sabato 13 aprile 2019

IV° domingo de Quaresma/C






(Josué 5,9-12; Sal 34; 2 Cor 5, 17-21; Lc 15, 1-3.11-32)


Paolo Cugini

1.Deixai-vos reconciliar com Deus” (2 Cor 5, 20): é este o grande grito que sai da liturgia deste IV° domingo de quaresma. É um grito importante, porque nos alerta do sentido profundo da nossa caminhada de fé e de tudo aquilo que estamos celebrando na liturgia. Afinal de conta Deus mandou seu Filho Jesus num mundo dividido das discórdias, das guerras, um mundo mergulhado no ódio e na violência. É esta mundo que Deus decidiu de salvar, antes de tudo transformando a mesma natureza do homem. Tudo isso é bem visível em Jesus, o protagonista principal desta grande obra de reconciliação da humanidade. Se é, então verdade que “em Cristo Deus nos reconciliou consigo, na imputando aos homens as suas faltas” (2 Cor 5,19), isso quer dizer que a Igreja, no seu jeito de ser e de viver, é chamada a ser nu mundo o sinal desta reconciliação que Cristo realizou na cruz. O tempo de quaresma que estamos vivendo quer, assim, nos alertar que esmola, oração e jejum junto com a vida espiritual visam aprimorar o nosso relacionamento para com os irmãos e as irmãs que Deus coloca no nosso caminho. Nada,então, de individualismo religioso, mas sim uma constante atenção e abertura para com todos e todas, sobretudo nos momentos de tensões, aonde os sentimentos negativos de raiva e ira são mais solicitados. È uma humanidade nova, renovada por dentro que em Cristo, Deus quis realizar. Humanidade nova que exige a nossa disponibilidade e livre adesão. É por isso que a liturgia da Palavra proclama no dia de hoje uma das mias lindas paginas do Evangelho, pagina que merece toda a nossa atenção e reflexão.

2. Um homem tinha dois filhos” (Lc15,11).
A nossa historia humana começa assim, no relacionamento familiar. Por isso Jesus utiliza esta imagem para revelar, de um lado a impressionante misericórdia de Deus e, do outro, o impressionante egoísmo humano.  O que estes dois filhos revelam de nós?
 O filho mais jovem, aquele que saiu de casa aponta para a nossa ousadia. Tem momento, na nossa vida, que o nosso coração fica tão fechado e nossa cabeça tão duraque não quer escutar nada e ninguém, mas só o próprio orgulho. E ali somos nós com a nossa mochila nas costas, os nossos projetos, querendo saber mais de que Deus, enfrentando o mundo equipados somente do nosso egoísmo. O evangelho nos diz que deste jeito não dá: o fracasso é assegurado. Precisamos comer a comida dos porcos para que caia a ficha: esses somos nós!

Existe toda uma humanidade que pra se dar conta dos próprios erros deve ir até o fundo do poço: não tem conselho que possa pará-la. Neste caminho a experiência de Deus passa através da descoberta que o Pai não se incomoda com o tamanho dos nossos erros, com o numero das nossas faltas. Descobrimos que aquilo que Deus quer é a nossa vida, o nosso bem; descobrimos que só nEle e com Ele conseguimos a felicidade e a paz: não precisamos fugir de Deus. Então porque fugimos? Talvez porque achamos que os nossos projetos são mais bonitos daqueles que Deus nos oferece. Achamos que o nosso projeto de vida, a nossa mesma idéia de vida, seja mais completa, mais atualizada, mais humana. Precisamos deparar com a nossa desumanidade, a nossa arrogante presunção, para cairmos em nós mesmo e descobrirmos que os nossos pensamentos, os nossos projetos sem Deus não valem absolutamente nada. Também porque a historia que acabamos de ouvir nos mostra claramente, que nos projetos que queremos alcançar não tem espaço pra ninguém, mas somente pra nós, para a completa satisfação dos nossos prazeres egoístas. O Evangelho nos mostra claramente o fracasso total dum projeto de vida como este.

3. A historia do outro filho nos alerta, porém, que não basta ficar em casa, perto de Deus pra viver em paz. Atualizando: não basta ser uma pessoa de Igreja, que todo o domingo vai à missa, que é engajado nos trabalhos da Igreja e tudo mais. Depende daquilo que tenho no coração. A atitude do filho mais velho, desvende uma situação bastante corriqueira, ou seja, Ele estava perto do Pai com um seu projeto bem claro, bem definido; não era o seu um serviço desinteressado, mas fortemente interessado. Isso quer dizer que, apesar da sua aproximação com o pai, não o conhecia, pois estranhou da sua atitude, de realizar um banquete paro o irmão que tinha gastado tudo com as prostitutas. Este episodio da parábola nos alerta sobre a nossa vivencia na Igreja e nos questiona: porque estamos indo á missa? Porque estamos freqüentando a Igreja? Qual é o nosso verdadeiro objetivo? Ainda mais: qual é, então, o sentido profundo da vida cristã?

4. A resposta a esta pergunta encontra-se na postura do Pai. Com o primeiro filho não quer saber de nada, de desculpas ou de outras palavras, mas somente o acolhe entre abraços e beijos. Com o secundo filho manifesta toda a sua grandeza dizendo que tudo aquilo que tem é dos seus filhos. Com um Pai deste jeito não dá pra segurar as lagrimas: dá mesmo vontade de chorar e de se jogar aos seus pés. É um Pai que nos ama e nos acolhe do jeito que somos: é o seu amor, a sua bondade, a sua imensa misericórdia que nos transforma. E tem mais um dato extremamente importante pra ser colocado: tudo isso é de graça. Ou seja, não são os nossos atos, as nossas boas ações que produzem a misericórdia do Pai: é exatamente o contrario! Se a um certo momento da nossa existência conseguimos perdoar os irmãos e as irmãs, amar os inimigos, partilhar com os mais pobres é porque acolhemos dentro de nós o imenso amor, a imensa e infinita misericórdia do Pai. Pois o amor não cobra nada: é gratuito! É isso que a eucaristia deveria produzir em nós: uma vida gratuita, atos e ações gratuitas. É esta gratuidade o sinal mais profundo e autentico do amor misericordioso do Pai na nossa vida. É por isso que devemos perdoar sempre: porque em Cristo, Deus nos reconciliou consigo mesmo e nos perdoou uma vez por todas. É por isso que devemos partilhar tudo aquilo que temos, porque em Cristo Deus partilho tudo aquilo que de mais precioso Ele tinha:o seu único Filho. É por isso que devemos amar: porque em Cristo Deu Pai nos amou de um jeito tão profundo que fez de nós os seu filhos e filhas. É finalmente por isso que devemos doar a nossa mesma vida para os irmão e as irmãs: porque Deus em Cristo doou a sua mesma vida para nós.

Que nesta quarta semana de quaresma saibamos transformar as nossas penitencia, esmolas e orações em vida superabundante de amor.



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