lunedì 19 ottobre 2015

VINDE VER




Domingo, 18 janeiro 2009- II do tempo Comum/B
1Sam 3,3-19;1Cor 6,13-20;Jo 1,35-42

Paolo Cugini

1. Terminamos o tempo de Natal meditando sobre o mistério da Encarnação do Filho de Deus, que se fez homem, expressando o desejo de Deus de morar no meio de nós, e entramos hoje naquele que a liturgia chama de tempo comum. Neste tempo, que aliás é tempo da nossa vida que não é feito de eventos excepcionais, mas do dia a  dia, das coisas corriqueiras, somos convidados pela liturgia a realizar o plano de Deus, que é um plano de justiça, de amor, de partilha. Por isso o tema de hoje é a vocação, ou seja uma reflexão sobre o mistério extraordinário de Deus que chama o homem, cada homem e mulher por nome, para colaborar ao seu Reino de amor. Vamos, então parar a nossa reflexão sobre este mistério, parando o nosso olhar primeiro no texto de 1 Samuel e, depois, sobre o Evangelho.

2. “Naqueles dias Samuel estava dormindo  no templo do Senhor, onde se encontrava a arca de Deus. Então o Senhor chamou: “Samuel, Samuel” Ele respondeu: “Estou aqui” (1 Sam3, 3-4).
É bom parar um pouco e saborear este primeiro dato do mistério da vocação: Deus conhece o meu nome! Não é algo de incrível? Nós, porem, podemos objetar que isso aconteceu mais de três mil anos atrás e que Deus agora não se manifesta desta forma tão direta. Se a Palavra de Deus não mente, come atualizar este texto, para quer possa falar pela nossa realidade?
O nome, na mentalidade bíblica, aponta ao ser da pessoa, á sua mesma identidade. Deus chamando por nome, não está apenas dizendo uma palavra, algumas letras, mas apontando para o universo pessoal da pessoa chamada. Deus chama também hoje e faz isso através da sua Palavra. Existem momentos na vida pessoal, que a Palavra de Deus entra com uma intensidade tão profunda, que até  parece  envolver os sentidos. Só que muitas vezes nem sabemos discernir com precisão aquilo que está acontecendo, pois não somos acostumados a sentir Deus tão perto. Por isso Samuel precisou de Eli, o sacerdote do templo de Deus, que o ajudou a destrinchar o sentido da voz que ouvia no sono. O papel de Eli é hoje o papel do diretor espiritual, do guia espiritual, que ajuda o jovem a perceber a vontade de Deus, para que a vida dele se torne uma resposta ao Senhor.
Tem outros dois dados que me parece importante frisar neste texto. O primeiro é fato que, se Deus chama é para entregar uma tarefa. Samuel é chamado por Deus para anunciar o desastre de Israel por causa da idolatria. Quando Deus nos chama é porque quer que colaboramos para a construção do seu Reino. Deus me chama e me oferece um sentido de vida, um rumo, um objetivo. Se na nossa cidade tem tanta gente vivendo a toa, sem fazer nada, estragando a vida dos outros, não é por falta do chamado de Deus, ma de uma resposta.
O segundo dato que quero frisar é o versículo final: “Samuel crescia, e o Senhor estava com ele. E não deixava cair por terra nenhuma de suas palavras” (1 Sam3, 19).
Se abrimos mão com facilidade do nosso compromisso com a Palavra de Deus,  talvez é porque falta aquele experiência sensível e profunda de Deus que marca a vida do cristão.

3.No Evangelho que hoje ouvimos aparecem os mesmos assuntos, com algumas diferenças, que agora iremos analisar.
A primeira diferença é que no Evangelho encontramos dois jovens, que são já discípulos de João Batista, quer dizer dois jovens já em busca do sentido da vida. Atualizando este versículo me parece que é isso o papel de uma paróquia: ajudar os jovens a descobrir o sentido da própria vida, colocando-os numa situação de escuta. Este é um trabalho pastoral e espiritual, que muitas vezes as paróquias esquecem de realizar, dizendo que falta tempo. Na realidade, na perspectiva do Evangelho, isso deveria ser a prioridade.
Também neste trecho do Evangelho, aparece o mesmo dato que encontramos na primeira leitura, ou seja a necessidade de um orientador, que ajude a discernir a vontade de Deus e mostre o caminho para encontrar Jesus.
 “João estava de novo com dois  de seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!”(Jo 1,35-36).
Mas aquilo que chama mais atenção no Evangelho de hoje é a resposta de Jesus.
“Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “O que estais procurando?”. Eles disseram: “Rabi, onde moras?” Jesus respondeu: “Vinde Ver”. Foram pois ver onde moravam e, nesse dia, permaneceram com ele”(Jo 1, 38-39).

São estes dois versículos extremamente intrigantes. Neste caso não é Jesus que chama, mas são os discípulos, que, orientados por João, seguem a Jesus. O que podemos aprender de importante destes dois versículos? Antes de mais nada, que a vida cristã não se identifica com a participação de ritos ou liturgias, mas é convivência com Jesus, partilhar o seu estilo de vida, as suas idéias, os seus objetivos. Ser cristão, ser um batizado, quer dizer isso mesmo, desejar que na própria vida se reflita a luz de Cristo. Para isso acontecer é preciso morar com Ele, viver com Ele. Como é possível realizar isso hoje? Como o mesmo Jesus disse, quando as pessoas se amam, quando as pessoas vivem escutando a sua Palavra, Ele está presente. É preciso, então, fazer com que a nossa vida se torne uma busca constante da vontade de Deus.

4. “Jesus respondeu: “Vinde ver” (Jo 1, 38).
O que os discípulos viram? Eles sem duvida nenhuma, não sabiam o que iriam encontrar, mas nos conhecemos a historia completa e então podemos dizer que os dois discípulos, indo aonde Jesus morava e vivendo com Ele, viram e conheceram a Cruz. Partilhar a vida de Jesus significa trilhar o seu caminho, que é o caminho do amor, da doação total e gratuita de si, da entrega total, que tem um preço altíssimo: a própria vida.
“Quem perder a própria vida pra mim irá encontrá-la”. São palavras de Jesus que, ás nossas orelhas acomodadas, podem ressoar um pouco estranhas, mas é isso mesmo. Se quisermos encontrar a nossa vida, o sentido dela, a felicidade, não temos outro jeito que caminhar atrás do Senhor Jesus, vivendo com Ele, participando do Seu sonho de um mundo mais Justo e solidário.

5. Vale a pena, Também, gastar um tempinho para comentar os versículos da secunda leitura, pois são ligados com o tema vocacional de hoje.
Fugi da imoralidade... Ou ignorais que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que mora em vós e vos é dado por Deus?” (1 Cor 6,16.19).
É impossível para um jovem que vive na imoralidade, conseguir perceber e realizar a vontade de Deus. Isso quer dizer que o primeiro passo para um autentico caminho vocacional,  é arrumar a própria vida sexual. Talvez alguém não consegue eliminar toda a imoralidade da própria vida de uma vez, mas pelo menos é necessário se colocar no  caminho, no desejo que o Senhor nos liberte para sermos capazes e em condições de ouvirmos a sua vontade sobre nós.








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