mercoledì 13 febbraio 2019

Solenidade da Ascensão do Senhor/C





( At 1, 1-11;Sal 47; Ef 1,17-23; Lc 24, 46-53 )

Paolo Cugini

1. A solenidade da Ascensão do Senhor, que hoje celebramos, deveria nos ajudar a entender o sentido da missão da Igreja no mundo e também do nosso batismo, sendo que é neste sacramento que recebemos o Espírito Santo. De fato, é na Ascensão do Senhor que os discípulos recebem o mandato de anunciar a todos os povos o Evangelho. Tarefa da Igreja é, então, ser testemunha de Cristo. Além disso, a Ascensão do Senhor nos ensina que o Evangelho não apenas um anuncio terreno, que termina na Terra. O Evangelho não é um código de comportamento moral, mas é a indicação de um caminho que tem como meta o encontro como o Pai. Assim como Jesus passou através da sua paixão e morte, deste mundo para o Pai (Jo 13)- é este o sentido da sua Páscoa-também nós devemos escutá-lo para podermos passar também nós com Ele deste mundo para o Pai. É por isso que somos convidados a anunciar ao mundo o seu Evangelho, o seu único caminho de salvação. E aqui vem o problema:  Como é possível anunciar este caminho de salvação?

2. “Foi a Ele que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão” (At 1, 3).
Primeiro Critério para testemunhar Jesus no mundo é conhecê-lo, é a familiaridade com Ele. Jesus não é uma idéia abstrata, mas uma pessoa concreta.Jesus não uma criação literária, não é fruto da fantasia humana. Jesus é Deus que se fez homem e veio a morar no meio de nós: é Deus que se aproximou a nós. É por isso que é impossível conhecer a Jesus se não através de uma experiência viva, autentica, profunda. Jesus não envia os discípulos a anunciar uma idéia, e nem qualquer coisa, mas aquela experiência especifica que eles tiveram com o Senhor. Não é um caso que Jesus, depois da morte e ressurreição, apareceu somente aos discípulos, ou seja, aqueles que tinham as condições de reconhecê-lo. Por isso na raiz do nosso testemunho - pois é isso mesmo o sentido do nosso batismo!- deve existir a nossa experiência com o Senhor Jesus.  Não posso anunciar Cristo se não o conheço. Na primeira carta João relata essa mesma idéia: aquilo que nós ouvimos, aquilo que nós apalpamos com as nossas mãos nós o anunciamos a vós (cf. 1Jo 1, 1-4). A vida cristã não é feita apenas de palavras, mas sim de uma vivencia autentica com Cristo. É a aproximação dele que me permite de conhecê-lo e, assim, comunicá-lo. 

3.Recebereis o poder do Espírito Santo, que descerá sobre vós” (At 1,8).
Só que o conhecimento experiêncial e pessoal do Senhor não basta: precisamos do Espírito Santo.
Só o Espírito de Deus pode dar aos discípulos a coragem de anunciar, de testemunhar o Senhor ressuscitado num mundo que o odeia, que o massacrou, que odeia á Deus e, por conseqüência, odeia todos aqueles que falam do Filho. Esta coragem não é uma força psicológica, de origem humana, mas sim é algo que vem de Deus, do seu Espírito.
Tem algo a mais. Pra ser testemunho precisa da força que vem do fato de ser criveis. Isso quer dizer que se quisermos ser testemunhos do Senhor é preciso que o nosso encontro com o Senhor tenha modificado sensivelmente a nossa vida. De fato como podemos ser anunciadores do amor de Cristo para os inimigos, se nós odiamos alguém? Como podemos ser testemunhos da comunhão de Cristo se somos instrumentos de brigas, encrencas? Como podemos ser testemunhos da morte de Cristo que perdoou os nossos pecados, se nós não somos capazes de perdoar? Como podemos anunciar o amor de Cristo para os pobres se vivemos passando o tempo acumulando riquezas sendo, assim, instrumentos de injustiça? Testemunhar significa narrar aquilo que Jesus fez não apenas com as Palavras, mas também e, sobretudo, com a nossa mesma vida. A verdade daquilo que anunciamos deve ser bem visível na nossa carne, na nossa historia. Testemunhar não significa aquilo que Jesus fez, mas aquilo que Jesus fez para mim, a salvação que Ele troxe na minha vida. Se formos chamados a anunciar a Salvação que Cristo operou na historia por meio da sua paixão, morte e ressurreição, então tudo isso deve ser escrito na minha vida, deve ser bem visível na minha carne, no meu jeito de ser, viver, pensar. Isso se torna possível somente se o encontro com o Senhor provocou de verdade uma salvação na minha existência. Só nessa altura as palavras se tornam criveis, alcançando um peso e uma força impressionante, que penetra no coração do mundo, inquietando-o, preocupando-o, tirando-o do serio. É por isso que são Lucas, um pouco mais na frente dos Atos dos apóstolos, ao capitulo quarto, faz questão de dizer como era estruturada a comunidade dos primeiros cristãos, fruto da pregação dos discípulos.
“A multidão daqueles que tinham chegado à fé havia um só coração e uma só alma. Ninguém dizia sua propriedade aquilo que possui, mas tudo entre eles era em comum”.
É por isso que a pregação dos discípulos arrastava multidões: não era um problema de papo e de capacidade retórica, mas sim de testemunho. Aquilo que os discípulos anunciavam, ou seja, a salvação através do Evangelho de Jesus(cf. 1Cor 15,1-3) era bem visível nas suas comunidades, feitas de pessoas que em nome de Jesus viviam de uma forma totalmente nova, não mais animada pelo egoísmo humano que só provoca divisões e rivalidades, mas pelo amor de Jesus que fazia brotar entre eles a caridade e a partilha.

4. Quais são os sinais que o Espírito Santo produz na nossa humanidade que rende crível o nosso anuncio?
Em primeiro lugar a humildade. De fato, só Deus deve ser glorificado através da nossa ação. Só o Espírito pode produzir em nós este sentimento básico da vida cristã, tão presente na vida de Cristo.
Em segundo lugar a alegria. Os cristãos são alegres não por causa da conta no banco, ou de outros bens materiais, mas porque vivem com Jesus. Era isso que Santa Teresa de Jesus entendia dizer quando escrevia: “Quem a Deus tem nada lhe falta. Só Deus basta”.
Pedimos a Deus que nessa Eucaristia que estamos celebrando o Espírito Santo possa produzir na nossa vida aquela humildade e aquela alegria tão necessárias para o testemunho autentico do Seu Evangelho.





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