mercoledì 13 febbraio 2019

Domingo X°/C






1Reis 17, 17-24; Sal 130; Gal 1, 11-19; Lc 7, 11-17)

Paolo Cugini

1. Depois de celebrarmos tantas solenidades a liturgia volta no tempo comum, oferecendo para a nossa reflexão alguns temas que devem servir para orientar a nossa caminhada corriqueira. Escutando as leituras de hoje, percebe-se que o tema central é a vida. De fato, seja na primeira leitura que no Evangelho, assistimos ao milagre da ressurreição de alguém que tinha falecido. Claramente, como sempre, a liturgia nos pede de ir além dos dados materiais que os textos oferecem, para vasculhar o sentido recôndito, o sentido profundo que somente o Espírito pode nos revelar. Podemos, então, nos perguntar: o que estas leituras podem nos revelar sobre o sentido da vida? Somos disponíveis para questionar os nossos estilos e vida? O caminho da conversão, que é o objetivo do anuncio da Palavra de Deus, precisa para ser ativado de uma alma disponível a escutar, a se questionar, a por em duvida as próprias presuntas verdades. Só desta maneira o Espírito do Senhor encontra uma brecha para entrar e soprar o seu alento, a sua força de vida.

2.Quando chegou á porta da cidade eis que levavam um defunto” (Lc 7, 12).
É um versículo com uma força paradoxal incrível. Jesus veio ao mundo e o que o mundo teve para oferecer á Ele? Um defunto. É um quadro extremamente dramático e revelador, ou seja, revela bastante o sentido da vinda de Jesus na historia. Jesus ao longo da sua vida deparou constantemente com uma humanidade morta, pois aquilo que encontrou era isso mesmo, uma humanidade mergulhada no esquecimento de Deus. Esta pagina, então, vem ao nosso encontro com uma pergunta arrasadora: como está se manifestando a morte na nossa vida? Que rosto apresenta a morte na nossa existência? Se tudo mundo tem pecado, assim como sustenta Paulo (Cf. Rom 3), a morte entrou no mundo por causa do pecado então, de qualquer forma a morte age na nossa existência. Aquilo que estamos colocando não é um pessimismo apocalíptico, que olha somente o lado negativo das coisas, mas é a maneira da Bíblia ver a realidade. Se Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, esta identidade permanece autentica até quando a vida do homem fica orientada para Deus; caso contrario, quando o homem se afasta de Deus, a sua vida não é mais o reflexo da imagem de Deus, mas do seu egoísmo, do seu orgulho. Deus através do seu Filho Jesus entrando no mundo depara com um cadáver: quem é este cadáver? Só a pessoa que tiver a humildade de se identificar com o cadáver, poderá acolher o sopro de vida que Cristo trouxe. Pelo contrario, ficaremos mergulhados para sempre na nossa vidinha mesquinha, que não sai do fechamento narcisista, que busca somente se aparecer e busca isso porque dentro está vazio, morto.

3.Jovem, eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7,14).
È um dato bastante sintomático que as duas pessoas falecidas e ressuscitadas nas duas leituras de hoje, sejam uma criança e um jovem: quer dizer isso? Talvez a Palavra de Deus queira apontar o fato espiritual, que são as jovens gerações aquelas que são mais em risco do que os adultos, de sair do caminho de Deus. Uma criança é muito frágil, precisa de muito cuidado para que ela aprenda a caminhar firme. A mesma reflexão pode ser feita para um adolescente e um jovem: como é difícil nesta idade tão delicada, seguir o caminho que Deus aponta! Como é difícil resistir para um adolescente aos tentáculos de morte que o mundo oferece! Como é difícil na juventude discernir o sentido profundo da vida das ilusões que estragam a existência! O problema nessa altura é: fazer o que? O Que uma família, uma paróquia, um cristão pode fazer para ajudar o mundo a encontrar a vida verdadeira e permanecer nela? O que nós, que acreditamos em Deus, podemos realizar para que a juventude se encontre com o Senhor da vida?

4.Ao vê-la Jesus sentiu compaixão para com ela e lhe disse: não chore. Aproximou-se, tocou o caixão, e os que o carregavam pararam. Então Jesus disse...” (Lc 7, 14).
O primeiro movimento que a Igreja é chamada a realizar, perante á humanidade mergulhada na morte, é sentir compaixão. È um sentimento profundo que nasce da participação da visão que Deus tem da humanidade, participação que nós podemos somente receber. Não se trata de organizar, de projetar, planejar, mas de sentir, de compadecer. É de um coração compadecido que a Igreja precisa para encontrar uma humanidade que sofre. É este sentimento profundo que produz os dois movimentos sucessivos: aproximar-se e tocar. A inércia de tantas comunidades e de tantos cristãos é sintoma claríssimo de uma falta de compaixão. Quem sente compaixão participa do coração de Jesus e sente-se impelido a agir, a se aproximar. Estes dois verbos citados no texto do Evangelho, ou seja, aproximar-se e tocar, apontam para o caminho que cada cristão deve realizar toda vez que depara com pessoas afastadas de Deus. É preciso suspender qualquer julgamento negativo e fazer de tudo para se aproximar e tocar, ou seja tecer laços pessoais. Só desta forma é possível pronunciar a Palavra de vida. È importante, de fato, salientar que Jesus, antes de falar, se aproxima e toca o morto. Isso que dizer muitas coisas. Antes de tudo, que o anuncio da Palavra precisa de relações humanas, aliás, muitas vezes a mesma relação precede e explica antecipadamente o sentido da Palavra. Em segundo lugar, que não podemos fazer da Palavra um talismã, como se bastasse pronuncia-la para surtir efeito. Jesus é o Verbo de Deus encarnado e isso quer dizer que a Palavra de Deus entrou na historia, assumiu a nossa condição humana, e exige para ser anunciada um mergulho na humanidade. A vida cristã deveria, assim, nos ajudar para nos tornarmos mais humanos, mais sensíveis aos sofrimentos deste mundo e anunciar a Palavra como um anuncio misericordioso de amor e não como um macete que corta.

5. Tudo isso é bem visível na vida de Paulo. Na segunda leitura de hoje escutamos a grande mudança de vida que aconteceu com Paulo depois de ter encontrado o Senhor. Uma vida que produzia mais vida se aproximando e tocando a humanidade para anunciar a todos e todas a Boa Nova. Assim também nós, que estamos aqui no redor desta mesa para que o Senhor nos toque com o seu Corpo, podemos nos tornar anunciadores de vida neste mundo. Cabe a nós transformar esta Eucaristia em um estilo de vida novo que sabe envolver todos e todas as pessoas que encontraremos ao longo da semana.



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