lunedì 19 dicembre 2016

A INTERPRETACAO DA BIBLIA NA IGREJA



Paolo Cugini

            [1] método histórico-crítico

            Histórico: não é porque se aplica a textos antigos, mas também Cristo ele procura elucidar os processos históricos de produção dos textos bíblicos.
            Os textos bíblicos, em suas diferenças.
            Crítico: com a ajuda de critérios científicos tenta tornar acessível ao leitor moderno o sentido dos textos.

            Etapas do método:
1)                          critica textual – procura estabelecer um texto bíblico que seja tão próximo quanto possível do texto original. (mostrar códigos do eu grego).
2)                          Analise lingüística: morfológica, sintaxe (cfr Paulo e cartas pastorais).
3)                          Critica literária: verifica a coerência interna do texto Jo 20, 30; Jo 4, 25 e Is 2(repetições, divergência, inconciliáveis -manifesta o caráter composto do texto); busca a origem das diferentes fontes.
Hinos, Salmos, históricos  4) crítica dos gêneres – ambiente de origem, traços específicos e evolução desses textos.
(J.E.D.P) 5) critica das tradições: situa os textos em correntes de tradição, dos quais ela procura determinar a evolução no decorrer da história.
6) critica da redação: estuda as modificações que os textos sofreram antes de terem um estado fixado.
7) critica histórica: se aplica quando o gênero literário é em relação com acontecimentos da história. (Isaías e Profetas).

Objetivo deste método: colocar em evidência o sentido expresso pelos autores e redatores.

Sentido da Escritura inspirada

Sentido literal: não é suficiente traduzir um texto palavra por palavra para obter seu sentido literal.
É aquele que foi expresso diretamente pelos autores humanos inspirados. Sendo o fruto da inspiração, este sentido é também desejado por Deus, autor principal.
Ele é discernido graças a uma análise precisa de texto, situado no seu contexto literário e histórico.
Geralmente o sentido literário de um texto é único, mas não se trata de um principio absoluto (ex Jo 11, 50).
Aspecto dinâmico: ex. Salmos rei – instituição verdadeira
                                                       - visão ideal da realeza.

Um texto escrito tem a capacidade de ser colocado em circunstâncias novas que o iluminou de forma diferente, acrescentando ao seu sentido novas determinações.
Sentido literal – é desde inicio, aberto a desenvolvimento culturas, que se produzam graças a “releituras” em contactos novos.

Sentido espiritual: o acontecimento pascal, morte ou ressurreição de Cristo, deu origem a um contexto histórico radicalmente novo, que ilumina de maneira nova os textos antigos e os faz sofrer na imitação do sentido.

Sentido expresso pelos textos bíblicos, logo que são lidos sob influencia do Espírito Santo no contexto do mistério pascal de Cristo e da vida nova que resulta dele. É então normal reler as Escrituras à luz deste novo contexto, que é aquele da vida no Espírito.
O sentido espiritual não pode ser confundido com as interpretações subjetivas ditadas pela imaginação ou a especulação intelectual.

3 níveis de realidade;
a) texto bíblico
b) mistério pascal
c) circunstâncias presentes de vida no Espírito.

Aspecto dipológico – Adão figura de Cristo (Rom 5, 14)
Dilúvio figura de Batismo (1 Ped 3, 20-21)

Sentido pleno: trata-se ou do significado que um autor bíblico atribui a um texto bíblico que lhe é anterior, quando ele o retoma em um contexto que lhe confere um sentido literal novo, ou ainda do significado que a tradição doutrinal autêntica ou uma definição conciliar dão a um texto bíblico.
Ex: 1) M 1, 23 dá um sentido pleno ao oráculo de Is 7, 14
      2) dogma trindade.
      3) dogma do pecado original Rom 5, 12-21

Seu fundamento: o Espírito Santo, autor principal da Bíblia, pode guiar o autor humano a escolha de suas expressões de tal forma que estas últimas expressam uma verdade da qual ele não percebe toda a profundidade.



A interpretação da Bíblia na vida da Igreja

Atualização
Já no interior da própria Bíblia pode –se constatar a prática da atualização.

Princípios:
1.      a at. é possível, pois a plenitude do sentido do texto bíblico dá-lhe  valor para todas as épocas e todas as culturas (Is 40, 8; 66, 18-21)
2.       a atualização é necessária: os textos foram redigidos em função de circunstancias passadas  é necessário aplicar a mensagem desses textos às circunstâncias presentes e exprimi-las uma linguagem adaptada a época atual.
3.       a atualização afetua-se levando em conta a  confimidade  A.T/ N.T.
4.       a atualização realiza-se graças ao dinamismo da tradição viva da comunidade de fé.
5.       o magistério da Igreja não está acima da Palavra de Deus, mas ele a serve ensinando só aquilo que foi transmitido.

Métodos:
A –at pressupõe um correta do texto.
A interpretação da Escritura pela Escritura é o método mais seguro – cfr: ex 16; sb 16, 20-29; Jo 6

Três etapas:
1)      escutar a palavra a luz da situação presente.
2)      Discernir os aspectos da situação presente que o texto bíblico ilumina.
3)      Tirar da plenitude de sentido do texto bíblico os elementos suscetíveis de fazer evoluir a situação presente de maneira fecunda.

Dimensões e características da interpretação Católica da Bíblia

·         A exegese católica não procura se diferenciar por método científico particular. (explicar).
·         Ele utilizou todos os métodos que permitam melhorar aprender o sentido do texto.
·         O que caracteriza a interioridade católica é que ela se situa conscientemente na tradição viva da Igreja, cuja primeira preocupação é a fidelidade à revelação atestada pela Bíblia.

1-      Releituras
 O que contribuiu para dar a Bíblia sua unidade interna, é o fato de que os escritos bíblicos posteriores apóiam-se muitas vezes sobre os escritos anteriores.
a) A herança de uma terra: gen 15, 7-18 – enredo no santuário Ex 15, 17 – participação ao repouso de Deus (Sl 132, 7-8) enredo no santuário celeste (Hb 6, 12. 18-20).
b) O oráculo do profeta Natã 2 San 7, 12-16 – 2 Sem 23,5; 1 Rs 2,4,3,6; 1 Cr 7, 11-14; Sl 89, 20-38; Sl 2, 7-8; Am 9, 11; Is 7, 13-14; Jr 23, 5-6; Os 3,5; Jr 30,9; Mc 11,10.
O reino prometido torna-se universal – Sl 2, 8; Dn 2, 35-44; 7,14; Mt 28, 18.
Ele realiza plenamente a vocação do homem. Gen 1, 28; Sl 8, 6-9; Sb 9, 2-3; 10,2.
c) Oráculo de Javé sobre os 70 anos de castigo. Jr 25, 11-12; 29, 10 é lembrado em 2 Cr 25, 20-23. é reme ditado de muito tempo Dr 9, 24 ss.
d) A afirmação da justiça retributiva de Deus (Sl 1, 1-6; 112, 1-10; Lv 26, 3-33) chocasse com a experiência imediata. Protesto – Sl 44; Jó 10, 1-7; e aprofunda regressivamente o mistério (Sl 37; Is 53; Sb 3-5).

2-      Relações entre A.T e N.T

·         As relações intertextuais assumem uma densidade extrema nos escritos do N.T, todo ferroado de alusões ao A.T.
Os autores do N.T, proclamou que a revelação encontram sua realização em Cristo – 1 Cor 15, 3-5; 1 Cor 15, 11 – segundo as escrituras.
·         A forma de Jesus viver manifesta não um capricho, mas uma fidelidade mais profunda à vontade de Deus – Mt 5, 17; 9, 13; Mc 7, 8-13.
·         A morte e a ressurreição de Cristo provocaram em alguns peitos um rompimento completo e ao mesmo tempo uma abertura inesperada de nomes (Mc 15, 26) provocou uma transformação na interpretação terrestre dos salmos reais. Sua ressurreição e sua glorificação celeste deram a estes mesmos textos uma plenitude de sentido inconcebível anteriormente, expressões que pareciam hiperbólicas devem doravante ser tomadas ao pé da letra.


              O Senhor – Sl 110,1
              No sentido mais forte: At 2, 36; Fil 2, 10-11; Hb 1, 10-12
   Jesus é realmente              Filho de Deus Sl 2, 7; Rom 1, 3-4
                                            Deus com Deus: Sl 45, 7; Hb 1, 8; Jo 1,1
                                            Seu reino não terá fim Lc 1, 32-33; Sl 45,7; 1 Cor 17, 11-14
                                            Sacerdote eterno Sl 110, 4; Hb 5, 6-10; 7, 23-24
                                        

            - Foi a luz dos acontecimentos da Páscoa que os autores do N.T releram o A.T.
           - O Espírito Santo os fez descobrir o sentido Espiritual. Foram assim conduzidos a afirmar o sentido profético do A.T, mas também a tornar fortemente relativo seu valor de instituição salvífica. (Mt 11, 11-13; Jo 4, 12-14; 5, 37; 6, 32)

             Paulo e o autor da carta aos Hebreus demonstram que a terá enquanto revelação, anuncia ela mesma seu próprio fim como sistema legislativo (Gl 2, 15-5,1; Rm 3, 20-21; Hb 7, 11-19; 10, 8-9;) – (ler p 109).
Conclusões:
  • A Bíblia é ela mesma uma interpretação.
  • É segundo a interpretação das comunidades e em relação àqueles que foram reconhecidos como Santa Escritura – ler p 111-112.
  •  

A interpretação na Tradição da Igreja

  • Os primeiros discípulos de Jesus sabiam que não estavam à altura de compreender imediatamente a totalidade da Palavra que tinham recebido.
  • Na vida da comunidade, faziam experiências de uma explicitação progressiva da revelação recebida. Eles reconheciam nisso a influencia e a ação do Espírito Santo ( Jo 16, 12-13; Jo 14, 26)


   Formação do cânon
  • Guiada pelo Espírito à luz da tradição, a Igreja discerniu os escritos que devem ser olhados como Santa Escritura.
  • O discernimento de um cânon das Santas Escrituras foi a conclusão de um longo processo.


[1] As comunidades da Antiga aliança reconheceram um certo número de textos a Palavra de Deus que lhes suscitava a fé e os guiava na vida, eles receberam estes textos como um patrimônio a ser guardado e transmitido.

O N.T. atesta sua veneração por estes textos: Rm 1,2; 2 Tm 3, 16; 2 Pd 1, 20s; Jo 10, 35; 2 Cor 3, 14.

[2] Esses textos a Igreja uniu os escritos que ela reconheceu.
a) de um lado o testemunho autentico proveniente dos apóstolos ( Lc 1, 2; 1 Jo 1, 1-3) e garantido pelo Espírito Santo (1 Pd 1, 12) sofre todas as coisas que Jesus fez (At 1,1).
b) do outro lado instituições dadas pelos apóstolos mesmos.

[3] Nesse processo numerosos fatores tiveram um papel:
a)  a certeza de que Jesus tinha reconhecido o A.T. e que esta recebia sua realização na Páscoa.
b) a convicção de que os escritos do M.T. provêm da pregação Apostólica.
c) a constatação da sua conformidade com a regra da fé e da sua utilização na liturgia Cristã.
d) a experiência da conformidade deles com a vida eclesial das comunidades.








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