lunedì 18 febbraio 2019

DOMINGO XVII/C






(Gen 18, 20-32; Sal 138; Col 2,12-14; Lc 11, 1-13)

Paolo Cugini

1. Ninguém duvida que o instrumento principal para entrar em contato com Deus é a oração. Todos nós, de uma forma o de outra, temos uma experiência mais ou menos profunda da oração. Quem é que não reza, ou quem é que de vez em quanto não esboça uma oração? Não existe ser humano tão ateu que, em alguma circunstancia, não tenha-se dirigido a Deus para obter alguma coisa. O problema é saber se a nossa maneira de rezar está certa, ou seja, se o nosso jeito de nos dirigirmos a Deus é fruto somente de um sentimento psicológico, comum nos seres humanos, ou se expressa o desejo de conhecer a Deus e a sua vontade. Por isso é importante também pra nós, como por os discípulos do Evangelho, pedir ao Senhor que nos ensine a rezar, para conseguirmos um relacionamento correto com Deus, um relacionamento que nos ajude a mergulhar na vida de Deus. Quantas vezes questionamos até Deus pelo fato que as nossas orações não são atendidas. Chegamos ao ponto até de duvidar da necessidade de rezar, pois se Deus não atende aos nossos pedidos, a que adianta rezar? Aquilo que podemos constatar é que a maneira errada de rezar, afasta as pessoas de Deus. Por isso, mais uma vez, nos aproximamos de Jesus como o mesmo pedido dos discípulos: “Senhor, ensina-nos a rezar”.

2. Quando rezardes dizei: Pai” (Lc 11, 2).
Com esta simples indicação Jesus oferece para os seus discípulos uma importante pista para entender o que é a oração. Se, de fato, a oração começa dizendo “Pai” isso quer dizer que não é um dever, mas algo de natural, espontâneo. Ninguém esquece de falar com o próprio pai ou com a própria mãe: seria desumano. Ninguém precisa que alguém de fora lembre do nosso relacionamento para com o nosso pai: mais uma vez é algo de natural. Da mesma forma deve ser a oração: algo de natural, algo que nasce de dentro do coração da gente, algo de espontâneo como é espontâneo pedir a benção ao pai. Nada, então, de algo de forçado. A oração não pode ser nunca uma obrigação, um dever, mas um prazer, um desejo que deve surgir do mais profundo do nosso coração. Além do mais, dizendo “Pai” expressamos um dado espiritual fundamental, ou seja, que somos filhos. Pode ser um dado banal, mas não é não. Se a oração é uma relação com o Pai, isso desvende a nossa natureza de filhos, ou seja, de criaturas humanas, que necessitam de alguém para viver. Um filho se dirige ao pai naturalmente para pedir algo. Um filho para viver precisa do pai: por isso pede e, este pedir, este se dirigir ao pai, é algo de natural. Transferindo no âmbito espiritual esta simples reflexão podemos dizer que, quando uma pessoa não reza, quer dizer que é o sintoma que ela já se acha auto-suficiente, que não precisa mais de ninguém, ou pior ainda, que ela se acha de uma certa forma, um pai, não mais uma criatura, mas um criador. Folhando a Bíblia sabemos muito bem que não existe pecado pior que o orgulho, aliás, o orgulho é uma manifestação do egoísmo, que é forma do pecado do homem, que desvende a própria resistência a Deus, a própria oposição a Ele. Quando uma pessoa não reza é porque não se sente mais um filho e, de conseqüência, não sente mais necessidade do Pai.

3. Se tudo aquilo que colocamos até agora tem um sentido, podemos continuar na reflexão acrescentando mais uma consideração. De uma certa forma podemos afirmar que a oração serve a manter vivo o sentido da realidade. Quem reza, pelo fato que se dirige ao pai pedindo, consegue manter vivo o sentido da própria realidade de criatura e, assim, de se lembrar cotidianamente que sem o Pai não é nada. Este é um dato antropológico fundamental que expressamos através da oração. A nossa condição humana é uma condição de fraqueza. Todos os dias experimentamos esta situação lidando com o medo da doença, o medo da morte, o medo que algo possa acontecer com a nossa vida. De uma certa forma, todos os dias fazemos a experiência da pobreza da nossa condição humana, da nossa condição de condenados a morte. Podemos ler neste sentido o esforço de fazer de tudo para não mostrar a nossa idade, para querer ser sempre jovens, a final de conta a dificuldade á aceitar a realidade. Temos medo daquilo que somos: condenados a morrer. Labutamos todos os dias para sobreviver: a morte, o sofrimento estão sempre na nossa frente. Talvez, seja por isso que gostamos tanto de festas, de bebidas: é uma maneira para esquecer a nossa condição humana, uma forma para fugir dela.
Pelo contrario a oração, quando é relação amorosa dos filhos com o Pai, nos ajuda a manter viva e autentica a nossa realidade e a assumi-la, acreditando que o Pai que ama os seus filhos, tem um dom especial pra eles: a vida eterna. Quem reza, que vive a própria existência perante o Pai, sabe que a morte é por aqueles que se entregam ao mundo. Quem reza, mantendo viva a própria identidade de filhos, aprende a não fugir da própria condição humana, mas a assumi-la, deixando que seja o Pai a transformá-la. Quando percebemos em nós a dificuldade de rezar, talvez seja um sintoma de um problema espiritual bem profundo, ou seja, a dificuldade de aceitar a vontade de Deus. Quem deixa a relação filial com o Pai, quem enfraquece no relacionamento filial construído e mantido através da oração, é porque está construindo sozinho a própria vida, está querendo moldá-la com as próprias mãos, recusando-se, mais ou menos explicitamente, a intervenção do Criador, o nosso Pai.

4.Portanto eu vos digo: pedi e recebereis; procurai e encontrareis; batei e vos será aberto” (Lc 11, 9).
Se quisermos manter viva na nossa vida o sentido da realidade, aceitado-a com humildade e aprendendo a não fugir perante ela, é bom escutar com atenção o conselho que Jesus nos oferece neste precioso versículo. A pessoa que ao longo dos anos vive a própria vida humana como um filho perante o seu Pai, aprende que este Pai faz de tudo para não nos deixarmos desamparados. Na oração, na sua forma de pedido, expressamos a nossa necessidade de filhos e experimentamos a bondade e a grandeza de coração do Pai. Ele, de fato, está sempre pronto á abrir a porta do seu coração, toda vez que nós nos dirigimos para Ele, seja qual for a hora. O Pai sempre no oferece o caminho de saída, que é Jesus e a Sua Palavra, toda vez que o procuramos. Além do mais, O Pai sempre nos envia o Espírito Santo para orientar as nossas intuições e guiar as nossas decisões no nosso intimo, toda vez que o pedimos.

Queremos mais de que isso?


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