Paolo Cugini
Tem um dato interessante que
perpassa todos os livros da Bíblia e é a experiência pessoal de Deus para
conosco. Abraão (Gen 11), Moisés (Ex 3), Samuel, Isaias (Is 6; Is 43), Jeremias
(Jer 1), só para nomear alguns, tiveram esta experiencia de um Deus que nos
chama por nome.
A primeira coisa que Jesus fez
quando começou a sua atividade publica foi de chamar por nome algumas pessoas,
que depois se tornarão os seus discípulos e discipulas: cfr. Jo 1; Mc 1; Lc
6,12. Jesus chamou os discípulos para mostrar uma maneira diferente de viver,
de habitar o mundo; uma maneira nova de se relacionar. Jesus mostrou para os discípulos
que ponto de partida para realizar uma vida autêntica é a alma, a consciência,
a vida interior que aprende a dominar os instintos e guiar a existência humana
no caminho da liberdade. Jesus não apenas fez uma proposta, mas ensinou para os
discípulos e as discipulas aquilo que ele mesmo vivia. A existência humana de Jesus
é caracterizada, de fato, por uma profunda experiencia interior mergulhada no
silencio,
A nossa vida começa quando
respondemos aos chamados de Deus. É de fato, Ele que nos dá um nome, uma
identidade. É a minha resposta pessoal ao chamado de Deus que define a nossa
vida, as nossas escolhas. Para escutar a voz do Mistério de Deus é necessário
criar as condições. Criar na própria vida pessoal momentos de silencio, para
meditar e refletir.
O que nós escutamos no
silencio. A voz daquele que está na origem da nossa existência e que tem a
chave do mistério da nossa vida. Deus se manifesta no nosso coração, ou seja,
na nossa consciência. É uma voz que estimula a nossa razão, que impulsiona a
nossa dimensão reflexiva, que revela um novo caminho da vida, o caminho da vida
interior, como ponto de partida para uma vida nova.
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