domenica 10 dicembre 2023

RETIRO ESPIRITUAL DO ADVENTO – DOMINGO 10 DEZEMBRO 2023 II MEDITAÇÃO

 




PAROQUIA SÃO VICENTE DE PAULO


 

 

Paulo Cugini

 

Ele se deleitará no temor do Senhor.
Ele não julgará pelas aparências
e não tomará decisões com base em boatos;
mas julgará os pobres com justiça
e tomará decisões justas pelos humildes da terra (Is 11,3f).

Há um primeiro aspecto que se sublinha do modo de agir do futuro messias e do seu sentido de justiça. Ele não julgará pelas aparências, seu julgamento não será baseado no que vê por fora, mas procurará o interior, a intenção do coração. Ele não tomará, portanto, decisões precipitadas, ditadas pelo imediatismo, mas cada uma de suas decisões será bem pensada, resultado de uma análise cuidadosa. Justamente por isso ele não tomará decisões com base em boatos, não confiará nas opiniões comuns, no que se diz, mas ele mesmo se informará e irá diretamente às fontes de notícias para fazer seu julgamento verdadeiro. O seu julgamento, de facto, terá duas qualidades específicas: justiça e imparcialidade. Ambas as qualidades serão visíveis nos julgamentos dirigidos aos miseráveis ​​e humildes da terra, isto é, aos pobres. Este é um aspecto importante sobre o qual vale a pena refletir. Já no tempo de Isaías se percebia a necessidade de um julgamento justo para com os pobres, porque já naquela época os pobres eram vítimas indefesas das injustiças dos poderosos do momento, dos ricos, que espezinham os direitos dos os pobres, precisamente porque não têm meios para respeitar as fases.

Pois bem, a primeira função do futuro messias será precisamente a de exercer justiça igualitária para com aqueles que foram explorados na terra devido à sua condição de pobreza. Sabemos muito bem que Jesus cumprirá plenamente esta profecia, a ponto de se fazer pobre com os pobres, humilde com os humilhados da terra, para sentir em primeira mão o peso da humilhação e, assim, poder expressar uma palavra verdadeiramente justa. julgamento e não baseado em boatos e aparente imediatismo (ver Fp 2.5-11).

O lobo habitará junto com o cordeiro;
o leopardo se deitará ao lado do garoto;
o bezerro e o leão pastarão juntos
e um menino os guiará.
A vaca e o urso pastarão juntos;
seus pequeninos se deitarão juntos.
O leão se alimentará de palha, como o boi.
A criança brincará na toca da víbora;
o menino porá a mão na cova da serpente venenosa (Is 11).

O fruto da justiça do futuro messias será a harmonia entre as diferenças que conduzirá à paz. Os oito pares de opostos que coexistem pacificamente são o sinal do advento do Messias. Na sua humanidade as tensões diluem-se e encontram um sentido. No amor trazido e vivido pelo Senhor, as diferenças já não são motivo de discórdia, mas harmonizam-se na comunhão, a de Isaías é uma bela imagem poética que indica o caminho que a comunidade cristã é chamada a percorrer: ser sinal no mundo da presença do Messias criando um espaço humano no qual se harmonizam pólos opostos. Isto só é possível acolhendo o Espírito do Senhor, ouvindo a sua Palavra e caminhando na direção que ela indica.

As comunidades cristãs como espaço humano onde as tensões se dissolvem e todos convivem em harmonia: é o sonho de Deus, que já se realizou na humanidade de Jesus e que o Espírito Santo tenta reproduzir na humanidade das comunidades cristãs.

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