giovedì 31 dicembre 2015

ISAIAS 1-5 - O PROCESSO A ISRAEL



O PROCESSO A ISRAEL
ISAIAS 1-5
Paolo Cugini
Toda a primeira pregação de Isaias é dedicada aos dois temas de fundo da sua missão: o julgamento e o resto.
Nos primeiros cincos capítulos encontramos a pregação do julgamento, motivada através de um processo entre Deus e o povo. O julgamento e todo o povo, como obra histórica de JHWH, que utiliza o império assírio como instrumento de castigo, é o tema de fundo da profecia do VIIIº sec., a partir de Amos e Oseías.
1,2-3: inicia o processo e se chamam os testemunhos, o céu e a terra; é um processo histórico-cosmico. Acusação de fundo: Deus elegeu Israel no Egito, o educou com a Lei no deserto, mas Israel em Canaã não reconheceu seu Pai e se rebelou constantemente[1]!
1,10-20: aquilo que Deus deseja não é um culto para ele, mas sim o amor para o próximo. O verdadeiro culto que Deus gosta é a Justiça. “Quero misericórdia e não sacrifício”[2]. Quando se apela a Deus sem operar a Justiça é algo de vazio, inútil, sem sentido[3]. Este dato da justiça, tema clássico da pregação profética, comporta três elementos:
a.      Defensa dos pobres, solidariedade para todas as pessoas que precisam;
b.      Economia de uma igual distribuição dos bens; numa economia de prevalência agrícola significa distribuição da terra. Aqui os profetas remontam sempre a distribuição das terras ao tempo de Josué, entre as tribos de Israel. O ano sabatico foi instituído por isso mesmo, pela remissão das dividas[4]
c.       Demanda de justiça dos juiz da cidade e, em particular, do rei-messias.  Na antiga ideologia real a função do rei é aquela de exercer a justiça através de juízes justos. O símbolo disso é Samuel. Isaias ao longo da sua pregação insistirá bastante sobre isso, criando a esperança da vinda de uma messias Justo.
1,16-20: Deus convida Israel a se defender. Israel não pode se defender, mas se quiser pode pedir perdão: Deus é sempre disponível a perdoar. Infelizmente o povo continua teimoso no pecado. Sendo assim o julgamento é inevitável. Por isso deus proclama o seu julgamento.
Is 5,1-7: é uma parábola aonde Isaias esclarece a razão do julgamento de Deus contra o seu povo. Esta parábola é antes de tudo um cântico de amor. Deus é como u amante decepcionado com o seu parceiro. A amada, como no Cântico dos Cânticos, é comparada a um jardim, uma vinha[5]; o profeta é o amigo do esposo e canta para ele o seu cântico de amor pela sua esposa (vinha). Através desta parábola se expressa o relacionamento esponsal, que é a típica imagem da Aliança[6].
A recusa da amada produz o julgamento do esposo. Sendo que os frutos da vinha são estragados não quer mais que ela brote frutos.
O processo é encerrado com a condenação definitiva de Israel através de 7 maldições:
  1. Contra os latifundiários (5,8-10)
  2. Os gaudentes (5,11-17)
  3. Os incrédulos (5,18-19)
  4. Os injustos (5,20)
  5. Os sábios ( políticos, homens da corte) (5,21)
  6. Os juízes iníquos (5,22-24)
  7. Contra os maus legisladores (10,1-4)
Se trata exclusivamente de pecados políticos contra a Justiça que Deus esperava da sua Vinha. Israel é julgado no confronto da Lei



[1] Cf. Os 11.
[2] Os 6,6.
[3] Cf. Is 29,13-14.
[4] Cf. Dt 15,1-11.
[5] Cf. CdC 4,12-13.
[6] Junto com a imagem de Pai-filho (Is 1,2-3)

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