giovedì 31 dicembre 2015

A SALVACAO DE SIAO



A SALVAÇÃO DE SIÃO
 (Is 28-29; 36-37;2)
Paolo Cugini
Isaias anunciou o castigo de Jerusalém desde os tempos da guerra Siro-efraemita, ma chegando perto da sua realização acontece algo de inaudito, de novo.
28,21: Deus mesmo se coloca como inimigo de Sião, como no tempo passado eram os Filisteus.
29,1-3: Deus coloca o acampamento como Davi contra Jerusalém, Ariel (=fogão do templo). O Emmanuel não é mais o Deus conosco, mas sim o Deus contra Israel.
29 4-8: contra Jerusalém não é somente a Assíria, mas também a massa de todas as nações. Isso porque talvez no contingente dos assírios tinha militares das nações submetidas. O assedio de Jerusalém começa por obra dos assírios, chefiados por Sennacherib, foi realizado no 701 a.C. Sennacherib tinha arrasado na Judéia, e em poço tempo tinha chegado as portas de Jerusalém, pronto para saqueá-la. E ali, quando tudo parecia predispor para um saque rápido aconteceu algo de improviso.
Nos capítulos 36-37 é explicado pó motivo desta mudança de situação. Sennaquerib, no auge da sua gloria, se permitiu de insultar YHWH e isso provoca a virada. Deus, que até então estava castigando o povo infiel de Israel pela mão do exercito de Sennaquerib, depois de ter sido insultado pelo orgulhoso chefe, muda de opinião. Em 2 Cr Sennaquerib coloca YHWH no mesmo patamar dos outros deuses. É o período em Jerusalém é sempre mais consciente que YHWH não é um Deus como os outros, mas que é o único verdadeiro Deus.
37,1-7: a partir deste momento, a pregação de Isaias, sempre lúcido em captar os sinais de Deus, muda totalmente: anuncia a salvação de Jerusalém, a sobrevivência do resto, o retiro dos assírios.
37,30-35: Ezequias já tinha pago uma boa contribuição em dinheiro para se apaziguar com Sennaquerib, só que este, como de costume, queria mesmo tomar posse de Jerusalém, saqueá-la. Então porque Sennaquerib improvisamente se foi? Duas interpretações:
  1. Uma noticia de fora, talvez a noticia de rebelião de Babilônia;
  2. Uma grave doença: a peste.
Talvez a primeira hipótese seja a mais provável. De qualquer maneira, porém, a Palavra de Deus se realizou: as nações se dispersaram[1].
Apesar disso, do sucesso da profecia de Isaias, falta ainda algo. De fato, o resto ainda não é o resto crente que Deus pensou. Tem um texto pessoa de Isaias[2] onde manifesta a própria decepção no confronto do resto que ainda não se converteu. Com esta experiência negativa inicia a ultima fase de Isaias. O profeta ache que dificilmente vai ver o resto convertido, mas não desespera pela promessa divina. Por isso ela não cansa de profetizar e de proclamar a verdadeira salvação de Sião, porém com um evento escatológico, um evento ainda escondido no futuro de Deus.
Nos primeiros capítulos nós encontramos alguns oráculos sobre Sião, que sem duvida devem remontar a este período, o ultimo período de Isaias. É uma espécie de trilogia, com uma sucessão de tema interessante:
  1. 1,4-9: Sião é toda cheia de feridas; não é mais uma vinha, mas só uma casinha abandonada: é a imagem de uma devastação moral. Jerusalém parece com Sodoma.
  2. 1,21-28: Sião é uma prostituta. A novidade é que é anunciado o tempo fnal na qual será purificada. É uma purificação cara, através do fogo,sofrimentos, e dores; mas no fim Sião srá novamente a cidade fiel, justa, santificada pela presença divina. Só então haverá um resto santo[3].
  3. 2,1-5: é o terceiro momento da profecia de Isaias. Jerusalém, no final dos tempo, será sinal de salvação pelas nações. Têm alguns temas importantes neste trecho que é bom destacar:
a.      A glorificação de Jerusalém. Sião na realidade não é a montanha mais elevada[4]: é por isso necessária uma sua refundação, a sua elevação para que Jerusalém seja visível para todos. Sião será fundada novamente não em cima de pedras, mas da fé, pois a visibilidade dela será uma nova credibilidade, uma nova luz sairá dela por causa da sua fé e justiça. Uma imagem física, que, porém expressa uma realidade espiritual[5].
b.      A peregrinação dos povos. Os mesmos povos que tinha lutado contra Sião, agora estão subindo em paz, na peregrinação, provavelmente na festa das cabanas. Estão subindo não para realizar um sacrifício, mas para escutar, para serem instruídos por Deus com a Lei e com a Palavra dos profetas[6].
c.       A conversão dos povos. Os povos acolherão a Palavra e assim serão convertidos.Aqui a conversão se realiza como paz entre os povos. O ensinamento humano é a guerra, o ensinamento de Deus é a paz. É a primeira vez que aparece este tema muito importante de Isaias, ou seja, o tema da paz. Para Isaias é isso o Reino de Deus: paz. A guerra inicial se muda em paz. A derrota dos povos é na realidade a derrota da idéia de guerra[7].
Nesta maneira Isaias profetiza que a verdadeira salvação de Sião não será apenas a preservação dos inimigos, mas sim o cumprimento de uma missão universal de paz. Jerusalém é a cidade escolhida por Deus para ser instrumento de paz por todas as nações. Esta profecia irá iluminar a sucessiva pregação profética[8].



[1] Cf. Is 17,12-14.
[2] Cf. Is 22,1-4.12-13.
[3] Cf. Is 4,3.
[4] Cf. Sal 125,1
[5] Cf. Mt 5,14.
[6] Cf. 1Pd1,1s
[7] Cf. Gal 4,9-10.
[8] Interessante neste sentido, o reverbero desta teologia isaiana na reflexão de Paulo (cf. Ef 2). Cristo é considerado o instrumento por Deus escolhido para realizar a reconciliação entre os povos divididos. Além disso, a Eucaristia é considerada instrumento de paz (1 Cor 10-11).

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