lunedì 23 settembre 2019

Domingo XXVII°/A



(Is 5, 1-7; Sal 80; Fil 4, 6-9; Mt 21, 33-43)

Paolo Cugini

1. Ao longo da vida o Senhor nos oferece ocasiões para crescermos em sabedoria e graça e nem sempre sabemos desfrutá-las. Aprendemos a viver visando o lucro, o sucesso, o interesse pessoal, por isso não conseguimos enxergar tudo aquilo que de bom Deus proporciona por nós. Deus faz de tudo para que as pessoas possam viver de uma forma digna, conforme o projeto que Ele mesmo pensou, mas a ganância do mundo, a cobiça da vida atrapalha de um jeito a alma que consideramos negativo tudo aquilo que Deus prepara para nós. Esta é em síntese a historia da humanidade, que de uma certa forma é a nossa historia.

2.Por isso eu vos digo, o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos” (Mt 21, 43).
Deus não fica esperando o tempo todo um povo que não dá ousadia por Ele: este é o sentido do versículo. O Reino de Deus deve produzir frutos, pelo contrario não serve ao objetivo pelo qual foi pensado. O problema que ao longo da historia da salvação quem tomou conta do Reino foi um povo que não prestou, um grupo de pessoas, a clássica panelinha da vez que em vez de acolher a Palavra de Deus para se converter e melhorar o próprio estilo de vida, a utilizaram para julgar os outros (cf. Rom 1-2). Furto do Reino de Deus devem ser atitudes que brotam do mesmo Deus e não atitudes que saem dum coração preso ao próprio egoísmo. Por isso não basta a Palavra de Deus, mas necessitas o esforço pessoal para que a Palavra possa encontrar espaço, o terreno propicio para poder brotar os frutos desejados. Para atualizar aquilo que estamos comentando. A Igreja acabou de viver o mês da Bíblia. Então a que adianta este mês, a que adianta os círculos bíblicos, as celebrações bonitas se não se traduzem em ações concretas ditadas pela Palavra de Deus meditada? Chega de encontros, de reflexões bíblicas só para acalmar a consciência ou, pior ainda, para se sentir melhor dos que os outros!  É esta a grande responsabilidade dos católicos, das comunidades cristãs. Pode acontecer conosco aquilo que aconteceu com o povo hebraico comentado no versículo sobre citado, ou seja, de sermos cortados. Em toda missa a comunidade, junto a cada cristão, deveria se questionar sobre a maneira de utilizar os dom que recebeu de Deus. Somente com esta capacidade critica é possível ir para frente no Reino de Deus. É isso que faltou aos fariseus e aos escribas, fechados no orgulho e na ufania, se achando os donos da Palavra e não os servos dela. Este versículo que estamos comentando, que encerra o Evangelho de hoje, apesar de ser muito forte, é extremamente realista, daquele realismo sadio que ajuda a alma a se colocar no próprio lugar, que nos ajuda a não nos empossarmos daquilo que não é nosso, mas que é simplesmente nos oferecido para nos salvar.

3.Certo proprietário plantou uma vinha... Depois arrendou-a aos vinhateiros e viajou para o estrangeiro” (Mt 21, 33).
Na vinha o dono coloca os vinhateiros para trabalhar, para que a vinha possa dar uva. Isso quer dizer, interpretando a parábola, que a Igreja é nos doada para trabalhar e não para mandar. O batismo que recebemos é participação da morte de Cristo, do seu do sofrimento como sinal do seu amor para o Pai. Isso quer dizer que devemos apreender a viver a Igreja com disponibilidade a servir de uma forma gratuita, com muita dedicação, para que a graça de Deus que recebemos nos sacramentos possa brotar frutos de conversão. É interessante, também, na historia narrada da parábola, que o dono entrega a vinha aos vinhateiros e depois viaja. Isso é sinal de confiança e, ao mesmo tempo, sinal de um compromisso que exige responsabilidade. O dono da vinha entrega tudo nas mãos dos vinhateiros e isso exige não apenas confiança da parte do dono, mas também compromisso do lado dos vinhateiros. Se A vinha é a Igreja, o Reino de Deus isso quer dizer que devemos aprender a viver a nossa pertença a Igreja com mais responsabilidade, devolvendo com um compromisso sempre mais fiel á confiança que Deus tem para nós. Além do mais, a maneira de Jesus agir para conosco, parafraseando a parábola, deveria ser aprendida por todos aqueles que assumem tarefas de confiança dentro da Igreja. Para que o reino do Céu possa crescer precisa de pessoas que saibam acreditar nos outros, que tenham a mesma postura de confiança que o dono da vinha teve na historia da parábola. Ajudamos os outros a crescer humanamente, espiritualmente e eclesialmente não segurando-os, não ficando o tempo todo manando neles, mas sobretudo confiando nas suas capacidades. Jesus fez e continua fazendo isso conosco: seria bom aprendermos a fazer isso também nós com as pessoas que o Senhor coloca ao nosso lado. Somente pessoas interiormente livres conseguem viver com liberdade os relacionamentos pessoais e a não querer que todos façam do jeito que ele pensar. Quantas vezes a Igreja, nos trabalhos que desenvolve, se torna espaço para descarregar as próprias frustrações pessoais em vez de ser o terreno propicio do desenvolvimento da liberdade dos outros? Isso, infelizmente, se torna amiúde bem visível toda vez que alguém assume uma tarefa dentro da Igreja, seja ele quem for, clérigo o leigo.  Mais uma vez é bom salientar que a parábola narrada no Evangelho de hoje nos ensina que a vinha do Senhor, o seu reino, Jesus a doou para trabalhar, para servir com humildade, assim como também Ele mesmo fez, que veio para servir e não para ser servido.

4.Irmãos, não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças” (Fil 4, 6).
Na Igreja, que é vinha do Senhor, deveríamos aprender a viver assim, em tranqüilidade, sem nos inquietar com nada e com ninguém, em paz com Deus e com os irmãos. Só que para vivermos assim, precisamos entregar tudo nas mãos de Deus, aprender a viver a nossa vida como algo que está totalmente nas mãos de Deus, que seja Ele mesmo a tomar conta de tudo, da nossa vida e da nossa caminhada. É este o caminho da total espiritualização da existência cristã, o caminho feito de ações e de orações interligadas entre elas, caminho na luz de Deus que permite vislumbrá-lo a cada momento e em todo lado da nossa existência. Jesus sem duvida viveu deste jeito a própria existência terrena, com o rosto constantemente dirigido ao Pai, na busca constante da sua vontade, entregando a Ele completamente a sua causa. Pedimos a Deus que nos ensine a viver com sempre mais espiritualidade a nossa experiência de fé.


3 commenti:

  1. Reflexão profunda com muitos ensinamentos...

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  2. Agradeço pela partilha de bons e sinceros ensinamentos. Os tempos são difíceis e com eles podemos, sim - viver em equilíbrio na tranquilidade que o coração necessita, mas vivos e atentos para se necessário ir à luta como bons e honestos guerreiros em Cristo... 🙏🏾

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  3. Excelente reflexão! Uma boa reflexão para um bom retiro!

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