7] Cf. Is 41,8-9; 44,1-2; 45,4.
[8] Cf. Is 37,35; is 20,3.
[9] Cf. Jer 30,10; Ez 28,26.
[10] É a tese de A. MELLO, Isaias, Comento exegético-espiritual, Ed. Qiqaion, Com. De Bose, Magnano 1986, p. 62.
[11] Cf. Is 44,1.24.
[12] Cf Is 32,15.
[13] Cf. Ez 36-37.
[14] Is 44, 5-6.
[15] Cf. Jo 3,3-5.
[16] Cf. Is 41,10.14; 43,15; 44,2; 54.4.

O RESTO QUE ACREDITA




O RESTO QUE AINDA CRE
ISAIAS 7-8
Paolo Cugini
A grande pregação de Isaias se concentra no redor de dói momentos:
  1. 734-732: conquista do reino do Norte
  2. 705-701: conquista de Judá
Em ambos os momentos a pregação de Isaias apresenta os mesmos temas:
  1. Somente JHWH é o santo que pode dar a salvação para o povo;
  2. Quem não confia nele vai encontro ao julgamento;
  3. Somente quem acredita se salvará: ficará.
A posição política de Isaias será sempre a mesma: a recusa e qualquer tipo de aliança com poderes histórico, aliança que afeta a confiança na força de Deus.
  1. Contra a aliança de Acaz com a Assíria contra Damasco e Israel (734-732)
  2. Contra a aliança de Ezequia com o Egito e Babilônia  contra a Assíria.
Toda aliança é para Isaias um sintoma de idolatria, de confiança em algo que não é o Santo de Israel e, por isso, não pode dar certo, pois não pode dar salvação.
A fé (7,1-6.9)
Síntese dos dados históricos:
  1. Chegam os invasores, muito mais poderosos de Judá, com a idéia de tirar o trono de Acaz e eleger rei Bem Tabeel.
  2. Medo coletivo;
  3. Intervenção do profeta Isaias com no colo o filho cujo nome resume o sentido da vontade de Deus: um resto se converterá.
Isaias pede a Acaz de ter fé somente em Deus. “Se não acreditais, não sereis salvos”. Crer em Isaias quer dizer duas coisas:
  1. Ter confiança, ficar tranqüilos, não ter medo: é a confiança total de quem se entrega a Deus (v.4), como uma criança no colo de sua mãe. Este tema da confiança em Deus que se manifesta na calma, é um tema típico de Isaias[1]. Não se trata de uma postura infantil, ingênua, mas sim da atitude da pessoa está investindo tudo na Palavra de Deus, na consciência que somos chamados a colaborar ao projeto de Deus, mas mesmo assim é somente Ele que pode realizá-lo de uma forma completa. Fé para Isaias é uma forma interior de paz, de calma confiante.
  2. Esta confiança nasce da capacidade de observar Deus que age, saber olhar a obra de Deus[2]. Toda a criação é obra das suas mãos. Para Isaias também a historia é obra das mãos de Deus. Dentro da historia humana Deus realiza uma obra de salvação, que é a única real, a única que oferece um sentido a toda a historia. Esta maneira de entender a historia tema as suas raízes no Dt e no Ex[3].
Fé, então, quer dizer saber reconhecer esta obra de Deus, celebrá-la, obedecê-la. Também na nossa vida eclesial e pessoal Deus realiza a sua obra de salvação. Não somos nós a cumprir esta obra: nós devemos somente reconhecê-la, a posteriori, como algo já em ação, que está acontecendo e que nós percebemos os sinais. O pecado contra a fé o pecado de incredulidade é que nós preferimos olhar a nossa historia, aquilo que estamos construindo, confiando mais nos nossos sentimentos, nas nossas intuições, nas nossas razões humanas.
Em Isaias esta contraposição é claríssima: fé quer dizer olhar a obra de Deus, a incredulidade é olhar para as nossas obras e por isso a idolatria é por confiança naquilo que não salva.
O seu país é cheio de ídolos: adoram as abras das suas mãos[4]. Este tema será levado ao cabo da reflexão deuteronomista.

O sinal de contradição (7, 10-17)
Síntese do oráculo:
  1. Isaias convida Acaz a olhar para a obra de Deus, a pedir um sinal que o ajude a percebê-la.
  2. Acaz se recusa, não quer olhar! É cego, pois prefere aliar-se com a Assíria.
  3. Deus doa igualmente um sinal, um sinal de contradição.
O sinal é o nascimento de uma criança, um filho da estirpe de Davi[5]. Talvez se trate de Ezequias, mas é difícil saber, as datas a nossa disposição não batem bem. A virgem seria então a esposa de Acaz, que sem duvida era muito jovem, sendo que Acaz, naquela época, tinha 20 anos. A palavra hebraica quer dizer jovem mulher, moça núbil[6]. Aqui pode ser entendida como recém casada, ao primeiro parto. Não supõe um nascimento milagroso, virginal. Os LXX traduziram com virgem, fazendo referência á virgem filha de Sião. É claramente uma leitura espiritual, que voltara no Trito-Isaias.
Este sinal apresenta então uma ambivalência:
  1. È sinal de salvação pela casa de Davi. Os Arameus e os israelitas querem mudar a dinastia de Judá, mas isso não acontecerá. A prova disso será o mesmo filho de Acaz, da estirpe de Davi. A promessa feita a Davi por meio do profeta Natan é confirmada. Eles querem colocar Tabeel, mas será Emanuel. Este nome quer dizer Deus conosco e ele salvará Judá dos inimigos.
  2. Pela incredulidade de Acaz e Judá o sinal se retorce contra eles mesmos: Deus mandará contra Judá a nação que Judá tinha invocado: a Assíria. Por isso também a criança viverá tempos duros, alimentos dos sobreviventes depois de uma deportação (leite e mel).
Então Ezequias será sim reis de Judá, mas será o rei de um resto.
  1. O resto é uma categoria que Isaias aplica não apenas ao povo mas também ao rei. Isso quer dizer que também o rei deve passar através de uma experiência de sofrimento, de dor, porque ele é solidário como seu povo[7].
  2. Esta experiência de sofrimento servirá como correção pelo resto, ensinará a distinguir o bem do mal, a obra de Deus da obra humana, ensinará a fé até que apreenda[8].O castigo de Deus através da Assíria servirá a criar um resto que acredita nele.
O anuncio do castigo se encontra nos oráculos seguintes:
Is 7,18-25: Castigo contra Israel e Judá, pelo qual a Assíria é só um instrumento para suscitar um resto que volte a JHWH.
Is 8,1-4: através de um novo sinal, o nascimento de um filho do mesmo profeta: Pronto saque- rápido bottino  é anunciado o castigo de Damasco e do reino de Israel. [9]
Is 8,5-10: é o anuncio do castigo também de Judá. Apesar de tudo será o plano de Deus a vencer.
A Palavra e a historia (Is 8,11-18)
Depois destes oráculos inicia para Isaias um longo período de silêncio, que durará mais ou menos 20 anos. Neste período ele falará somente para um grupo de discípulos. Apesar disso Isaias escreveu os seus oráculos que permanecerão como um testemunho: também se o povo não o escuta, ele o avisou. A palavra se realizará sem problemas.
A obra que Deus quer realizar na historia deve ainda ser cumprida, porém deus já colocou o alicerce através da sua Palavra proclamada pelo profeta. Deus já colocou em Sião a primeira pedra do novo povo que ele está construindo, o resto. Um tema parecido se encontra em Jeremias[10].
Is 8,14; 28,16: esta pedra, esta Palavra que Deus colocou é a duplo corte, terá m duplo efeito: será de tropeço por alguns, e de salvação por aqueles que acreditam. Nós podemos ler tudo isso como uma profecia da Encarnação da Palavra em Jesus, o verdadeiro resto crente, o verdadeiro sinal de contradição[11].



[1] Cf. 18,4; 30,15; 32,17.
[2] Cf. 5,12.19.
[3] Cf. Ex 14,13.21
[4] Is 2,8; 17,7-8; 22, 8-11.
[5] Cf. 8,8.
[6] Ex 2,8 Gen 24,43.
[7] Cf. toda a temática do sacerdócio autentico apresentada na carta aos Hebreus.
[8] Cf. v.15.
[9] Cf. também: 9,7-20; 5,25-29; 17,1-6.
[10] Jer 1-2.
[11] Cf. Rom 9,33; 1Pd 2,6-8.

ISAIAS 1-5 - O PROCESSO A ISRAEL



O PROCESSO A ISRAEL
ISAIAS 1-5
Paolo Cugini
Toda a primeira pregação de Isaias é dedicada aos dois temas de fundo da sua missão: o julgamento e o resto.
Nos primeiros cincos capítulos encontramos a pregação do julgamento, motivada através de um processo entre Deus e o povo. O julgamento e todo o povo, como obra histórica de JHWH, que utiliza o império assírio como instrumento de castigo, é o tema de fundo da profecia do VIIIº sec., a partir de Amos e Oseías.
1,2-3: inicia o processo e se chamam os testemunhos, o céu e a terra; é um processo histórico-cosmico. Acusação de fundo: Deus elegeu Israel no Egito, o educou com a Lei no deserto, mas Israel em Canaã não reconheceu seu Pai e se rebelou constantemente[1]!
1,10-20: aquilo que Deus deseja não é um culto para ele, mas sim o amor para o próximo. O verdadeiro culto que Deus gosta é a Justiça. “Quero misericórdia e não sacrifício”[2]. Quando se apela a Deus sem operar a Justiça é algo de vazio, inútil, sem sentido[3]. Este dato da justiça, tema clássico da pregação profética, comporta três elementos:
a.      Defensa dos pobres, solidariedade para todas as pessoas que precisam;
b.      Economia de uma igual distribuição dos bens; numa economia de prevalência agrícola significa distribuição da terra. Aqui os profetas remontam sempre a distribuição das terras ao tempo de Josué, entre as tribos de Israel. O ano sabatico foi instituído por isso mesmo, pela remissão das dividas[4]
c.       Demanda de justiça dos juiz da cidade e, em particular, do rei-messias.  Na antiga ideologia real a função do rei é aquela de exercer a justiça através de juízes justos. O símbolo disso é Samuel. Isaias ao longo da sua pregação insistirá bastante sobre isso, criando a esperança da vinda de uma messias Justo.
1,16-20: Deus convida Israel a se defender. Israel não pode se defender, mas se quiser pode pedir perdão: Deus é sempre disponível a perdoar. Infelizmente o povo continua teimoso no pecado. Sendo assim o julgamento é inevitável. Por isso deus proclama o seu julgamento.
Is 5,1-7: é uma parábola aonde Isaias esclarece a razão do julgamento de Deus contra o seu povo. Esta parábola é antes de tudo um cântico de amor. Deus é como u amante decepcionado com o seu parceiro. A amada, como no Cântico dos Cânticos, é comparada a um jardim, uma vinha[5]; o profeta é o amigo do esposo e canta para ele o seu cântico de amor pela sua esposa (vinha). Através desta parábola se expressa o relacionamento esponsal, que é a típica imagem da Aliança[6].
A recusa da amada produz o julgamento do esposo. Sendo que os frutos da vinha são estragados não quer mais que ela brote frutos.
O processo é encerrado com a condenação definitiva de Israel através de 7 maldições:
  1. Contra os latifundiários (5,8-10)
  2. Os gaudentes (5,11-17)
  3. Os incrédulos (5,18-19)
  4. Os injustos (5,20)
  5. Os sábios ( políticos, homens da corte) (5,21)
  6. Os juízes iníquos (5,22-24)
  7. Contra os maus legisladores (10,1-4)
Se trata exclusivamente de pecados políticos contra a Justiça que Deus esperava da sua Vinha. Israel é julgado no confronto da Lei



[1] Cf. Os 11.
[2] Os 6,6.
[3] Cf. Is 29,13-14.
[4] Cf. Dt 15,1-11.
[5] Cf. CdC 4,12-13.
[6] Junto com a imagem de Pai-filho (Is 1,2-3)