mercoledì 15 dicembre 2021

Epifania do Senhor

 



(Is 60,1-6; Sal 72; Ef 3,2-3.5-6; Mt 2,1-12)

 

Paolo Cugini

 

1. As solenidades do tempo de Natal encerram com a Epifania do Senhor. A Epifania explica de antemão o sentido da vinda de Jesus no meio de nós: ele veio para unir aquilo que estava dividido: “Os pagãos são admitidos á mesma herança, são membros do mesmo corpo” (Ef 3, 6). Se isso é verdade, a solenidade da Epifania desvende também o caminho que a Igreja deve realizar neste mundo: ser sinal de comunhão e instrumento de paz. As comunidades devem se tornar espaços abertos, aonde qualquer pessoa de qualquer povo possa se sentir bem à vontade e acolhido. É claro que essa abertura toda envolve cada um de nós, naquele espaço de mundo no qual é chamado a viver. Mas o mundo que Jesus veio a apaziguar para se tornar instrumento de comunhão é a nossa mesma humanidade: é em nós que deve acontecer a comunhão. Os braços abertos do menino Jesus são os mesmos da cruz: uma humanidade aberta, que sabe somente se doar. Este é o caminho que a Epifania aponta.

Problema: como a nossa humanidade estragada pelo egoísmo, pode conseguir a se tornar aquele espaço aberto aonde as diferenças vivem em comunhão e os antagonistas se reconciliam?

 

2. São membros do mesmo corpo, são associados á mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho” (Ef 3, 6).

 

A nossa humanidade poderá tornar-se espaço aberto somente em Jesus e por meio do Evangelho. Palavras simples, mas amiúde esquecidas. Quantas vezes encontrei nestes anos de sacerdote, pessoas que se massacravam para melhorar as próprias atitudes, mas era evidente que o esforço apoiava tudo sobre eles mesmos, apesar das aparências e das abluções cultuais. Ou, também, quantas pessoas, depois de ter tentado com imediato insucesso de melhorar a própria humanidade, desistem conformando-se á uma vida de baixo nível moral?  Jesus Cristo é o único capaz de sarar a nossa humanidade e faz isso através do Evangelho, porque, segundo são Paulo o Evangelho é potencia de Deus

 (cf. Rom 1,16), ou seja, aquela mesma força que agiu na Ressurreição de Jesus, age no Evangelho. Cabe então a nós fazer espaço na nossa vida ao Evangelho de Jesus para deixar a sua luz entrar e iluminar as nossas trevas; deixar a sua verdade bagunçar a nossa vida mergulhada na mentira. São os braços abertos de Jesus no presépio que apontam o caminho que devemos realizar, que é o caminho da confiança sem opor resistência, sem querer saber de antemão aquilo que não podemos saber. Os reis magos caminharam atrás de uma estrela sem saber aonde os levava: esta é a fé! O Evangelho aperfeiçoará as nossas vidas se o seguiremos assim como ele é, e não como nós queremos que seja. A Epifania do Senhor aponta para uma humanidade de braços abertos, uma humanidade sorridente, que olha constantemente na direção do seu Salvador, uma humanidade que aprende a não se queixar toda hora por coisas fúteis, sem nenhuma importância, mas esbanja esperança por todos aqueles que se aproximam.

 

 

3. “ Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém”( Mt 2, 3).

 

Uma humanidade aberta, disponível e generosa, perturba o juízo dos egoístas e hipócritas deste mundo: os carinhas ficam malucos! Logo que Jesus entrou no mundo, Herodes e os poderosos como ele ficaram doidos, porque? Quem é acostumado a controlar tudo,a controlar a própria vida e a vida dos outros para ficar tranqüilo,  não aceita a novidade. Só que o Espírito é novidade, é criativo, não sabe de onde vem e aonde vai (cf. Jo 3). E os cristãos também são livres, simples, amigos de todos, disponíveis a si doar gratuitamente. Esta é a tarefa da Igreja: ser sinal de contradição (Lc 2, 34), incomodando o mundo (Ap 11,10),tirando o mundo do serio. O ódio de Herodes para com o menino Jesus e de deixar pasmos: porque tanta raiva? O que pode fazer um menino para provocar a morte de tantas criancinhas? A Verdade, a Luz, o Amor, a Justiça se fez carne e veio a morar entre nós: é este o problema! Acolhendo o Evangelho na nossa vida, não apenas estaremos deixando espaço para a força de Deus transformar as nossas vidas, mas também nos tornaremos possibilidade de conversão para os outros. E tudo isso tem um preço: o ódio do mundo. “Não vos admireis, irmãos, se o mundo vos odeia” (1Jo 3,13). A solenidade da Epifania, que hoje celebramos, nos lembra que, quem busca Jesus como os Magos que vieram do Oriente para adorar o Senhor, sofre o ódio do mundo que não gosta de Deus e do seu Filho Jesus. Só que nós sabemos que “Deus nos deu a vida eterna e esta vida está em seu Filho(1Jo 5, 11).

Fitar os olhos no presépio, no menino Jesus não significa permanecer num infantilismo religioso que busca uma espiritualidade ligada a sentimentos passados; pelo contrario preencher os olhos de Jesus menino neste tempo natalino, significa manter viva a esperança que é em nós, para enfrentarmos com mais coragem e força o ódio do mundo.

 

4. “Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho” ( Mt 2,12).

 

Quem busca a Deus de coração puro não ficará desamparado. Quem entrega a própria vida nas mãos de Deus, descobre o sentido do versículo acima citado. Os Magos deixaram tudo para procurar a Verdade e, apesar de tantas dificuldades, voltaram para a sua terra despojados do ouro, incenso e mirra, mas enriquecidos de um encontro que preencherá as vidas deles para sempre. Esta é a verdade misteriosa da fé, que nos coloca num plano diferente da realidade, o plano do Espírito, das coisas do céu (cf Col 3,1), que pode acreditar somente quem vê, e pode ver somente quem busca e é encontrado pelo Senhor. Pois a realidade é esta: Deus em Jesus se manifestou (Epifania) e nele  colocou a vida: cabe a nós descobri-lo para conhecê-lo e, conhecendo-o, amá-lo e amando-o viver para sempre.

 

 

 

Pintadas-Ba       2011                                                                         Pe Paolo Cugini

 

 

 

 

 

 

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